Carne

Foto de Raiblue

De lírios e déjà vu ...

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Há uns resíduos
De noites rubras
Na memória da pele
Um gosto de pipoca
Um perfume...de lírios...
Vozes roucas
Janis conduzindo
Nosso destino
Num blues
Que grita
Dores e orgasmos
Doces e bárbaros
Momentos...
Corpos deslizando
No tapete azul da sala
Carne ao óleo...cítrica...
Um crime delicado
Sem castigo
Romance inacabado
Roteiro improvisado
À medida
Que o ato acontecia
Amor tecíamos
Nas veredas do tempo
Grandes sertões
Se dissolviam
Nas rosas
De Guimarães
Nos rios da pele
No riso do gozo
No álcool do meu corpo...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

La rue du désir...

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Noite
Navalha
Partindo
Algemas
Liberando
In pulsos
A dor
A fome
Pedaços de sonhos
Perfuram
A escuridão
Des cobertas
Nuvens
Passagens...
Ao som de Piaf
Perfume francês
Em um Café barato
Cigarrilhas
Fumaça
Nos olhos
Fogueira...
Dançam
Sussurros
Na veia
Principia
O cio
Precipício
Viagem...
In sanidade
Dos corpos
Em um copo
A mais de vodka
Vesúvios
Explodem
Lavas
Lavam
A epiderme
Erupção
Da realidade...
Transbordando o Sena
No meu quarto
Fim da cena...
Acordo...
Entre
Acordes
Franceses
Tocando
A carne...

(Raiblue)

P.S.:Poesia registrada na Biblioteca Nacional.

Foto de The Dream Catcher

Poema ao meu filho

PARA TI, MEU FILHO
Há dias que nunca esquecerei na minha vida

E um desses dias foi quando te vi pela primeira vez

Peguei em ti, abracei-te, chorei de felicidade

Toquei a tua pele, quase sem jeito, nem sabia como te segurar

Agradeci a Deus por seres tão perfeito,

beijei-te e senti-me tão feliz, como se num abraço pudesse abraçar o mundo todo,

partilhar o momento mágico que estava a experimentar.

Teres nascido mudou a minha vida, completou-me

Nada mais ficou igual, és sangue do meu sangue, carne da minha carne,

em ti revejo-me, renasço criança, na nossa cumplicidade,

Sou o teu companheiro de brincadeiras, sorrindo c/ a tua presença

feliz por estar contigo, ao ver-te ser herói de mil aventuras,

em mundos por ti reinventados.

Sabes filho, por ti daria a minha vida sem hesitar

Perante a ideia de nunca mais te poder abraçar, tocar e amar

Adoro todo o teu ser, o modo como sorris e me chamas papá...

Pudera eu parar o tempo e perpetuar esse momento,

doce, terno, de felicidade sem igual

e num abraço passar-te todo o meu amor e carinho

nada mais me importaria por saber que és angelical

e me dás na vida uma benção sempre especial.

Foto de Raiblue

In mortal combate!

Noite
Embaçada
Retinas nubladas
Vago muda
Nos seus olhos
Sem fundo
A incomodar
Minha
Silenciosa mente
Partitura
Invocando
Bachianas nuvens
De sílabas densas
Re partidas
Infinitas idas...
Hiato...
Impresença
Espremida ausência
Da palavra inteira
Sugando
O sangue
Do vazio
Servido na taça
Sorvido até a última gota
Numa noite cálida
No hálito do vampiro
Que me atormentava...
Até extrair o sumo
Das presas afiadas
Amor ...
In mortal
Combate ...
In tensidade
Da carne
Arrancada
Não estancada
Re talhos
Abertos
Na alma
In color
Ex tinta...
Azul...

(Raiblue)

P.S.:Poema registrado na Biblioteca Nacional.

Foto de Raiblue

Corrompida mente...

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Acordo...
Em desacordo
Com o tempo...
Entre as nuvens
Do travesseiro
Seu cheiro
Desperta
A fome...
Lasso anseio
Numa tácita manhã...
Hiberno no meu quarto
Inverno por um dia inteiro...
No blues da distância
Bebo as lembranças
Sorvo o sumo
Extraído do corpo
Nos dedos molhados
Procurando por ti lá dentro...
Pulsando...latejando...explodindo...
Absorvo teu gosto misturado ao meu
Vinho e veneno
Absolvo-te
Do delito maldito
Ex traída
Corrompida
Pelo apetite
Voraz da carne
Crua...lasciva...
Num sádico delírio
Claustro divino
De um deus pervertido
Demasiada mente humana
Desejo!

(Raiblue)

Foto de Cabral Compositor

Vida

Sofria sozinha, calada no canto
Uma vida inteira, uma vida em dor e desespero
Coitada, tão mal entendida, entediada, sempre em prantos por ai
Nunca imaginaram uma criatura tão bela, tão calma, tão meiga
Não dispor de alegria, encanto, sorriso e olhar contente
Que pena, a vida, as vidas, os caminhos que ela tem que percorrer
Que pena, a vida, aquela que Deus nos legou
Tão plena de si, tão arrebatadora, tão intensa e com dor
As alegrias, as vezes, em tese, em lances rápidos, não tão mágicos
A vida de incertezas, em medos, em meios aos destinos ditos
A vida, em preces, em encantos, em sim bolos desertos
Com ternura, com amparo, com respeito ao próximo, aos próximo
Sentida, na carne, no osso, nos ossos dos nossos ofícios.

Foto de Raiblue

Jorrando néctar em seu tédio...

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Seu tédio
Se agarra aos meus olhos
Quer brincar com o fogo
Provar meu ópio
Alongar a noite
Esmagar a lucidez dos dias
Se atirar num delírio sem fundo
Se perverter no bordel do meu corpo
Se derramar nos meus submundos
Na impureza da minha carne crua...
Banquete para contaminar seu sangue
Despertar a fome
Que lhe corrói os ossos
E agora devora todo ócio
Num vício nascido num gole de cólera...
Numa bebida alucinógena dividida comigo
Absinto...
E bebemos a vida que escorria
Naquele momento
Lua nua...rubra...
E o sol nascia nos becos imundos
Por pura anarquia
Dissolvendo a escuridão
In fusão de corpos
Meu ventre exalando
A impureza mais santa
Minha flor profana
Jorrando néctar em seu tédio...

(Raiblue)

Foto de Raiblue

Beco sem saída

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Nos becos sujos
Da cidade vazia
Eles se encontram
Fugitivos do cárcere
Da burguesia
Amam-se como bichos
Sobre um jornal
Anunciando
As dores do mundo...
E o amor se derrama
Sobre a notícia
Dissolvendo as letras
Desfazendo a realidade
Tudo por um instante
É só carne...carne...
Quente...úmida...trêmula...
De dia, nos becos,
A fome dos meninos
Abandonados nas ruas ...
À noite,outra fome....
Dos pervertidos amantes
Abandonados
Ao mais carnal desejo...
Alheios a tudo
Aos perigos dos submundos
Bebem na taça do corpo
O antídoto dos dias vazios
Sem a rebeldia do amor...
Dissolvem os medos
E fazem do beco
Um ninho...um segredo...
Devoram-se
Como se devorassem a vida
E não mais precisassem
Voltar...
Perdidos no beco sem saída
Da paixão mais devassa
Em uma noite que não passa...
E,de repente,
Estrelas de sussurros
Iluminam o beco escuro
E os amantes tocam o céu
Azul derramado sobre o concreto
Mar invadindo o deserto
Milagre...
Mistério...

(Raiblue)

Foto de Carmen Lúcia

Só quem sabe...

Só quem sentiu na carne, o espinho,
Sabe expressar a beleza de uma flor...
Só quem pisou as pedras do caminho,
Sabe que ao chegar, supera a dor...
Só quem molhou a terra de suor,
Sente na chuva, gotas de frescor...
Só quem se perdeu no breu da escuridão,
Vê, mais intenso, das estrelas, o clarão...
Só quem viveu o rigoroso inverno,
Consegue ver de perto a primavera...
Só quem sobreviveu a um fracasso,
Sabe do calor de um abraço...
Só quem sabe realmente perdoar,
Revela sua capacidade de amar...
Só quem faz de seus sonhos, poesia...
Sabe que tem asas pra voar,
Só quem sofreu a dor de uma partida,
Sabe que apesar da dor, é lei da vida...
Só quem sentiu o fogo do inferno,
Sabe da felicidade de se alcançar o céu...

Foto de Sirlei Passolongo

Depende de você

Seja a paz em teu lar
Em teu trabalho
Seja luz na vida do seu filho
Dos seus amigos
Seja a mão estendida na hora certa
E na hora errada também
Seja a razão do brilho dos olhos de alguém
Seja sincero consigo mesmo
Seja a palavra de afeto
De esperança no coração dos teus amigos
Seja um anjo de carne e osso
Pronto pra estender as asas
A quem precisar
Seja a voz dos inocentes que sofrem
Não se cale diante da injustiça
Não se acovarde diante do oprimido
Mas jamais esqueça
Você é responsável pela mudança
No mundo.

(Sirlei L. Passolongo)

"Seja a mudança que você deseja ver no mundo" - Mahatma Gandhi

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