Canto

Foto de Rose Felliciano

POR QUE LER POESIAS DO SÉCULO XIX?

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Tenho recebido vários recados solicitando ajuda para um trabalho referente à pergunta: Por que ler Poesias do século XIX? Diante de tantos e-mails, preferi responder coletivamente.

É apenas uma pequena contribuição do que foi o movimento literário no século XIX. Aconselho que leiam mais as obras dos autores citados nesse artigo para que entendam mais a respeito da importância que teve esse século para a Literatura Brasileira.

Ressalto que é importante ler Poesias, independente do século ou momento, mas como a pergunta é sobre o século XIX, vamos lá...

Peço desculpas se esqueci de mencionar algum autor ou escritor que você considere importante ou algum fato relevante também.

Toda a colaboração a esse artigo é válida e será bem vinda e gratificante para os leitores.

Importante aos interessados, que não copiem esse artigo em sua íntegra e sim, que esse sirva apenas de uma pequena fonte para o restante de sua pesquisa.

A referência utilizada está no final deste e isso é muito importante. O livro que me baseei para as informações aqui descritas é de uma riqueza enorme para a literatura e foi utilizado aqui apenas um pequeno resumo.

Com carinho,

Rose Felliciano.

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É importante ler as poesias do século XIX, pois marca o período do verdadeiro nascimento da nossa literatura. Nele, enriqueceu-se admiravelmente a poesia, criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se o circuito autor-obra-público, tão necessário ao estímulo da vida literária.

Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, dos atos de D. João VI que tiveram ressonâncias culturais significativas destacam-se: a abertura dos portos às nações amigas; a criação de bibliotecas e escolas superiores; a permissão para o funcionamento de tipografias (de onde surgiu o jornalismo, importante agente cultural do século XIX). Os Poemas do século XIX são vistos como "um ato de brasilidade" pois abandonaram aos poucos o tom lusitano em favor da fala brasileira, ressaltando o nacionalismo.

Contemporânea ao movimento da Independência de 1822, a literatura nesse período expressa sua ligação com a política e com o Romantismo, os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que sobressai um intenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista romântico colocando-se como porta-voz dos oprimidos e usando seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. É o ardente nacionalismo e no Brasil gera o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heróico da terra brasileira.

É um momento também Social onde a poesia deixa de ser apenas um lamento sentimental murmurado em voz baixa para ser também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas, e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade e o protesto contra as injustiças, como declara enfaticamente Castro Alves, um dos autores mais importante desse período.

Na segunda metade do século XIX surgem três tendências literárias: o Realismo, na prosa, e o Parnasianismo e o Simbolismo, na Poesia. O Realismo, que teve início na França, surge no Brasil principalmente em virtude da agitação cultural na década de 1870 sobretudo nas academias de Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamentos e de ação por seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias. Com o desenvolvimento dessas cidades brasileiras surge uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.

O Realismo, em oposição ao idealismo romântico, propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o Realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e a corrupção da classe burguesa.

O Simbolismo vem a recuperar a musicalidade da expressão poética, uma vez que o Parnasianismo destaca a valorização excessiva do cuidado formal, o Simbolismo procura não ignorar as formas, mas apresentá-las “musical e doce”, “emocional e ardente”, como se o próprio coração fosse diluído nas estrofes.

Machado de Assis é considerado o melhor escritor brasileiro do século XIX e um dos mais importantes de nossa literatura. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, a qual ajudara a fundar em 1897. A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis, que procurava ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos das ações humana.

Todo esse ambiente sociocultural do século XIX, influencia de maneira decisiva e muito importante para o florescimento da arte dramática, e, nesse sentindo, não se pode falar de teatro brasileiro antes do século XIX.

Movimentos literários do Século XIX

ROMANTISMO

REALISMO

PARNASIANISMO

SIMBOLISMO

Principais Poetas do ROMANTISMO: Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Franklin Távora, Joaquim Manoel de Macedo, Junqueira Freire, Martins Pena, Sousândre, Taunay.

Principais Poetas do REALISMO: Machado de Assis, Adolfo Caminha, Aloísio Azevedo, Domingos Olímpio, França Júnior, Manoel de Oliveira Paiva, Raul Pompéia.

Principais Poetas do PARNASIANISMO: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.

Principais Poetas do SIMBOLISMO: Alphonsus de Guimarães, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza.

Fonte de Pesquisa: Estudos da Literatura Brasileira – Douglas Tufano- 4ª Edição.

Foto de CarmenCecilia

NOSSO ETERNO CANTO VÍDEO POEMA - HOMENAGEM A CHE GUEVARA

VIDEOPOEMA:NOSSO ETERNO CANTO

POESIA:

Salomé & Hildebrando Menezes

Edição: CARMEN CECILIA

Música: Hasta Siempre

Nosso eterno canto

Ao som dessa melodia que... Hoje sacia o tempo
Vislumbramos a tua solene e mágica presença
Na batalha eterna entre o sangue e a liberdade...
Fluindo por nossas veias... Jorrando com intensidade

Um canto invadindo a nossa alma e o nosso corpo

A nos colocar vestindo a tua farda de solidariedade
Melancolia da tua história... Nossa única verdade
Ao ver que o mundo de lá para cá nada mudou
Teu nome entre o grito de angústia das guitarras

É cantado e declamado para sempre Comandante

Vertendo sua dor no nosso olhar, lágrimas amargas
De saudades pela tua partida que ficou marcada
Desde o dia que ainda criança... Ouvimos o teu clamor,
Ainda hoje está em nossos ouvidos como um eco de amor

Desde que descobrimos o suor e a ilusão deste mundo

Pervertido pelo consumo e o uso invadindo tudo
Seguimos a tua trilha na transparência do teu caminho,
Buscando a obediência ideológica aos teus princípios
Sentimos o gosto do teu sangue e ardor no nosso corpo

Que nos dá forças para continuar e seguir nessa tua luta

Que não conseguimos viver sem a eterna simplicidade
Ensinada um dia pelo teu exemplo de austeridade...
Que do teu olhar profundo, descobrimos no nosso interior
Todas as dores do mundo a nos incendiar e a chamar

Pela tua voz... Denunciando a pobreza e a desigualdade

A nos fazer e impulsionar como discípulos rebeldes
Essa sublime missão de construir a fraternidade
Sem preconceito, nem medo nesta batalha da vida,
Vamos entoando a palavra poética da tua profética

Voz que levamos tatuadas no coração, à nossa maneira.

Ao ouvir-te e ao ler teus escritos, não existe temor...
Estamos prontos para cumprir ao teu ardente clamor
Neles vemos a transparência da tua sublime presença
A incendiar às nossas entranhas sentindo a tua chama

Saciando-nos... Instigando-nos... a seguir com valor
Pelas estradas da vida... Rasgando pelas selvas e atalhos
Nessa chamada à liberdade e à execução da verdade
Com o peito aberto e a fronte erguida até a eternidade
Por ti comandante... Despimos o nosso corpo e nossa alma
Preparados para o que der e vier sem temer às encruzilhadas

Frente à tua eterna paixão e às leis da verdadeira igualdade

Duo: Salomé & Hilde
Inspirado em Salomé... Essays “Liberdade, Verdade & Igualdade”
Dedicados a “Ernesto Che Guevara”
----- Original Message -----

Foto de CarmenCecilia

VIDEOPOEMA NOSSO ETERNO CANTO - HOMENAGEM A CHE GUEVARA

VIDEOPOEMA:NOSSO ETERNO CANTO

POESIA:

Salomé & Hildebrando Menezes

Edição: CARMEN CECILIA

Música: Hasta Siempre

http://br.youtube.com/watch?v=kSYiYuLTzv8

Nosso eterno canto

Ao som dessa melodia que... Hoje sacia o tempo
Vislumbramos a tua solene e mágica presença
Na batalha eterna entre o sangue e a liberdade...
Fluindo por nossas veias... Jorrando com intensidade

Um canto invadindo a nossa alma e o nosso corpo

A nos colocar vestindo a tua farda de solidariedade
Melancolia da tua história... Nossa única verdade
Ao ver que o mundo de lá para cá nada mudou
Teu nome entre o grito de angústia das guitarras

É cantado e declamado para sempre Comandante

Vertendo sua dor no nosso olhar, lágrimas amargas
De saudades pela tua partida que ficou marcada
Desde o dia que ainda criança... Ouvimos o teu clamor,
Ainda hoje está em nossos ouvidos como um eco de amor

Desde que descobrimos o suor e a ilusão deste mundo

Pervertido pelo consumo e o uso invadindo tudo
Seguimos a tua trilha na transparência do teu caminho,
Buscando a obediência ideológica aos teus princípios
Sentimos o gosto do teu sangue e ardor no nosso corpo

Que nos dá forças para continuar e seguir nessa tua luta

Que não conseguimos viver sem a eterna simplicidade
Ensinada um dia pelo teu exemplo de austeridade...
Que do teu olhar profundo, descobrimos no nosso interior
Todas as dores do mundo a nos incendiar e a chamar

Pela tua voz... Denunciando a pobreza e a desigualdade

A nos fazer e impulsionar como discípulos rebeldes
Essa sublime missão de construir a fraternidade
Sem preconceito, nem medo nesta batalha da vida,
Vamos entoando a palavra poética da tua profética

Voz que levamos tatuadas no coração, à nossa maneira.

Ao ouvir-te e ao ler teus escritos, não existe temor...
Estamos prontos para cumprir ao teu ardente clamor
Neles vemos a transparência da tua sublime presença
A incendiar às nossas entranhas sentindo a tua chama

Saciando-nos... Instigando-nos... a seguir com valor
Pelas estradas da vida... Rasgando pelas selvas e atalhos
Nessa chamada à liberdade e à execução da verdade
Com o peito aberto e a fronte erguida até a eternidade
Por ti comandante... Despimos o nosso corpo e nossa alma
Preparados para o que der e vier sem temer às encruzilhadas

Frente à tua eterna paixão e às leis da verdadeira igualdade

Duo: Salomé & Hilde
Inspirado em Salomé... Essays “Liberdade, Verdade & Igualdade”
Dedicados a “Ernesto Che Guevara”
----- Original Message -----

Foto de Vadevino

ALCOÓLATRA

Depois da bebedeira
Cambaleia pela rua.
Nas pernas tem tremedeira,
Passa a noite sob a lua.

Deita num canto qualquer,
Usa o braço como encosto.
Em casa sua mulher
Soluça de desgosto!

Mergulha em profundo sono
O homem de cabeça oca,
Enquanto um cão sem dono
Lambe a sua boca!

Quando, enfim, o efeito passa
Da alcoólica bebida,
Que cobre de desgraça
Os dias de sua vida,

Levanta todo quebrado!
Procura o rumo de casa.
O portão está fechado –
Sua família bateu asa!

Na cabeça põe a mão!
Desanda numa choradeira...
Chama a atenção
Da vizinhança inteira!

De nada isso adianta –
Ele estava bem-avisado.
Colhe-se o que se planta –
É o popular ditado.

Foto de Teresa Cordioli

NA ESTRADA DA VIDA...

*
NA ESTRADA DA VIDA
Teresa Cordioli...
*

Corri por entre Ruas e Alamedas
Cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador...
E me perdi nas veredas das emoções
Deixando para traz:
Teus carinhos, teus abraços
Tuas palavras...

E na corrida da estrada da vida,
Perdi meus passos e não vi meus rastros...
Fiquei só, chorei e sorri!
Atravessei pontes,
Cruzei fronteira, pulei em precipícios.
Fechei os olhos diante do perigo
Estava eu lá tão só...

Só o vento batia em meus cabelos
Que se molhavam com a chuva de minhas lágrimas.
Minha única companhia, eram os pássaros,
Que em seus vôos perdiam suas penas ao vento.
E cantavam enquanto eu chorava.
Parei para pensar, porque eu ali estava...
Tão só....

Lembrei do teu olhar....Ah! teu olhar
Teus beijos, Teu cheiro, tudo ficou lá ..
Ficaran lá na esquina...
O teu olhar....Ah! Ele desnudava meu corpo
Que pedia socorro!
Mas ninguém o ouvia...
Meu grito se perdia num grande eco.....

Adormeci e nos meus sonhos,
Derramei nas folhas secas, a minha saudade...
Foi uma espera de muita dor...
Porque se eu voltasse, saberia que não estaria,
A me esperar

Pássaro cante, cante, cante para eu te ouvir.
Quero ouvir teu canto,
Nesta espera do nada..
Pássaro voe, voe, voe bem alto e diga a ele:
“Ela ainda te ama”

10/09/99 Foi o primeiro poema que coloquei na net...

Foto de iekeller

A bela e a fera

Um dia o tempo negou
Da negação surgiu o sonho
do sonho nasceu o amor
Apareceram entre galhos secos
Nua... bela... livre
A capa de um livro
um livro de uma vida
E da paixão ouviu-se o canto
melodia e sedução ...
Ouviu-se também o uivo
o lobo estava ferido
A ferida da recusa
Recusa interna ... pessoal
pressupondo um lindo livro
o lobo não vivia mais
ainda que ferido
A bela existe
Não lhe nega sorriso
O sonho não acabou
há o prenuncio do triunfo
o desejo de servir
escravo... amante... amigo.

Foto de Paulo Gondim

Fórmula

FÓRMULA
Paulo Gondim
03/08/2008

Um gesto sutil de um olhar feito chama
Como flecha no coração de quem ama
Desfaz-se a calma, nesse gatilho de pura emoção
No doce estribilho de nova canção

Um sorriso inocente, insinuante, quente
Janela de alma adolescente
No canto alegre, vibrante de ilusão
Que exulta em sonhos o coração

Os sonhos dispersos, fugindo da mão
O peito arfante, inseguro, sem os pés no chão
São ingredientes, fórmula perfeita
De uma grande paixão

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

FEITICEIRA OU SEREIA?





Ela vem faceira,
Toda rotineira,
Em todos os lugares,
E em outros milhares.
Seu canto me encanta,
Seus olhos me cobiçam,
Minha fala cala.
De querer abraçá-la.
Não sei se é feitiço,
Nunca vivi isso,
Sereia ou mulher,
Feiticeira será que é?
Prende-me em teu olhar,
Para os lados, não me atirar.
Somente a ti sei cobiçar,
Fico louco para te amar.
Teu cheiro, e sedutor.
Forte como de uma flor.
Isso tudo me enlouquece,
Dessa sereia ninguém esquece.
Seus cabelos longos mel,
E seus olhos azuis do céu.
Sua voz me escraviza,
Tão suave e lisa.
Não sei o que fazer,
Não sei me desprender,
Do feitiço desta mulher,
De qualquer jeito me quer.
Tento ignorar, mas não da
Para disfarçar, na verdade
É com ela que quero estar.
Na areia ou no mar.
A sereia a me feitiça.
Não sei como me controlar,
Não sei o que fazer:
Fico na terra, ou me atiro no mar?
Pois essa sereia acabou de me encantar.

Anna *-* A FLOR DE LIS.

** Pode parecer engraçado, mas este eu fiz para mim, um admirador, queria todas essas coisas me falar,pediu para que eu poetizasse para mim mesma .Ele diz que sou feiticeira,que ele é hipnotizado, por mim....rsrsrs....(não pense que foi fácil fazer,falar de mim mesma, até numa simples brincadeira ,a pedido de alguém)

***OBS: Este postado novamente devido erros no texto. Já corrigidos.

Foto de carlosmustang

OBSTÁCULOS

Um dia te procurei, passado presente e futuro
Vi que você não estava, meu DEUS, como é duro!
Não ter seu sorriso aqui, meu DEUS que tristeza!
Mas quando você sorri para mim é uma beleza!

Na noite, no claro, sozinho, largado num canto
Meu pranto rola,de solidão,porquê choro...
Não tenho seus verdadeiros braços sobre mim!
E todos profetas, poemas, e verdadeiro amor,enfim!

E nunca ouvir a falsa sirene do amor, me deixar;
Tão vulnerável, preocupado, abandonado,a velejar...
E querer desacreditar do amor que vulnerável vive!

E levantar(mesmo aos mortos)de paixão, e sentir...
A esperança de abraçar novamente um estranho,
que me ama, e que pode ser meu parente.

Foto de Wilson Madrid

MEL DO SOL

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MEL DO SOL

Rodopiando feito uma linda bailarina
com sua saia rodada, enfeitada e vermelhante
cintilante como um puro e lindo diamante
ela chegará brilhando feito uma jóia cristalina...

Compensando toda tristeza acumulada
de um tempo sem canto e sem alegria
ela trará a luz, o calor, a vida e a calmaria
de uma nova manhã radiante, feliz e azulada...

Clareando um novo caminho de flores sem espinhos
sem pedras de desamor nem abismos de nulos carinhos
sem geadas de desatenção nem ciclones de incompreensão
sem tanta ausência, carência, tristeza, melancolia e solidão...

Ela virá tranquila como uma estrela da manhã do amor nascente
derreterá e ressuscitará um doce coração cigano feito um girassol
que vibrará alegremente acariciado com os pingos dourados do mel do sol...

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