Canto

Foto de Rawlyson junqueira

instinto

Instinto.

Não, não acredito, deveria ter seguido o instinto.
Esse estado primitivo, no qual te salva do inimigo.
Como preza fácil e sem astucia, o predador te pega, te captura.

Igual a baleia que brinca com a foca antes da ceia.
Joga-lhe pra La joga-lhe pra Ca.
Brinca com ela pra depois devorar.

Esta tu desprotegido, acuado em um canto sozinho.
Lutando e relutando para não ceder.
O que você tem a temer?
A lei da natureza e assim, o predador se da bem.
A presa morre no fim.

Mais!... só morre por um motivo, simples e objetivo.
Deixa o instinto de lado e confia no inimigo.
Não, não acredito.

Rawlyson junqueira.

Foto de Carmen Vervloet

Uma Declaração de Amor

Vitória, uma declaração de amor

Vitória, cidade querida,
eu sou aquela tímida menina
que um dia te encontrou
na esquina da vida
e ficou enamorada,
presa a ti, cidade amada...
Enfeitiçada...
Para sempre simplesmente...

Apaixonei-me pelo teu sol
tão quente
que aqueceu todo meu ser
e me fez crescer
entre o amor da tua gente.

Apaixonei-me pelas tuas praias morenas,
pelo teu mar de águas serenas,
pelo teu vento nordeste
sempre a soprar
levando minha alma a navegar...

Apaixonei-me pela Praia do Canto,
meu ninho... meu encanto...
Abrigo de tantas lembranças
guardadas num coração
de criança...

Em teu colo me enamorei,
casei...
Filhos, com amor pari.
Cantei, chorei, sorri,
embalei sonhos, venci!

Vivi tantas primaveras,
lutei, amei, sofri,
criei raízes profundas...
Hoje, chegou o outono,
primavera lá trás.

Ah! Minha Vitória querida!
Eu sou aquela tímida menina
que cruzou contigo numa esquina
sombreada por acácia cor-de-rosa,
salpicada por pétalas mimosas
de um tempo que não volta mais!

Se quiser me encontrar
procure um barquinho amarelo
carregado de recordações
nas águas do seu mar!

Eu sou aquela menina tímida
de cabelo liso,
de largo sorriso,
que veio do interior...
Eu sou Carminha!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de lua sem mar

Rumo e ausente...

“Rumo” 17/06/2009

Quero-te amar,
Quero-te contar,
Abrir o meu coração
E a ti o entregar,
Mas não sou capaz
De esquecer tudo lá atrás.

Inverno frio que passei
Onde meu coração se fechou,
Mas nunca congelou,
Amor de verão o presenteou.

Mas eu aqui estou,
De fraqueza patenteada,
Coração que chorou,
Chora! Pela frieza amada.

Um sonho que tanto lutei,
Esperança que nunca apaguei,
Não mais a enfrentarei.

Irei seguir o caminho,
Aquele que nunca desejei, sonhei…
Não mais te prenderei,
Príncipe meu!
Desejo meu!

Seguirás teu destino, teu rumo,
Como antes, como sempre!
Chorarei tudo que preciso for,
Mas eu ultrapassarei…

Teu nome será eterno,
Eternamente Abençoado,
Por mim foi e será muito amado.
jnh

“Ausente” 16/05/2009

Perdida de ti,
Assim fiquei,
Não avisei, pois,
Achei que não precisei,
Meu amor engrandece,
Tristes horas ausentes,
No canto da lua estou presente,
Não corro para as lágrimas,
Também eu as derramei,
Precisamos ou talvez precisei,
Foi apenas o que achei!
Longas lágrimas de solidão,
Que a mente não esquece,
O príncipe por vezes desaparece,
Com frieza me acolhes,
Na chegada que até eu a quis,
Mas, meu tempo desvanece,
E meu coração enfraquece.
De novo quero ser feliz!
jnh

Foto de Daniel Paiva

Amor

Amor é o sorriso triste que lábios secos transparecem,
É o sofrimento cego e invisível de quem não é amado,
É a lágrima no canto do olho, que desejosa de escorrer aguenta...
Amor é a alegria de querer, é a mágoa de não ter, é o achado,
É o gritar desesperado por aqueles que o merecem.

Amor é não duvidar do que se sente,
É acreditar naquilo que jamais irá acontecer,
É sentir a dor, enorme dor, mas não desistir...
Amor é não ter nada e ser rico, isso saber,
É pensar com o coração, esquecer a mente.

Amor é o calvário eterno, infindável,
É desejar todo o sentimento mostrar e não o fazer,
É conter em si algo que não dá para controlar...
Amor é dar tudo sem reflectir, é nada perder,
É ter a sorte de possuir algo inimaginável.

Quem ama sabe o que é o amor,
Tem a sua definição do indefinível,
Sente aquilo que é impossível descrever,
Amar é tudo, é algo de incrível,
Felizmente nem sempre amor é dor...

Foto de Carmen Lúcia

Dias antagônicos

Há dias que falo
Há dias que escuto
Há dias que resisto
Há dias que desisto

Há dias que falho
Há dias que executo
Há dias que vou
Há dias que fico

Há dias que estou
Há dias que abdico
Há dias que canto
Há dias que encanto

Há dias que choro
Há dias que imploro
Há dias que tenho
Há dias que abstenho

Há dias que rio
Há dias que silencio
Há dias que aconchego
Há dias que vadio

Há dias que construo
Há dias que destruo
Há dias que rezo
Há dias que renego

Há dias que bendigo
Há dias que maldigo
Há dias que luto
Há dias que renuncio

Há dias que amo
Há dias que reclamo
Há dias que poetizo
Há dias que profetizo...

Meus dias são sempre assim...
Eterno processo antagônico de mim;
dentro de um contexto paradoxal sem fim.

Carmen Lúcia

Foto de Elias Akhenaton

A Sutileza da Natureza

A Sutileza da Natureza

Meus pensamentos voam em direção
Ao prado celeste...
Procurando inspiração
Na natureza agreste.

Sou amante da natureza
Manifestação de Deus criador
Fonte divina de pura beleza
Concebida com muito amor.

Amo o verde esperança das matas
O lindo canto dos pássaros
Um acalanto em forma de serenatas
Que acalmam e dirigem meus atos.

Adoro os animais nela existentes
As cachoeiras e suas cascatas
Os demais entes sobreviventes
Que bebem de suas águas.

Agradeço a Deus por tanta grandeza
De ter a mãe natureza...
Minha riqueza...
De tanta sutileza...

Elias Akhenaton

Foto de Paulo Master

Devaneia só

Utopia, loucura total, saudade sanada numa parada qualquer, sabor de amor, fruta que se fez mulher
um capricho do coração, um aperto de mão, suave demais para quem não quer confusão
desejo escondido banido largado em um canto qualquer, solidão que se fez um gemido e formou refrão
um grito abafado por ti, uma voz de mulher.
Coração devaneia só, sabe ele que a escuridão é abstrata demais para quem não tem nada a perder
e amar é desvanecer no abismo do pensamento confuso sem cheiro e sem rumo, sem cor e sem sumo
como flor sem perfume e o sorriso sem jeito por não lembrar de sorrir direito, esquecido no tempo
Chôro calado, choro afastado de ti, não reconheço quem está no espelho, uma sombra quase perdida
fina cortina de fumaça um resvalo do suor da madrugada, com pingos de saudade
o vento frio tenta esquentar a noite que rejeita a espera do amanhecer
ela diz ser você, pobre saudade, não sabe mentir.

Foto de Carmen Vervloet

A Magia da Noite

Video Poema - A Magia da Noite
Edição: Carmen Cecília
Poesia em parceria: Maria Goreti Rocha e Carmen Vervloet

A MAGIA DA NOITE

O dia carrega o sol
em seus braços.
Surge a noite
pendurada em laços
de escuridão.
Amarrados a um lençol
de estrelas cintilantes,
pequenos pontos
de luz...
Brilhantes
que cobrem a terra
na sua vastidão!

O clima é fantástico, misterioso!

A noite mostra
sua dupla face...
Uma enigmática, sombria,
outra, romântica...
Pura magia!

Na calada da noite
surgem sonhos, delírios.
Lobisomens, fantasmas,
sacis-pererês...
Piam corujas
causando arrepios,
cantam grilos e sapos...
Estranhos assobios.

O uivo dos ventos,
o frio da noite,
a inércia da morte,
o medo das trevas...

A madrugada é sombria!

O som do silêncio
é a música dos anjos,
o canto sereno
das águas dos rios.

Embalados nos sonhos,
surgem os amores.
Lingeries de seda...
Um roçar de pernas,
Sem rubores,
sem pecados,
sem falsos pudores.

Corpos flamejantes...
Fusão de almas,
concretização do amor!

O dia desata
os laços da noite
e ela caí
em gotas de rocio.
Leva consigo
Seu lado vadio,
e com ele
as delícias do cio.

A face do horror,
a face do amor,
a magia da noite
em todo esplendor!

(©Carmen Vervloet / ©Maria Goreti Rocha)

Foto de Elias Akhenaton

Ser Poeta

Ser poeta é sentir o aroma
Da flor a enlevar os sentimentos
É sentir um halo de luz a iluminar
Os seus pensamentos...

É meditar e transcender ao cosmos
Infinito buscando inspiração
Para o belo versejar de seus temas
Falando de sentimentos que tocam
ao coração...

É falar da dor e do pranto...
Do desespero e da esperança...
Do acalento e do acalanto...
Do amor e temperança...

É sentir no peito amor profundo
Mantendo acesa a chama da amizade
Distribuindo ternura pelo mundo
Na mais plena e pura simplicidade...

Ser poeta é amar a natureza
Criação divina de primeira grandeza
Ouvir o encanto do canto do rouxinol
Vindo do arrebol...

Ser poeta é ser tocado pela música suave
A embalar seus sonhos em noite de luar
É sentir o espírito leve no ar
Como as espumas no mar.

Ser poeta é sobretudo acreditar
Na luz divina que ilumina o seu caminho
Na ponta da pena a abençoar
A sua sensível alma de passarinho.

Elias Akhenaton

Foto de Osmar Fernandes

Mudança radical

Seu marido não a procurava mais.
Todo dia ele dormia no sofá.
Ele via beleza em qualquer mulher...
A sua, ele achava feia demais.
A separação foi esse pingo d' água.
Ela não teve dó e deixou o Zé.

Depois de seis meses, ela apareceu no baile.
Elegante e sensual e com lindos cachinhos nos cabelos.
Seu rosto maquiado e com tons perfeitos,
Seus ombros cobertos com um belo xale.

Ela chamou a atenção de todo mundo no salão.
O Zé ficou louco para saber quem era aquela dona.
Fez fila de homens no pé daquela dama...
Ela saiu dançando valsa com o Raimundão.

Foi mudança radical!
Nunca se sentiu tão fera...
Com seu jeito de mulher fatal,
Mostrou ao mundo o quanto era bela.
O Zé ficou murcho lá num canto de parede,
Lamentando o monumento que perdeu.

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