Caça

Foto de ushihaxandre

CORRIGINDO VELHOS PROVÉRBIOS

Quem com o ferro fere,É PORQUE NÃO SABE QUE DOI PAKA...

Quem desdenha, NÃO GOSTO...

Quem tem boca vai, AO DENTISTA...

Quem espera sempre, ESPERARA....

Quando a esmola é grande, O MENDIGO AGRADECE...

Quem ri por ultimo, É POR QUE NÃO ENTENDEU A PIADA....

Em casa de ferreiro, QUASE TUDO É DE FERRO...

Aguá mole em pedra dura tanto bate até que, NADA ACONTECE....

Quem da aos pobres, EMGRAVIDA E NÃO RECEBE pensão.....

Amigo do meu amigo, É AMIGO DELE EU NÃO TENHO NADA COM ISSO.....

Cavalo dado não se, OLHA NADA POXA...

Quem muito fala, NÃO FICA QUIÉTO....

A união faz, AÇUCAR...

É dando que se, ENGRAVIDA...

Quem cala, PERDE A CHANCE DE FALAR....

Águas passadas não movem, NADA...

Quem não tem cão, NÃO CAÇA....

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Paulo Gondim

Lampejos de juventude

LAMPEJOS DE JUVENTUDE
Paulo Gondim
20/06/2010

Acalma-me, pois meu coração sangra
Na volúpia de meu peito em chama
Que busca no grito inconsciente
Mínima compaixão de quem se ama

Espera-me, pois meu passo é lento
Já que os anos me pesam como algoz
Que impiedosamente me tortura
E até já fazem cansada minha voz

Mas na eterna busca do possível
Este ser tão ignaro não desiste
Lança-se à caça do imprevisível

E do pouco lenitivo que ainda existe
Que se faça sua dor menos visível
Na pouca juventude que lhe assiste

Foto de Graciele Gessner

Quase Loucura! (Graciele_Gessner)



Categoria: conto



Ela não confirmou que se encontraria com ele. Ela deixou no suspense, deixando-o na expectativa. No entanto, ela não era boba, sabia perfeitamente que ele é um homem de várias mulheres.

Chegou o dia, ela foi ao local marcado, com antecedência de quinze minutos do horário estabelecido. Difícil em admitir, mas ele não estava lá. Para variar, ele chegou atrasado ao encontro. Começou mal...

Ele ficou surpreso e ao mesmo tempo feliz em vê-la! Cumprimentou-a, eram amigos casuais, não existia nada, além de uma amizade. Apenas um detalhe, ele se sentia atraído por ela, já havia declarado que se sentia fascinado. Com a ousadia de um homem que não nega fogo, levou-a ao motel.

O lugar era simples para uma primeira vez. Nestas horas é melhor não ter muitos apetrechos para não assustar. Só que para o espanto dele, ouviu dela que era a sua segunda vez num motel. Tudo bem, isso não o intimidou...

Obviamente que o motel não é lugar para conversar, é local para atacar a caça que foi tão resistente. Finalmente ela estava ao seu alcance, não tinha como fugir. Agora aconteceria, ele agarrou, abraçou, beijou... O inevitável, despiu-a com certa relutância por parte dela. Neste verão infernal que predominava o dia, ela estava vestida com um vestido branco, abotoado frontalmente, no que facilitou muito. Ela ficou na oposição, não permitindo que fosse despida. Ele não se recuou ao capricho, segurou-a perto do seu corpo, e foi desabotoando, até ficar visivelmente despida.

A partir dali, foram para o chuveiro tomar uma ducha, relaxar o corpo, refrescaram-se. O ato ocorreu ali mesmo. O ímpeto dele foi à loucura, mas ela não se sentia a vontade, ela não se sentiu envolvida.

Ele a levou na cama, demonstrou ser conhecedor do corpo feminino. Ela foi quase à loucura, pois ninguém tinha tocado em seu ponto G como ele. O tal envolvimento tão íntimo foi parado por ela. Ele a penetrou, pois esta era a vontade dele. Ele tentou dar uma bela surra de amor, mas não teve muito sucesso. Ela conhecia muito bem o seu corpo e quais reações teriam...

Confiada de si mesma, ela deu uma boa risada! Neste momento ela se sentia livre para fazê-lo. Ele chegou a concluir que a risada fosse da cara dele, mas como toda mulher é imprevisível, ela negou. As dúvidas pairaram no espaço. Para a sorte dela, o celular dele tocou.

Acredite nada mais aconteceu, e concluiu-se uma quase loucura de verão...



08.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Carlos Henrique Costa

Na natureza (caça e caçador)

Jenipapo está no papo do papa-léguas,
Que corre e socorre uma velha égua,
No caminho com espinho o porco-espinho,
Se entoca na toca do pequeno tatuzinho.

Macaco gago, berra na terra sem trégua!
Leopardo com urso pardo nessa légua;
Ta sozinho em seu ninho um passarinho,
Que pia gavião, pois o rei leão é leãozinho.

Jaburu no céu azul voa também urubu,
Cheiro de gambá no ar também timbu,
Na maré o jacaré engole o que vier,

Na floresta é festa tudo o que tiver,
Na briga e intriga na natureza como é!
Caça e caçador quem permanecerá de pé?

Foto de Carlos Henrique Costa

O vou da liberdade

Voa libélula bela, ao ermo constante,
Das estiagens envoltas nas paisagens,
Que transfigura aquarelas e plumagens,
Num lume radiante de um instante.

Pousa mariposa qual borboleta brilhante!
Naquela flor cintilante pelas suas viagens,
Pois, pouco tempo de vida aqui tu tens,
Porém, te basta essa tua beleza elegante.

E aquele passarinho! Meigo e cantador!
Nos encanta logo pela manhã com amor;
Voa tu, oh! Passarinho, do galho do ingá,

E desperta essa tua liberdade de sonhar,
Em que toda criatura, todavia assim terá,
Se a caça sempre ganhar do caçador.

Foto de Clemilson Resende Santana

O Deus dos Imperfeitos

.

.

Não acreditas em tua visão
Sei que a liberdade lhe fascina
Ainda vôo à espreita do teu coração
assim como caça uma ave de r.a.p.ina

Se o passado insiste no presente
E o tempo lhe parecer fulgaz
Tenhas força, contarás comigo sempre
Mesmo não sendo mais teu único r.a.p.az

O Deus dos Imperfeitos não existe realmente
Nunca existiu e nem existirá
Quando tua alma se perder novamente
Esse espírito perdido, irei r.a.p.tar!

Foto de fernando gromiko

UM SENTIMENTO (SEM) SENTIDO!

O que um mortal pode dizer sobre o amor?
Dizer que é algo difícil de entender?
Ou ainda falar que ele causa dor?
O que é que eu sei para poder dizer?

Eu digo o que eu posso dizer
Eu posso falar tudo sem dizer nada
E não falar nada dizendo tudo
Pois quem ama irá entender

Se disser que o amor é divino
Não seria mentira uma afirmação contraria
Dizendo que o amor é algo mundano
O que muda é a interpretação da historia

Quem ama sabe, sente e entende
Que por amor somos mais que capazes
Não existem limites esta é a verdade
Encaramos tudo não importam as dificuldades

Somos fracos e fortes
Tememos e causamos temor
Verdadeiras caças e caçadores
Que desconhecem limites pro amor

Somos fortes quando lutamos pela conquista
Somos fracos quando conseguimos a conquista
Somos caça quando alvos da conquista
Somos caçadores quando donos da conquista

O amor é trocas de papel
Ora protagonista, ora figurante
Às vezes nos sentimos no céu
E às vezes o inferno é nosso acompanhante.
(AUTORES: FERNANDO GROMIKO & MAURÍCIO JANDIR)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"DO QUE SOU FEITO???"

“DO QUE SOU FEITO???”

Sabe, quando olho o tamanho da minha importância...
Quando pesquiso a minha mente...
Vejo que tudo o que faço não tem a menor relevância...
Sou um simples caça-níquel ambulante!!!

Nasci para dar lucros a alguém...
Tenho até a impressão que sou de plástico...
Um humanóide talvez...
Ou simplesmente um lunático!!!

Mulheres que não podem ter filhos...
Outras que tem três a cada quatro anos...
Uma dádiva do destino...
Ou apenas uma tarefa dos humanos!!!

Decisões que mudam o contexto da vida...
E nunca sou consultado...
Sou apenas um espectador nesta trilha...
Ou um reles equipamento usado!!!

Quem será o dono disso tudo...
Aquele que manipula esta massa humana...
O Deus que construiu este mundo...
Ou um ser que se apoderou desta morada!!!

Não quero mais obedecer a regras...
Vou buscar a minha turma...
Espero não me deparar com o nada...
E ter que voltar sem resposta nenhuma!!!

Será que sou feito de carne...
Ou algum composto putrefato...
De plástico, alumínio, titânio...
Ou um verme de fato!!!

Foto de Ricky Bar

Meu Sangue

Sempre fui tua presa,
Nunca me enganei sobre isso.
Se é o que quer, pode abater.
Dominar, sentir a sensação de vitória,
Pode se orgulhar do teu desempenho...
Teu macho submisso aos teus prazeres
Sacia-se como bem quiser
Coma a presa, presa na armadilha
Devore cada pedaço, cada naco de carne
Captei teus segredos
É fera, bandida, caçadora
Se alimente dos desejos da caça
Atraia-me pra tua teia como aranha
E beba todo sangue do meu corpo
Minha energia só cessará
Quando todas as tuas vontades, aplacarem!

Foto de Osmar Fernandes

De modelo só a propaganda

De modelo só a propaganda

Na cidade grande é assim:

O trânsito fica enlouquecido.

O guarda quase engole o apito.

O pedestre fica perdido...

É fúria na hora do pico.

É briga no engarrafamento.

É difícil prever o fim.

Ninguém respeita o acostamento.

No “ligeirinho” há sempre confusão.

Um sempre grita: – pega ladrão!

Outro: – tira essa mão boba daí!

No centro a lei obriga pagar o “Estar”.

Para o engravatado há sempre um táxi.

Nas lombadas o “pardal” está sempre acordado...

É obrigatório bater continência para o senhor Radar.

Quem é multado perde ponto... Paga caro.

No sinaleiro é comum ser assaltado.

Nas rodovias, o soberano ladrão, é o pedágio.

O motorista está sendo crucificado.

O IPVA é o cupim – o vírus do ágio...

O “DPVAT” dá nó no cérebro da democracia.

Ao povo resta-lhe o recado da sorte:

“Quem sai de casa fica à mercê da morte.”

O trânsito virou caso de polícia.

À noite a vida não demora passar.

O homem do viaduto tem sono trágico.

O bandido sai à caça para matar.

Impera a lei do poder do tráfico...

Homens-cavalos puxam suas carroças,

Limpando a cidade, sonhando em voltar pra roça.

Atraídos pelo mundo moderno que encanta,

Choram ao descobrir, que, de modelo, era só a propaganda.

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