Voa libélula bela, ao ermo constante,
Das estiagens envoltas nas paisagens,
Que transfigura aquarelas e plumagens,
Num lume radiante de um instante.
Pousa mariposa qual borboleta brilhante!
Naquela flor cintilante pelas suas viagens,
Pois, pouco tempo de vida aqui tu tens,
Porém, te basta essa tua beleza elegante.
E aquele passarinho! Meigo e cantador!
Nos encanta logo pela manhã com amor;
Voa tu, oh! Passarinho, do galho do ingá,
E desperta essa tua liberdade de sonhar,
Em que toda criatura, todavia assim terá,
Se a caça sempre ganhar do caçador.