Cabelos

Será que elas são reais,
ou são só da imaginação?
São pequenininhas,
ou do tamanho de um tubarão?
Elas também costumam brigar,
ou só sabem ajudar e conhecem apenas
aquela coisa chamada amar?
São amigas dos animais
e protegem quem faz paz?
Delicadas que nem as borboletas,
elas vem de outros planetas?
Grandes que nem gente,
enchem de magia nossa mente.
As asas delicadas que nem a brisa sobre o gramando,
os cabelos macios que nem seda para o lado,
o olhar inocente e dócil como uma flor
e o sorriso vivo e ardente, lembra o sol e seu calor.
Essas criaturas misteriosas,
que pulam de teia em teia
e de sonho em sonho,
nos enchendo de magia.
Se pudesse ver uma...
Bem que queria!
Essas fadas sapecas.

Para,

Sentir teu abraço,

Me aconchegar no teu peito,

Sentir tuas emoções,

Te abraçar e sentir teu cheiro,

Apenas estar no conforto dos teus braços,

Repousar minha cabeça em teu colo,

Receber teus afagos em meus cabelos,

Ouvir palavras consoladoras apenas com teu silêncio,

Sentir-me protegida e amada por ti,

Adormecer em teus braços recebendo teus carinhos,

Ficarmos tipo conchinhas bem agarradinhos sem nada fazer,

Sentir tuas mãos enxugando minhas lagrimas com toques suaves,

Ficar abraçados por um longo tempo sentindo nossos corações pulsar,

Sentir o calor dos teus lábios beijando minha face,

Ouvir você me dizendo bem baixinho, estou aqui, vai dar tudo certo,

Hoje eu preciso de você mas do que ontem,

Hoje eu preciso ser criança mais uma vez e chorar sem vergonha em teus braços.

... Mas, não estas aqui e por isso eu choro só, sem ter você aqui...

Autora:Adriana Queiroz
http://cantinhodaadria.blogspot.com/2011/08/hoje-eu-preciso-de-voce.html

Envelheci feito folha de outono
e com ela me deixei levar
pelo vento, de qualquer tempo...
Às vezes, parada obrigatória,
mudava o enredo de minha história,
enroscando-me em empecilhos
a travar meus passos, marcando
as fases desbotadas de ilusão transitória,
persistindo, sem modéstia, em minha trajetória.

Alguns foram vencidos e outros por vencer,
bloqueios impenetráveis vergando estruturas,
fazendo um inverno intensamente gelado,
enrijecendo as mãos que acariciam esculturas,
artesãos a espera de um sol a brilhar
enquanto o branco da estação acentuava
os meus cabelos grisalhos.

Entre tropeços e avessos compulsórios,
duras quedas que me levaram ao chão
e emolduraram o meu íntimo de emoção,
percebi detalhes que jamais teria visto,
não houvesse eu caído
e ter cavado a inspiração,
se não houvesse molhado de pranto
a estrada por onde andei
trazendo-me, vez ou outra, a primavera,
fazendo a vida ficar mais bela.

_Carmen Lúcia_