Bem

Foto de Marilene Anacleto

Negritude

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Roubaram a minha vida
Arrancaram-me de meus queridos
Separaram-me da minha fé
Tiraram-me o sobrenome
E até disseram que não tenho alma.

Trabalhei de sol a sol
Para que tiveste o melhor
Usei trapos, ou muito pior

Carreguei enormes cargas
Para que tivestes estradas
E eu nem saí do lugar

Plantei sementes, frutos colhi
Para te saciar antes de dormir
E muitas vezes eu não comi

Criastes um padrão de beleza
De brancos e magros. Tristeza!
E são mais belas as nossas negras.

Amamentei todos os teus filhos.
Aos nossos, nenhum carinho,
Afastavam de nosso convívio.

Hoje sou músico, professor, poeta,
Empresária bem sucedida, atleta,
Advogado, arquiteto, escritor
Mas não sou julgado pelo meu valor.

Não quero gratidão, quero respeito,
Quero a educação a que tenho direito
Quero o progresso ao qual me dedico
Porque escolhi este País para criar meus filhos.

Marilene Anacleto

Foto de raziasantos

Onde estou?

Tudo é tão vago...

Tudo que lembro é de acordar em lugar frio abafado.
Não sei como, mas conseguiu sair comecei a caminhar entre as folhas secas: As árvores sem vida...
Tudo era silencioso, não ouço risos, nem choro, nem lamentos, nem agouro.
Não sei onde estou, nem sei quem sou, tento me ver, mas não consigo; não sinto o calor do sol, à noite não vejo o esplendor das estrelas nem o brilho da lua.
Tento descobrir que sou começo a caminhar passo por rios de águas turvas e violentas.
Vago na densa noite quando á luz do sol irar iluminar todo universo.
Mas sem dormir eu me desperto tudo esta frio e nublado...
Espanto-me com silencio e pela primeira vez sinto um arrepio no meu corpo.
Tudo! É tão vago onde estou?Quem sou eu?
Começo a correr tem pressa de sair deste lugar horrendo e vazio.
Não sinto mais meus pés não vejo os pássaros, e nem ouço o seu cantar.
Nem uma só palavra, nem um ser vivem.
Somente eu...
Eu, ‘’mas quem sou eu’’?
Neste imenso vazio e solidão tento encontrar minha alma quem sabe ela me dirá que sou?
Ò minha alma onde estas? Apareça faça-me companhia tira-me deste vazio!
Há minha alma tudo é tão vago nem recordações eu tenho, minhas lembranças sumiram.
Estou cercada pelo silencio, selva da amargura e a selva da solidão.
De tanto caminhar consigo ver a cidade, mas esta vazia e as poucas pessoas, que consigo ver me ignoram, em algumas eu toco pedindo socorro, mas é como se eu não existisse.
Há!Estou me perdendo cada vez mais...
Onde estão minhas lembranças?
Serei eu um ser humano?
Por que fui condenada há este mar de desilusão e tristeza...
Sinto-me tão cansada devo encontrar um lugar para descansar, e onde eu possa me aquecer.

Mas onde?Se tudo é vago e vazio...
Neste longo caminho que tenho percorrido me perdi nos dias nem sei mais contar os meus dias.
Quem me dera poder ouvir o canto da sábia, as garças com sua beleza me alegrar.
Vou seguir sem parar de caminhar até onde meu corpo suportar.
É eminente a dor do abandono e solidão.
Será este o purgatório?
Por quem fui julgada?
Se não tenho lembranças como saber o meu pecado!
Não sinto cansaço só tristeza tudo é sem brilho, sem cor.
Até os rios me rejeitam...
Quem sou eu? O que sou?

Estranhamente sou tomada por um sono incontrolável.
Sinto muito frio parece que estou em congelando.
Adormeço profundamente...
Der repente ouço uma voz suave e sinto mãos batendo lentamente em meu rosto:
Raquel acorde tudo terminou bem você voltou para nós acabou o pesadelo
Você saiu do coma!

Foto de Marilene Anacleto

Meu Corpo é Festa

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Ao descer das estrelas
Quando o sol aparece
Meu corpo é uma festa

É um tremeluz de energia
De saber qual é o dia
Que está a amanhecer

Estico os braços
Com pés descalços
Na ponta dos pés

E torço o pescoço
E giro o tronco
Ombros para trás.

Depois a higiene
Escovação e creme
Cabelo para pentear.

Este corpo que é festa
Sempre acha porta aberta
Para sorrir e abraçar.

O café bem reforçado
Um batom bem humorado
Estou pronta para amar

Meu corpo não é máquina
Nem fruto de uma culpa
E nem pecado, na certa,

Ele foi feito do amor,
De paixão e de ardor.
Meu corpo é uma festa.

Marilene Anacleto

Foto de odias pereira

" DECPÇÃO DE UM PAI ". . .

Eu dei duro muitos anos,
Trabalhei muito no pesado.
Tinha idéias tinha planos,
Nunca reclamei,nem dizia estar cansado.
Acordava bem cedinho,
Preparava a marmita.
Tomava um cafézinho,
Rezava minha oração bendita.
Todo dia demanhãzinha,
Eu saia pro trabalho.
Só voltava a tardinha,
Depois de muito duro, muito malho.
E assim era a minha vida,
Trabalhava muito duro.
Pra formar a minha filha querida,
E dar pra ela um bom futuro.
Dei pra ela uma boa formação,
Pegando duro no trabalho pesado.
Investi tudo que ganhei, em sua educação,
Eu queria dar pra ela um canudo, e ver ela ser formado.
Mais pra minha decpção,
Tudo aconteceu diferente.
Ela fez sofrer o meu coração,
Me magoou e me deixou doente.
No dia de sua formatura,
Eu nem sequer fui convidado.
Por causa da minha feiura.
Eu deixei de ser seu pai, e fui por ela abandonado...
Deus ilumine sempre você minha filha.

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
12/05/2011

Foto de carlosmustang

SÓ É POSSIVEL PELOS SANTOS

Nenhum jogam tão bem, nem como os 'testemunha'
Ninguem deu tanto o que falar!
Mas peixes escolhidos
Vão além do mar

Faz a emoção e a leveza do Futebol!
Acima da exigencia, o melhor!
Alegria, destreza, perfeição
A luz do gol vem do sol!

Corre vem e marca,é marcado
Gera a falta, abaixa a bola
Na atitude, mostra a reflexão!

Cada vez que pega a bola
Esquece do que é ser, faz crescer...
Uma só emoção! Além... NEIMAR

Foto de Marilene Anacleto

Baleeira, Baleeira

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Cheiro de baleeira,
Tarde de chuva,
Vento, verão.

Lembrança das cabanas,
Dos cozinhados,
Em panelinhas de barro.
Arroz encruado
Feito na fogueira
Do quintal ao lado.

Da sobremesa,
De açúcar e farinha
Roubados da cozinha
Da mãe ocupada,
Coitadinha!

Tempos distantes,
Registrados na memória.
Um cheiro, uma cor,
Fazem-nos voltar no tempo,
Inserem-nos na antiga paisagem,
Num amontoado de imagens
Revivemos a história.
De medo ou de glória.

Baleeiras, já são poucas.
Como também as crianças
Que sentiram aquele cheiro,
Que conheceram o sabor
Que brincaram nas cabanas...

Vivem no computador
Lutando com coisas estranhas,
Brincadeiras enfadonhas
Sem aventura, sem cor,
Rindo sozinhas, sozinhas.
E tão carentes de amor!

Afastam-se de suas raízes,
Desconhecem tantos matizes,
De sua mãe e seu pai.
Crêem ser tudo importante:
O e-mail, o MSN, o Facebook e tal
Acreditam saber tudo
E vivem num mundo mudo
De tantas coisas virtuais.

Baleeiras, baleeiras,
Como é bom agradecer
Brincadeiras de criança,
E, enfim, reconhecer:
O bom jeito, o bem viver
Da juventude e da infância.

Quisera, meu Deus, quisera,
Que assim pudesse viver
A sentir e a aprender a vida,
Nosso jovem, nossa criança.

Marilene Anacleto

Foto de Ana Vasques

Restos

Como pude permitir que esquartejaste meu coração! Agora estou aqui, tentando juntar o que sobrou, e sem os restos que você levou. Cada pedacinho ainda pulsa. Então vou colar, colocar numa gaiola de aço, trancar com cadeado bem grosso e jogar a chave fora. Juntar os cacos da muito trabalho!

Foto de Edigar Da Cruz

***UMA AQUARELA É A VIDA ***

***UMA AQUARELA É A VIDA ***

Em uma tela quero pincelar a ela,a vida
Da vida pintarei um pouco de tudo,..
Imaginarei um grande Pincel!;
Do pincel pintei as cores
Das cores do pincel a vida..
Vamos começar com a cor do amor
Da origem dos apaixonados,..
Da cor da flor do amor,
Do vermelho o amor!,..
Nessa linda cor que vira o amor,
Também não poderá faltar o preto;
Ira representar toda a dor;
Que já passei e superei a vida;
Vamos ao amarelo da esperança da vida
Pois ainda esta na cabeça um novo começo
O que sinto desde criança!,..
Vamos pintar logo, antes que esqueça em formato de um lindo sol!,..
Sem esquecer e claro! Do VERDE, BRANCO, AZUL;
Será presente e emoção ,amor e paixão
Vira como um vento de norte ao sul
Do azul do céu ao mar!..
Para afastar bem para longe, toda ilusão,..
Nas cores das aquarelas da vida!;
Em branco virgem nada pode ficar
Como nada pode se esquecido,..
Pois as cores da aquarela da vida ,...
Todos têm a sua..
e cada um pinta a sua !
Ao seu tom de cor.

Ed.Cruz

Foto de betimartins

Sexta Feira, dia 13...

Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira
Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos
Dona da insana minha paixão e emoção
Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas
Todos juntos, com a baba de bode
Uma porção de idiotice e sem fé
E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta
Rodam em danças mágicas, bebendo
Os lobos uivam, lambem o seu pêlo
Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia
A velha bruxa está alcoolizada
Em zás- zás, sem qualquer nexo
E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante
Com sua bola de cristal e no seu velho baralho
Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo posso ajeitar
Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada
Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?
È muito mau olhado e muita inveja
Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante
Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus
Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar
As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!

Foto de Samir Querino

Eu só preciso te amar

E de repente como num sonho, nada mais faz sentido. Meu mundo estava ao contrário, e você ainda o deixou de ponta cabeça. Está tudo mais louco do que era antes. Está tudo mais confuso do que já estava antes. Porém tudo é mais intenso como nunca antes. E o presente é maravilhoso, muito mais que antes. E simplesmente não sei dizer quando caí no seu feitiço. Talvez foi por causa do teu sorriso, que irradiou a luz mais brilhante, da estrela mais brilhante... iluminando as trevas da minha solidão. Esse sorriso brilhou tão forte que me ofuscou a visão a ponto de cegar. Hoje estou cego para as incertezas, não enxergo mais o medo, não vejo mais a tristeza, e eu não consigo me ver sem você. Ou talvez foi seu olhar, inocente como o de uma criança e tão agudo quanto uma flecha. Atravessou meu peito de uma só vez, sem hesitar. Esse olhar misterioso com poder angelical e capaz de derrubar gigantes. Tão enigmático quanto profundo, tão hipnótico e ao mesmo tempo assustador, tão meigo e paralisante, tão... sem explicação. Ou quem sabe a magia dos seus beijos, que tantas vezes me deixaram impotente, sem condições de reagir. Esse beijo que faz meu sangue queimar e espalhar o calor por todo o corpo, deixando os meus sentidos em chamas e fazendo o coração pegar fogo. E as únicas chances de apagar esse incêndio, é através de um simples toque das suas mãos e um abraço sincero, bem apertado, que me acalma e me transforma em uma doce criança, que se aquieta e se esquece de tudo ao redor, apenas para sentir você respirar... apenas para escutar as batidas do seu coração. Realmente, eu não sei o que aconteceu. Eu só sei que estou nas suas mãos, refém do seu coração, e se isso é bom ou ruim... só o tempo vai contar. Mas com você eu me sinto bem, e é só o que eu sei. Você é a menina que não cresceu, a mulher que amadureceu, minha garota, minha mocinha, minha amiga, minha amante, meu céu, meu chão, meu inferno... meu paraíso. É você quem eu preciso pra minhas respostas questionar. E se você for embora, de que vai adiantar? Eu não preciso de lembranças, eu preciso te amar. Eu não preciso de saudade, eu preciso te amar. Não preciso ter sonhos, o que eu preciso é te amar. Eu não preciso ter razão... eu só preciso te amar.

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