Rio 17/06/2005.
Ao que parece! O medo impôs-lhe um cale-se!
Que com o fel do descaso, serviste-me um cálice,
Que me deixaram um terrível gosto amargo,
Mas que eu tive que sorvê-los de um só trago.
Uma batalha se deu entre o silêncio e a esperança,
O teu silêncio foi mais forte nessa luta de morte,
Cansei de inutilmente viver este amor sem sorte,
Só me resta lutar para arrancar-te da lembrança.
Quem sabe, meu coração conheça outra consorte,
Que seduza-o e faça-o descobrir um novo norte,
E apesar das dores, decepções e sofrimentos,
Eu não quero ser, um deserto de sentimentos.
Este amor, que deve-lhe sua ressurreição,
Clama pela tua ordem de execução,
Em que pese esta terrível contradição,
Ao meu último desejo! Não digas, não!
Que o brilho dos teus olhos, adentre os meus,
E retire de minha alma, teu feitiço involuntário,
E indelevelmente deixe-me, a marca do teu adeus,
Aliviando-me do tormento deste cruel calvário.