Atenção

Foto de vânia frança flores

preciso de alguem..

Eu preciso de alguém que me de segurança. Que quando eu estiver achando que está tudo indo de mal à pior segure o meu rosto, olhe nos meus olhos e diga que vai ficar tudo bem porque ele vai estar comigo. Quero alguém que faça de tudo pra me ver bem, que faça loucuras só pra me agradar, enfim, eu quero alguém que realmente me ame, e que esteja disposto a tudo por mim.
Eu só preciso de alguém que me de atenção, que se importe comigo, que me ame, que me complete, que me faça feliz. Alguém que me de segurança, que me aconselhe, eu só preciso de alguém.
Eu preciso de alguém que me de carinho, atenção, amor. Que me de broncas quando necessário for e logo depois me dê os melhores abraços. Alguém que diga: EU TE AMO com sinceridade, que me elogie quando eu estiver pra baixo, que concorde comigo quando eu estiver certa e me corrija quando eu estiver errada. Preciso de alguém que me olhe nos olhos, que sorria pra mim, que ande comigo de mãos dadas na rua, que me considere dele e que seja meu. Eu preciso de alguém que seja meu melhor amigo, meu namorado, minha vida, meu amor !
Alguém que tenha atitudes que me irrite pelo simples prazer de poder me acalmar depois. Preciso de alguém que me faça sentir algo diferente e extraordinário a cada momento que passar ao meu lado. Alguém que não meça esforços pra me ver feliz, alguém que me faça sorrir de alegria e chorar de emoção. Um alguém que me traga paz e segurança. Alguém que seja presente e dedicado a todo momento. Alguém que saiba do que eu preciso e que faça o possível e o impossível para me ver realizada.
Você sabe do que preciso, e sabe o quanto eu preciso pois me conhece e sabe disso. Você mais do que ninguém sabe que esse alguém, esse alguém pode ser você.

Foto de poetisando

Caminhando por muito tempo

Caminhando por muito tempo
Por esse mundo sem fim
Procurando alguém sincero
Que gostasse verdadeiramente de mim
Já estava mesmo a desistir
Quando uma voz me chamou a atenção
Era alguém que me estava a seguir
Querendo segurar a minha mão.
Trazia consigo tanta energia
Que eu ainda não tinha sentido igual
Pegou-me com força a minha mão
Era a solidão que me é muito especial
Não se via o seu semblante estava
Escondido não sei se era feio ou bonito
Deu para eu ver bem o seu nome
Porque o no seu rosto escrito.
Trazia uma linda indumentária
Foi o que vi mais atentamente
Quem era veio-me fazer companhia
Era a solidão disfarçada de gente
Assim fomos os dois caminhando
Ela sempre toda encoberta
A minha amiga solidão
Como ela é tão esperta
Tem sido a minha companheira
Ao longo desta minha vida
Ela me trata muito bem
É a minha amiga muito querida

De: António C.

Foto de vânia frança flores

Apocalipse 2:4-5

“Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele.” Apocalipse 2:4-5

Então, agora, o que vamos fazer sobre esta condição que os nossos corações estão?

Primeiro, temos de perceber que, assim como a Igreja de Éfeso, no livro de Apocalipse, nós esquecemos nosso primeiro amor: Jesus. Devemos nos arrepender: desligar aquilo que se tornou desejo do nosso coração e voltar para os braços amorosos do nosso Salvador. O processo é duplo: render o que tomou o lugar de Deus e depois retornar e se apaixonar pela pessoa de Deus: o nosso primeiro amor.

Quantas vezes poderia dizer que esqueci o meu primeiro amor? Demais para contar, com certeza. Até o final do ensino médio e meu primeiro ano de faculdade, eu estava segurando tão firmemente a minha ideia sobre o casamento que era difícil de deixá-la. Tornou-se aquilo que meu coração mais ansiava, acima de tudo. Minha luta para permitir que Deus estivesse no controle dessa área de minha vida não foi fácil. O pensamento de se render a Deus parecia impossível. Eu estava com medo de não estar no controle. Porque nossos corações são tão frágeis, é difícil deixar alguém ter o controle completo.

Você pode se imaginar dizendo a seu pai: “Eu confio em você, e vou me casar com quem o senhor quiser, é só me avisar.” Isso é assustador! Você concordou em passar o resto de sua vida com quem ele escolheu para você! Mas isso é exatamente o que somos convidados a fazer com o nosso Pai Celestial. Somos convidados a confiar Nele acima de nossa própria compreensão (Provérbios 3:5-6). Embora saibamos que o Senhor nos conhece por dentro e por fora (Salmo 139:1-6, 13-16), que Ele sempre foi fiel (Salmo 89:8, 2 Tm 2:13), e que Ele faz tudo para o nosso bem (Romanos 8:28), ainda é difícil de abandonar completamente o controle. Mas só porque é difícil ou assustador, não significa que não devemos fazê-lo.

Você não pode pensar em si mesmo como um “controle-freak” (controlador em excesso) em sua vida amorosa, mas você ficaria surpreso. Você já teve uma atitude de “manter os seus olhos abertos para achar o cara certo” ou “esperando e assistindo” o cara certo? Querer controlar não é apenas uma precaução que tomamos para fazer que Deus, com certeza, não se esqueça de revelá-lo para nós? E se nos rendermos completamente, como podemos ter certeza de que Deus vai nos dizer na hora certa? Se pararmos de procurar “o cara”, como é que vamos ouvir a voz de Deus quando Ele nos mostra? É mais fácil confiar naquilo que entendemos sobre nós mesmos, a nossa situação, e outros ao nosso redor do que num Deus que não podemos ver. Mas Ele conhece a parte que nós não vimos ainda. Ele vê a nossa situação em anos de estrada. Ele conhece os segredos profundos os pontos fortes dos caras que nos rodeiam. É por isso queProvérbios 3:5 nos ordena a confiar em Deus com todo o nosso coração e não confiar em nosso próprio entendimento.

O que significa rendermos a nossa própria compreensão e confiar no Senhor com todo o nosso coração? Para mim, isso significava abrir mão de minha lista mental de requisitos de como seria meu marido. Não foi fácil de fazer, de fato, foi um pouco assustador. Eu passei por cada coisa na minha lista e fiz o meu pedido a Ele. É assim que a minha oração ficou: “É, tudo bem se ele não ama a natureza da maneira que eu amo. Tudo bem, se ele não é mais alto que eu”. Cada característica que eu deixava, ficava com medo de que Deus realmente não pudesse dar isso para mim. Mas, depois de deixar minhas expectativas para o meu “futuro marido” aos pés de Jesus, liberando o meu pedido a Ele, eu respondi com “Não importa o que eu quero mais, eu confio em Você, Senhor, não em mim mesmo.” Ao entregar “minha lista” de requisitos, eu percebi que eu não tinha o direito de reivindicar as coisas como se fosse a prioridade. Quem era eu para dizer o que eu não poderia viver sem?

Enquanto que fixava as características de “meu futuro marido”, eu ainda tinha que deixar as minhas expectativas do como a nossa história seria. Pensar como eu iria encontrá-lo, como iríamos começar a namorar, como ele iria me pedir em casamento, etc. Eu costumava sonhar que seríamos melhores amigos por um ano ou dois, então ele iria me convidar para sair e nós nos namoraríamos por um ano e depois ele me pediria em casamento, de uma forma diferente e extravagante, e ficaríamos noivos por cerca de um ano, e depois nos casaríamos logo que nos formássemos na faculdade. Sim, eu tinha pensado sobre tudo. A última coisa que desejava era orar: “Senhor, se você não quer mesmo que eu tenha um marido, então tudo bem. E se o fizer, então você decide como irá trazê-lo, quando e onde quiser. Eu não me importo mais. Tudo que eu quero é você.” Essa declaração: “Eu não me importo mais” foi uma coisa difícil para finalmente ser capaz de dizer verdadeiramente, porque, honestamente, eu me importava muito. Eu olhava para o encontro com meu marido, o sair e se casar com ele muito mais do que eu olhava para o meu futuro crescimento no amor com Jesus. No entanto, ser capaz de dizer: “Eu não me importo mais” foi o início de minha liberdade.

O alívio de finalmente deixar ir foi lindo! Eu estava ajoelhada diante de Deus com os punhos bem fechados, mantendo todas as minhas esperanças e sonhos em relação ao meu futuro marido. Estava tão ansiosa que essas coisas acontecessem, que eu não queria abrir mão delas, temia que se eu as deixasse, não as recuperaria, que nunca iriam acontecer ou que não seria algo tão bom. Mas me permitir abrir mão de tudo o que eu tinha de expectativas era o que precisava para me sentir tão bem e pela primeira vez em muito tempo, cada parte de mim ficou focada no Senhor, sendo preenchido por seu abundante amor sem fim para comigo.

Se nossa atenção está focada em outra coisa, então não podemos viver na plenitude do amor de nosso Criador. Torna-se muito mais difícil de realmente apreciar um belo pôr do sol, se você também está assistindo TV, lendo um livro, e conversando com alguém. Você vai apenas ser capaz de conhecer as glórias que existem nas mudanças das cores vibrantes, os padrões das nuvens, e a brisa suave que delicadamente os move se parar para ver. É a mesma coisa com o nosso Senhor e o amor que Ele tem para nós. Se estivermos constantemente olhando e esperando por algo maior, estamos perdendo aquilo que realmente nos trará alegria. Não podemos desfrutá-lo enquanto estamos também à espera do “homem dos nossos sonhos”. É por isso que é necessário entregar tudo para que possamos descobrir a profundidade do amor de Cristo e realmente nos tornarmos mais apaixonados por Ele.

Algo que eu gostaria de sugerir, se você está tentando entregar isso para Jesus, é fazer uma lista. Anote tudo o que você espera em seu cônjuge: como ele é, como você vai encontrá-lo, etc. Depois, reserve algum tempo para orar por cada item da lista e colocá-la nas mãos de Deus. A definição de entrega é:ceder algo à posse ou ao poder de outro, para desistir ou entregar. Neste tempo, clame sobre estas coisas que você espera. Perceba que não importa se esses sonhos se tornem realidade ou não, nada vai ser tão grande quanto o amor que você encontrará em ser completamente satisfeito no amor de seu Criador. Peça ao Senhor para te trazer para um lugar onde você pode dizer: “Não importa mais”, e ser tão satisfeito com Ele que qualquer outra coisa será naturalmente menos desejável. E crer que Ele pode fazer isso! Ele é fiel para ouvir e responder às nossas orações.

Ele diz em Mateus 7:7: “Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e será aberto para você”. Honestamente, é simplesmente uma questão de fé e confiança que o nosso Deus, aquele em quem nós confiamos para a nossa salvação, é bom o suficiente, soberano o suficiente e confiável o suficiente, para tomar todas as decisões nesta área da nossa vida. Mas simplesmente entregar isso não é suficiente…

Digamos que você tenha um mau hábito de assistir muita TV. Talvez você gasta cinco horas por dia assistindo seus programas favoritos. Você decidir que quer abrir mão de assistir TV por um tempo, porque você passa muito tempo fazendo isso. Se você acabou de sair de assistir TV, você provavelmente vai encontrar-se entediado, querendo saber o que fazer com todo o seu tempo de sobra. Isso pode te levar a pensar o que está acontecendo em seu programa favorito hoje e voltar a assistir sua TV novamente. Apenas parar de fumar é muito difícil de fazer. Mas se eu optar por gastar seu tempo em outra coisa em seu lugar (ler um livro, ser voluntário em um abrigo, servir no berçário na igreja, ajudar os outros com o dever de casa depois da escola, ou conseguir um emprego) torna-se muito mais fácil passar esse tempo de ociosidade porque você tem algo mais para se concentrar. Da mesma forma, é difícil simplesmente entregar algo que tem consumido muito do nosso tempo e energia e pensamentos sem substituí-la com outra coisa. Se nós deixamos o nosso Criador e Salvador, o nosso primeiro amor, e simplesmente desistir do que nós colocamos no seu lugar não é suficiente. Precisamos entregar tudo, e então voltar ao nosso primeiro amor.por Kelly Needham,

Foto de Allan Dayvidson

APLAUSOS

"À sociedade disciplinar que produz 'desvios' em nome da manutenção de poder..."

APLAUSOS
=Allan Dayvidson=

Ele acorda para mais um dia à vontade
e faz a caridade de ser um membro exemplar da sociedade.
Nasceu no lado certo do mapa
e todos idolatram sua capa, enquanto enchem e erguem suas taças.
Tudo permanece como sempre foi, um paraíso para o "homem de bem".

É a ordem natural das coisas (Não mexa!)
e, em nome da ordem, renda-se a superioridade do clube do garotos
enquanto calam sua boca com migalhas operárias,
porque você é só uma caricatura hilária.
Você é só um esteriótipo, um protótipo de gente,
tudo que faz dele a maior expressão da perfeição

Recuso-me a dançar sob esses aplausos.

Ele tem tudo sob controle,
é dono de sua prole e nocauteia qualquer um que der mole,
porque indisciplina não será tolerada
e todo e qualquer um que se atreva terá sua alma engaiolada.
Tudo permanece como sempre foi, um paraíso para o "homem de bem".

Acontece como deve acontecer (Não mexa!).
e, em nome da ordem, rebole como se a vida fosse um número de pole dance,
porque você não pode perder a atenção dele.
então dispa-se, não perca essa chance.
E alimente toda diplomacia sistemática e ditadura burocrática
que te contorcem até que você caiba em modelos rasos!

Recuso-me a dançar sob esses aplausos.

Foto de Ayslan

Uma lagrima

Meus olhos agiam-se sem entender
Logo senti algo percorrer pelo meu rosto
Senti como se arremessa no ar frases
Ouvi seu nome repetido varias vezes no vento
- Olha esse sorriso olhinhos brilhando
Não solta minha mão
Vem deixa eu te dizer as frases ao vento
Te peço apenas atenção
Talvez isso leve um tempo
Deixarei que o vento se encarregue de te dizer mesmo lento
Mas é esse logo tempo que preciso pra te falar
- Eu só penso em você
E só procuro um jeito, um lugar, um cantinho
ou um falar para poder te dizer meu amor
Algumas dessas palavras também se repetem dizendo
Eu te amo eu te amo
Eu digo vem aqui não solta mais minha mão
Me deixa escrever mais coisas sem noção
Me faz sonhar ser e querer te dar tudo
Cantar e poetar
Me faz te amar de uma forma que as lagrimas querem falar
que feliz também ate mesmo feliz se pode chorar...

Renê Ayslan
Para: Priscila

Foto de Maria silvania dos santos

Entre as voltas da vida

Entre as voltas da vida

_ Ei, você aí do outro lado, você que está lendo esta mensagem, você que diz ser meu amigo, é, você mesmo.
Ficou tanto tempo ausente que senti sua falta, resolvi-o procurar, o meu alô lhe dar.
Me conectei ao MSN, você não estava lá, outro dia e outro dia e nada, você não estava, meu coração de saudade angustiava, fui conferir em meu ORKUT, mas para minha decepção, nem uma mensagem, tinha tantas mensagem novas, imaginei que a sua pudesse estar entre elas, fui a procura, paginas por paginas, hum, é, nenhuma mensagem dele, mas cade as antigas?
Ele apagou-as.
Uai!
Mas ele também não está entre meus amigos, mas são muitos amigos, posso ter passado por ele e nem o visto.
Mas não pode ser, se ele estivesse aqui uma hora eu iria o ver.
Àh, claro!,
Tenho o e-mail, vou digita-lo, foi ai que veio a certeza de uma decepção, você tinha me deleitado, você destruiu meu coração, se fez de meu amigo para chamar minha atenção, mas na verdade, você não teve por mim nenhuma consideração.
Mas não se preocupe, certamente com o tempo tudo dará certo.
Seria bom se você estivesse por perto, mas foi esta tua escolha, eu terei que respeita-la, só quero deixar claro que de onde quer que esteja, estarei eu orando por você, jamais irei te esquecer, sei que entre as voltas da vida, ainda posso lhe ver e certamente irei pedir perdão se algo veio acontecer.
Sei que o tempo irá passar, a saudade em meu peito irá aumentar, mas também sei me controlar, tenho certeza que por um motivo ou outro, você também de mim irá lembrar.
E quando isto acontecer, peço que tente entender que eu também sei esperar as volta que
o mundo dá.
Boa sorte!
E obrigada, pelo tempo que durou nossa amizade.
ÀH, lembre-se, se um dia você quiser minha amizade resgatar, estou a te esperar.
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Foto de Maria silvania dos santos

O silencio, com atenção serão observados.

O silencio, com atenção serão observados.

_ Andei por mim mesma tirando minhas próprias conclusões, percebi que vivendo em silencio, muitas das vezes falamos mais alto do que o som das palavras ditas, o silencio, com atenção serão observados, as palavras ditas muitas das vezes saem em hora errada, e pelo vento seram levadas.

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

SARÇA ARDENTE

SARÇA ARDENTE
Por: William Vicente Borges
CANTO I

1
Há um fogo que arde na sarça.
Ela está na minha frente.
Eu tremo. A terra treme!
A sarça arde, mas não se queima.
Continua viva, continua verde,
continua sendo sarça.

2
Há um fogo que arde na sarça.
E meu coração é pequeno demais
para entender este fogo que não queima.
Esta sarça que arde e não se consome.
Esqueço quem sou quem eu fui,
esqueço de tudo, até de meu nome.

3
Há um fogo que arde na sarça.
O deserto está muito quente.
Mas o fogo, este é diferente.
Fogo sem combustível, mas ardente.
Não sei o que faço, se corro, ou fico,
mas não dá pra ficar indiferente.

4
Há um fogo que arde na sarça.
Nunca vi nada assim antes,
como isto pode acontecer?
Será miragem de sol escaldante?
Será que fiquei louco neste instante?

5
Há um fogo que arde na sarça.
Não consigo ver nada ao redor.
Só eu e esta sarça que arde.
O chão não pára de tremer.
Ou são minhas pernas que tremem.
Será aqui que vou morrer?

6
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço o crepitar do verde que não queima.
Ouço o crepitar de meu coração batendo forte.
Meu peito também está ardendo.
Sabe que está diante de algo não natural.
Será isto do bem, ou do mal?

7
Há um fogo que arde na sarça.
Devo me aproximar, ou não?
Há algum perigo que a espera?
Não sinto o perigo, mas temo.
Sairei daqui, machucado? Ferido?

8
Há um fogo que arde na sarça.
Quem me trouxe aqui pra ver?
O acaso? O destino? Não sei.
Não acasos ou destinos, creio.
Há propósitos e caminhos,
há na minha mente muito receio.

9
Há um fogo que arde na sarça.
Minha vida, sempre sem pressa, espera.
Preciso aqui aguardar.
O que vem depois da espera?
Deveria ser outro neste lugar.
Não eu diante de estranho queimar.

10
Há um fogo que arde na sarça.
Não irei mais me preocupar.
Uma paz estranha invade minha alma.
Posso neste fogo confiar.
Quero ficar aqui afinal.
Não preciso realmente recuar.

CANTO II

11
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo parece que parou.
Começo a pensar em muitas coisas.
Lembranças antigas de outro tempo.
Não sei por que penso nela aqui,
parece que encontrei o infinito.

12
Há um fogo que arde na sarça.
Lembro-me menino ouvindo histórias.
As histórias de um único Deus vivo.
Ouvi de um menino lançado num rio.
Que não foi almoço de crocodilos.
E se tornou um príncipe no Egito.

13
Há um fogo que arde na sarça.
O meu povo escravo naquele país.
Tantos anos longe da terra de seus pais.
Da terra dos antigos adoradores.
Terra que mana leite e mel.
Vivendo, hoje, todo tipo de horrores.

14
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças não param de vir.
De minha mãe ouvi tantas histórias sem fim.
Dos sonhos do jovem José, que sofreu,
que usava capa colorida,
e que em terra estranha venceu na vida.

15
Há um fogo que arde na sarça.
Que faz arder meu peito.
Tenho um povo, tenho uma missão?
Mas não volto mais de onde saí.
Estou velho, tenho medo, não sei falar.
Nada posso fazer nesta situação.

16
Há um fogo que arde na sarça.
Melhor eu parar de pensar.
Esta loucura tomou conta de mim.
Meus olhos doem, estou tonto aqui.
Não quero mais recordar tanto.
Não quero lembrar que fugi.

17
Há um fogo que arde na sarça.
Isso não faz o menor sentido.
Ou será que todo sentido faz?
Não parece haver caminho de volta,
Perdi o sentido de direção
Por quer arde tanto este coração?

18
Há um fogo que arde na sarça.
Quer confrontar minha identidade.
O que espera de mim?
Não respeita minha liberdade?
Como pode me afetar tanto
logo eu nesta minha idade.

19
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças, teimosas, vem e vão.
Objetivação ou subjetivação?
Sim, eu feri, eu matei, em vão.
Meus pecados queimam meu interior.
Não vou reviver mais esta dor.

20
Há um fogo que arde na sarça.
Não vou lutar com estas recordações.
Queria eu, não ter mais memória
Aqui fiz nova vida, estou muito feliz.
Tenho esposa, família, filhos.
Estou como sempre esperei e quis.

CANTO III

21
Há um fogo que arde na sarça.
Volto-me finalmente para o hoje.
Detenho-me diante deste instante.
Como a vida se me apresenta dura.
Mas nada muda o que observo
A sarça cujo fogo perdura.

22
Há um fogo que arde na sarça.
Numa desconhecida relação universal.
Neste dia de um tempo qualquer.
Quem sabe na história ficará.
Ou apenas na lembrança de um homem velho.
Definitivamente não sei o que será.

23
Há um fogo que arde na sarça.
Parece elaborar uma nova ordem.
Acabará com o caos da minha vida.
Sabe bem aonde quer chegar.
Irá iniciar uma jornada definida.
E nada vai lhe embaraçar.

24
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como isto contestar.
Há saída para o sofrimento.
O mal não irá triunfar.
Há dia para o fim do tormento.
Heróis com ou sem medo irão lutar.

25
Há um fogo que arde na sarça.
Há belos hinos angelicais.
Há milagres sendo gerados.
Há ventos que sopram do norte.
Há uma obra metrificada.
Há cheiro de vida e de sorte.

26
Há um fogo que arde na sarça.
Há segredos que nele se escondem.
Há verdades que serão reveladas.
Estou perdendo a respiração.
O fogo não vai se apagar?
Não sinto mais nenhuma aflição.

27
Há um fogo que arde na sarça.
Algo que jamais irei esquecer.
Momentos que jamais passarão.
Parece sonho, mas é vulcão em erupção.
A sarça arde com grande poder.
Aumenta minha palpitação.

28
Há um fogo que arde na sarça.
Que beleza sem igual esta visão.
Que mais eu poderia ver depois disto?
O que me chamaria mais a atenção?
Nunca mais esquecerei tal dádiva.
Será minha maior recordação.

29
Há um fogo que arde na sarça.
E que grande ponto de interrogação.
Quantas perguntas me estrangulam.
Quão grande minha imperfeição.
De onde me virão respostas?
Quem me dará a solução?

30
Há um fogo que arde na sarça.
E ninguém segura minha mão.
Que profunda é esta situação.
Como roda minha mente.
Estou ficando sem forças.
Tenho que ficar alerta novamente.

CANTO IV

31
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo vai passando sem passar.
Minhas pernas continuam bambas.
Há um silêncio difícil de explicar.
As respostas ainda não vêem.
E eu não paro de suar.

32
Há um fogo que arde na sarça.
Estou com os nervos à flor da pele.
Este lugar parece não existir.
Quero gritar, mas não consigo.
Como suportar este mistério?
Preciso que alguém fale comigo.

33
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz retumba no ar.
É perturbadora, forte, tensa.
Fico paralisado de pronto.
Meu coração reconhece o estrondo.
Minha emoção se torna imensa.
34
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz sem igual sai dela.
Uma voz que não confunde.
Não posso estar delirando.
Não é o calor do deserto
É a voz que estava esperando.

35
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo está tremendo mais.
Eu tremo absurdamente.
Não haverá misericórdia?
Quantas coisas na minha mente.
O coração e a razão entram em discórdia.

36
Há um fogo que arde na sarça.
Não sou tão corajoso.
Algo então me acalma.
A voz entra no meu interior.
Sinto que ela me abraça.
Ela é expressão maior de amor.

37
Há um fogo que arde na sarça.
Voz que é igual a de muitas águas.
Que faz até o céu enrolar.
Simplesmente Toda Poderosa.
Voz que tudo transforma.
E ao mesmo tempo formosa.

38
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que está a me chamar.
Quem fala me conhece bem.
Sabe tudo o que sinto.
Sabe o que penso se,
digo verdades ou minto.

39
Há um fogo que arde na sarça.
Ela não se consome nunca.
Dela vem a voz não natural.
Nada pertence a este mundo.
É tudo para mim estranho,
Tudo é muito profundo.

40
Há um fogo que arde na sarça.
Sei agora que alguém comigo.
Nesta voz que tudo estremece.
Mas sinto nela um amigo.
Estou mais descansado,
Aqui se tornou meu maior abrigo.

CANTO V

41
Há um fogo que arde na sarça.
Há um comando que dela vem.
Ouço em alto e bom som:
E eu obedeço de pronto
__ Tira as sandálias dos pés.
Este lugar é santo!

42
Há um fogo que arde na sarça.
Há foco também na voz.
Há fogo em cada ordem.
Não há como não obedecer.
É a verdade personificada.
Sou parte do seu querer.

43
Há um fogo que arde na sarça.
Tirei as sandálias empoeiradas
Meus pés sentem o chão santo.
Nada é como dantes era.
O passado, o presente, o futuro.
Não existem mais nesta esfera.

44
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que se deixa ouvir.
Um solo de santificação.
Pés descalços então.
Um poder que sente no ar.
E quase pára meu coração.

45
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço atentamente quem fala.
A voz que os antigos ouviram.
O sonho que se tornou real.
O poder que os antigos sentiram.
Neste tom e sobrenatural.
46
Há um fogo que arde na sarça.
Ele esteve comigo no rio.
Guiou meus débeis passos.
O que quer ainda comigo?
Logo aqui no meu sossego.
O que quer meu amigo?

47
Há um fogo que arde na sarça.
Esse fogo existe e não come.
Muita coisa para este finito ser.
Diminuto verme neste mundo.
Tão pobre quanto inútil.
Um simples pastor imundo.

48
Há um fogo que arde na sarça.
A voz continua a falar.
E eu a ouço forte e potente.
O chão treme, estou tremendo.
Um misto de emoções me surpreende.
Mas eu escuto e compreendo.

49
Há um fogo que arde na sarça.
Eu vejo, escuto e sinto.
A cada dito sou atingido.
Não posso sair daqui.
Estou preso fora do tempo.
Não há nem como fugir.

50
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo isso é tão possível.
Àquele que fala; àquele que vive.
Nunca de mim se esqueceu.
Em todo tempo me preparou.
Mas porque logo eu/

CANTO VI

51
Há um fogo que arde na sarça.
Ele ouviu o clamor dos aflitos.
E eu aqui livre e contente.
Sem ouvir de todos os gritos.
E daí, se um dia fui valente.
Hoje sou sombra de velho mito.

52
Há um fogo que arde na sarça.
Eu digo que não quero ir.
Vendo o fogo, ouvindo a voz.
Mesmo assim me mostro covarde.
Mas ele transforma a mão e o cajado.
Fortes argumentos de sua parte.

53
Há um fogo que arde na sarça.
Eu não imaginaria jamais isso.
Ter agora este “chama-mento”.
Sair da paz deste meu momento.
Para buscar um povo que chora,
Por que ele viu o seu tormento.

54
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como a ele dizer não.
Convence-me de forma plena!
Subjugou minha teimosia atroz.
E quando me indagarem quem és?
Dirás que “Eu Sou” enviou a vós.

55
Há um fogo que arde na sarça.
Uma jornada de volta vou enfrentar.
Um grande inimigo me espera.
Mas este amigo me acompanhará.
Não sei o que verei daqui em diante.
Mas o poder me acompanhará.

56
Há um fogo que arde na sarça.
E tudo se transforma novamente.
Com Ele é assim, não há discussão.
Nada do que pensamos, quase? Vale.
Planos? São todos em vão.
Mas é melhor repousar em sua mão.

57
Há um fogo que arde na sarça.
Jamais irei saber por que eu?
Diante de tantos outros mais fortes.
Logo a mim, fugitivo de outrora.
Um homem sem nome ou atrativos.
Completamente destituído de glória.

58
Há um fogo que arde na sarça.
Este fogo agora arde em meu coração.
Sigo em frente, cajado na mão.
A voz ressoando em meus ouvidos.
Caminho agora para minha missão.
Ouço como ele dos irmãos os gemidos.

59
Há um fogo que arde na sarça.
Fogo para consumir a escravidão.
Que faz tremer o pior opressor.
Ai dos que oprimem o povo do grande “Eu Sou”.
Ai daqueles que tocam em seus ungidos.
Pois é o povo que ele sempre amou.

60
Há um fogo que arde na sarça.
Olhando-os livres, e dançando após o mar.
Vendo os milagres que Ele realizou.
Vendo as mulheres sem correntes nos pés.
Ainda me ressoa a voz onipotente:
__ Agora vai! Moisés!

.................................

Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

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