Asas

Foto de NW

Nossa história em versos

Tanto tempo te esperei,
de namoro e namoro vaguei,
mas só quando eu te encontrei,
pude dizer, finalmente, sou feliz eu sei!

Te encontrei por acaso,
e logo no primeiro minuto em que te avistei,
você, no meu coração, fez um arraso,
foi então, que a você, minhas esperanças levei...

Seu sorriso resplandeceu,
os meus sentidos inebriaram,
foi quando minha boca emudeceu,
dando lugar aos nossos corações, que assim falaram.

Eu te amo, te amei e te amarei,
Já naquele primeiro instante, em que nossos lábios quase se tocaram,
eu sabia, que só contigo eu serei,
feliz, completo, mesmo que os céus sobre mim caiam.

E foi naquela mesma noite, nossa primeira dança,
não era valsa, mas uma canção ainda mais linda,
nossos corpos, como o pêndulo que balança,
já bailavam, numa alegria que era infinda.

A música, então, parou,
a pé, caminhamos juntos,
o tempo, que já era curto, então viajou
e com ele, passamos a cuidar de nossos assuntos.

Antes de podemos conversar,
nossos lábios se encontraram,
nossos primeiro beijo, nasceu sem falar,
mas deram espaços aos corações, que então falaram.

E naquela noite mágica,
fizemos companhia às estrelas,
nem o breu, que anunciava uma conclusão trágica,
pôde ofuscar o fulgurar de nossos olhos,
que cintilavam, como se das estrelas fossem duas pequenas centelhas.

Foi então que cheguei a uma resolução:
não podia deixar de te amar,
e não querendo impedir o destino e sua mão,
proclamei o amor, e pedi para te namorar.

Foi esse o embrião de nossas vidas,
que passaram sem jamais ser lidas,
e agora, que tornaram-se escritas,
estou com medo, de ter a felicidade perdida.

Porque eu fui tolo, porque eu fui pueril,
te machuquei, e não te respeitei,
e hoje você descobriu,
um lado meu, que até eu renunciei.

A este eu, solenemente, bano do meu ego,
banido está, e banido ficará,
porquanto plantava mentiras que nem eu acreditava, pois não sou cego,
e sei que a mim, hoje, só existe o eu que te amará.

E este eu jamais te magoará,
te respeitará da forma mais estrita, mais solene,
e contigo ficará,
no berço da felicidade mais perene.

Por isto te rogo: perdoa-me,
saiba que esses versos são indeléveis, assentes,
e dos pecados que cometi, coa-me,
na certeza de que eu, nunca mais, serei insolente.

Nesta terra não há ilusão, corpo ou substância,
que da infelicidade me desperte mais fácil,
que o seu sincero sorriso de criança,
despertado de uma felicidade concreta, quase tátil.

A minha vida, dedicarei a você,
minha missão terrena, será te fazer feliz,
em penitência, ficarei até o alvorecer,
de uma nova vida, a que você sempre quis.

E lá no céu, terei outra missão,
essa mais dura, posto que eterna,
pois lá cuidarei de suas asas, e tal será meu galardão,
por ter podido, em vida, viver com a anjinha mais terna.

Perdão,
Eu te amo,
No meu coração,
De novo, eu te chamo.

Foto de Lucinea Moreira Leite

Meu Anjo

Renato
Você é meu anjo especial, caiu do céu como um presente dos Deuses para alegrar minha vida. Chegou de mansinho e quando percebi já fazia parte de meus sonhos.
Em seus braços, estive por poucos momentos, mas só nós sabemos da intensidade destes instantes, que sem dúvida, são inesquecíveis.
Essa distancia traz a saudade para dentro de mim, eu fecho meus olhos e sinto tua presença em meu coração e então percebo que te amo mais do que tudo em minha vida. Acredito que o amor nunca falha mesmo sendo difícil superar os obstáculos que a vida nos reservou, mas acima de tudo tenho certeza do teu amor por mim, é por isso que revivo a cada segundo que ouço a sua doce voz dizendo que me ama.
Peço aos anjos que levem ate a ti meus beijos e o calor do meu corpo que antes de ser meu é teu e nas asas do meu pensamento desejo você eternamente.
Como diz a msg que me enviou: “... o futuro que nos reserva é lindo e belo como amores vividos em castelos, eu te amo! Te adoro, mas não gosto que você chore, pois a luz que ilumina é o meu sol a minha e tua lua ela a lua dos apaixonados. Te amo.”
Cada lágrima que cai é a renovação do meu amor por ti.
Você é para mim o melhor de meus Sonhos.
Eu Amo Você!

Foto de Eduardo Brito

MAGIA

MÁGICA
Autora: Clicia Pavan

A verdadeira magia está dentro de nós...
Em nossos corações...
Qualquer lugar é mágico... Basta sentir...
E Voar nas asas do vento...
E por um momento se deixar levar ...

Sonhar é de graça ....Sonhe .
Esqueça um pouco as coisas ruins da vida.
Sorria feito criança ....Esqueça os dias solitários ,
que você atravessou ,que calado chorou...
Mas lembre-se dos sorrisos amáveis que encontrou
do amor que chegou, do amor que vai chegar....

Esqueça os planos que não deram certos ...
E pense :
Hoje é outro dia .

Lembre-se de sempre ter um sonho
pois a vida é um milagre
com todas as suas formas e cores .

E como mágica você faz acontecer!!!

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"Viva a vida, porque a vida e' curta

Foto de Viollett

Adormecer e morrer (Viollett)

Silêncio, quarto vazio e impessoal, luz apagada...

Presença inexistente, calor apagado de corpos colados,

Amor premente, olhos arregalados com trejeitos de dor e prazer.

Será que partiste para todo o sempre?

Finalmente a luz tende a aparecer, o medo cresce

Mas toma formas de saudade e desespero.



Nada!

Partiste, sem um adeus, sem um beijo,
sem um abraço nem um sorriso...

Choro um silêncio chamado solidão.

Uma solidão que sinto e que me transforma.

Uma solidão que me corta,

Que me fere o corpo e alma,

Que me enfraquece os movimentos, a pele e a mente...

Vivo em esperança!

A esperança que me incentiva a viver, a respirar,
a sentir...

A tentar olhar o novo dia, sem medo nem fracassos

Tentar rever os teus olhos, os teus lábios, os teus abraços

O teu mundo e o teu ser...

Parto!

Desapareço sem te avisar

Vou viver outra vida,

Noutro sol ou noutro luar...

Ainda vivo no silêncio obscuro

Apenas quebrado por gritos de dor

Que antes era de prazer em noites fugidias,

Busco a felicidade,

Sem nunca a encontrar mas farta de a procurar.

Morro!

Sem descendentes, antecedentes ou precedentes,
sem amores passados...

Simplesmente jazo na cama fria e desconfortável...

Revejo a minha vida, sem fracassos, sem temores,

Nem pobreza, nem riqueza, com amor sem ardor.

Revejo-te, miro-te como foste há tantos anos.

Anos de felicidade, minutos de paixão, séculos de solidão,

Presos no tempo mas soltos em pensamento.

Quero-te, tenho-te, esqueço-te,

Talvez por esta ordem, não o sei,

Mas evito este pensamento quando fecho os olhos,

Solto a alma do corpo, sinto o coração parar de bater,

Sinto a respiração prender, como quando te vi,

Sinto a mente afundar, como quando te possuí,

Sinto o corpo gelar, como quando te perdí,

Sinto a esperança esvair, como quando morrí.

Voltas!

Estou morta, choras!

Beijas-me a face e partes sem olhar de novo para o ser que abandonaste

Recordas-me... Vertes lágrimas sem ninguém olhar,
sorrisos soltos com menosprezo.

Amor morto é como pássaro sem asas,

Existe mas não pode almejar voar.

Amor!

Não é preciso asas para voar

Não é preciso muito para saber sonhar...

Espero-te!

Viollett

(Uma Estrela suspensa na Lua)

Foto de LEOANDRADE

Crisálida (Leonardo Andrade)

"A paixão é a crisálida que não se rompeu.

Intensa, forte, mas limitada, tendo que evoluir ou murchar por esgotar em si suas possibilidades; já o
amor é a borboleta que nasceu desta, livre, plena, etérea. Tem asas para romper limites, se expandir indefinidamente, ir onde desejar e por onde se
propuser.

O amor tem a liberdade e a escolha, até mesmo a de sempre voltar para casa"

Leonardo Andrade

Foto de EduardoBarros

Lepidóptera (Eduardo Barros)

Ao despertar-me da pulpa, senti a brisa bater forte sobre minhas asas que ainda húmidas pelo sereno da noite, faziam com que eu ainda não alçasse vôo.

Com minhas minúsculas antenas sensoriais, eu já sentia o cheiro da mata verde ainda molhada pelo sereno da noite ... e aos poucos, eu conseguia meus pequenos passos para aquela vida perigosa.
Flores ...quantas flores, meu alimento por pouco tempo, seu pólen que com meu revoar fariam germinar tantas e belas árvores e mais flores, para assim recriar o nosso mundo novamente.
Terei pouco tempo de vida ...
E tentarei aproveitar o máximo ...
Para tornar os seus olhos ...
A beleza de ser uma borboleta.

Eduardo Barros

Foto de Arcanja-do-Amor

Pureza Proibida (Arcanja do Amor)

Nas asas brancas do teu amor vou entregar-me de corpo e alma em teu encanto, em teu sorriso, vou contemplar nova vida.

Tua pureza infinita, quero viver toda uma eternidade em cada gesto, em cada passo, serei sempre o mesmo amigo.

Dê-me tua mão minha amiga, pequena e doce criança.

Venha ver o mundo que a tanto te espera.

Ele também quer ser seu amigo.

Arcanja do Amor

Foto de VG-canukinha

Odeio-te porque te amo (VG-canukinha)

Apareceste na minha vida como um vulcão,

marcaste território no meu coração,

sem pedir autorização.

Aos poucos minha vida passou de uma desilusão,

a ter uma única razão: TU.

Sempre que estava mal,

as tuas palavras tudo mudavam.

Agora és um vício

que não consigo dominar.

Mesmo tu estando noutro sítio,

não te quero enganar

mas sim te amar.



Odeio-te porque te amo,

fazes-me chorar de solidão,

de sentir tanta paixão...

Não te posso esquecer,

sem ti jamais posso sobreviver.

Preciso das tuas asas

para voar até ti.

És o meu anjo-diabo,

não te conheço,

não te posso ver,

é isso que me faz sofrer.

VG-canukinha

Foto de NorthMan

Toda-Boa (NorthMan)

Menina linda que não posso querer

porque a conduta esperada

me corta as asas da mente

e me contento

com a tua presença.



Toda-boa, toda perfeita

nariz e boca, cabelo e pescoço

mãos e seios, barriga e costas

bum-bum e pernas, ah, o perfume!

Teu cheiro e a idéia do cheiro

do esforço e do movimento

ofegante e multi-ritmado.

Melhor eu parar por aqui

antes de passar os pés pelas mãos!

Menina, és linda e perfeita em teus contornos.

Sou louco e hipnotizado pelo teu sorriso.

E meu sonho é impossível e calculável.

Mas, se eu tivesse tu em meus braços

os abraços e beijos e todas as carícias

iriam sobrepujar as vozes dissonantes

e os nossos ais não seriam lamentos

mas suspiros sussurrados em nossos ungüentos.

NorthMan

Foto de Patrícia

Cantata de Dido (Correia Garção)

Já no roxo oriente branqueando,

As prenhes velas da troiana frota

Entre as vagas azuis do mar dourado

Sobre as asas dos ventos se escondiam.

A misérrima Dido,

Pelos paços reais vaga ululando,

C'os turvos olhos inda em vão procura

O fugitivo Eneias.


Só ermas ruas, só desertas praças

A recente Cartago lhe apresenta;

Com medonho fragor, na praia nua

Fremem de noite as solitárias ondas;

E nas douradas grimpas

Das cúpulas soberbas

Piam nocturnas, agoureiras aves.

Do marmóreo sepulcro

Atónita imagina

Que mil vezes ouviu as frias cinzas

De defunto Siqueu, com débeis vozes,

Suspirando, chamar: - Elisa! Elisa!

D'Orco aos tremendos numens

Sacrifício prepara;

Mas viu esmorecida

Em torno dos turícremos altares,

Negra escuma ferver nas ricas taças,

E o derramado vinho

Em pélagos de sangue converter-se.

Frenética, delira,

Pálido o rosto lindo

A madeixa subtil desentrançada;

Já com trémulo pé entra sem tino

No ditoso aposento,

Onde do infido amante

Ouviu, enternecida,

Magoados suspiros, brandas queixas.

Ali as cruéis Parcas lhe mostraram

As ilíacas roupas que, pendentes

Do tálamo dourado, descobriam

O lustroso pavês, a teucra espada.

Com a convulsa mão súbito arranca

A lâmina fulgente da bainha,

E sobre o duro ferro penetrante

Arroja o tenro, cristalino peito;

E em borbotões de espuma murmurando,

O quente sangue da ferida salta:

De roxas espadanas rociadas,

Tremem da sala as dóricas colunas.

Três vezes tenta erguer-se,

Três vezes desmaiada, sobre o leito

O corpo revolvendo, ao céu levanta

Os macerados olhos.

Depois, atenta na lustrosa malha

Do prófugo dardânio,

Estas últimas vozes repetia,

E os lastimosos, lúgubres acentos,

Pelas áureas abóbadas voando

Longo tempo depois gemer se ouviram:

«Doces despojos,

Tão bem logrados

Dos olhos meus,

Enquanto os fados,

Enquanto Deus

O consentiam,

Da triste Dido

A alma aceitai,

Destes cuidados

Me libertai.

«Dido infelice

Assaz viveu;

D'alta Cartago

O muro ergueu;

Agora, nua,

Já de Caronte,

A sombra sua

Na barca feia,

De Flegetonte

A negra veia

Surcando vai.

Correia Garção (1724-1772)

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