Adorava ser poeta,
fazer meu coração falar.
Minha mente inquieta,
não pára de se atropelar.
Como de poeta temos um pouco,
um pouco ele vai falar,
ele não vê,
mas sente as palavras de toda a gente.
Como se fosse um louco,
que apenas quisesse amar,
Ele crê!
As palavras são o sangue,
força anímica nas veias.
Por vezes um ser errante.
Pobre, sem eiras nem beiras.
Percorre meu corpo todo,
para na mente pairar.
Como um pássaro que voa solto
Num festim de asas no ar.
As palavras são diferentes,
mas todas uma semente,
nascem todas no inconsciente,
percorrem o meu universo,
evoluindo e a construir,
procurando no seu verso
até o dia deixar de existir,
Seguem o dia...
Seguem o dia e a noite,
Numa canseira trazia,
um corte cego de foice.
Uma palavra bravia,
que o coração não lia
nem de dia nem de noite!
29.06.05
Luísa