Resta-me ainda pegar a concha
da areia da praia... tactear seus relevos
leve, levemente... como quem chama por ti!...
Sigo o trajecto em toques sem rumo
Círculos quadrados redondos sem prumo
Linhas rectas... infinitos os pontos
Da concha que me leva em elos!...
Vigoro o sangue... lúcido jaz em mim
teu Ser... faz tempo!...
Óh! Ignorância... como um ermo
Términus. Desta lembrança
Tábua rasa por eu não saber!...
Corre nas veias a mistura
Vermelha d`um azul pardo
Alarme alado... que veícula
nosso prado ainda assim tão beijado!...
São círculos de semi-círculos
que afago em rodas de rodar e voltar
Ao contrário às voltas a dar...
Tantas quantas for necessário exaltar!...
Desfazem-se pragas de fragas essências
Sentenças... desmistificando destinos
Traçados sem prazer!...
Labirintos são muitos... infinitos
Mas da recta há muito a dizer!...
JoaninhaVoa, em
08 de Janeiro de 2008