Areia

Foto de Dirceu Marcelino

CAMINHOS DE FERRO IV - SANTOS - SÃO VICENTE. Homenagem ao poeta EDSON MILTON RIBEIRO

CAMINHOS DE FERRO IV - SANTOS - SÃO VICENTE

O caminho de ferro de São Vicente
Está muito fortemente delineado
Na imagem sem trilhos dos dormentes
De madeira a muito na areia fixados

E que deixaram no leito marcado
Seu trajeto e mesmo que se tente
Disfarçar de onde foram retirados
Eles aparecem muito latentes

Nas fotos aéreas e no solo escarpado
Dos morros pelos quais passava rente
Às rochas e no túnel escavado

Na divisa das cidades proeminentes,
Passando então o túnel a ser chamado
De ”José Menino”. Ida a São Vicente.

(DIRCEU MARCELINO)

“VIAGEM DE TREM”

Lá vem a Maria Fumaça...
Trazendo e levando saudades...
Por onde ela passa!!!

Por toda a composição...
Esta espalhada à esperança...
Em muitos corações!!!

Lá vem o trem de ferro...
Carregado de sonhos...
De sentimentos sinceros!!!

Na beira das estações..
Tem crianças brincando...
Se enchendo de ilusões!!!

No apito do trem amigo...
A cabeça viaja...
Num grito contido!!!

O amor, que ainda não voltou...
É esperado na rampa, com todo fervor!!!
Lá vem a Maria Fumaça...

Trazendo a alegria...
Por onde ela passa!!!
Chuck,chuck, chuck, lá vem a Maria Fumaça,...
Espalhando noticias por onde ela passa!!!

(Viajar de trem faz parte do imaginário de toda criança...
Portanto permaneçamos criança enquanto durar nossas vidas...
Porque na vida de cada criança, não pode faltar esperança...
E nem uma viagem de trem!!!)

EDSON MILTON RIBEIRO

Foto de OComum

Onde estás?

Onde está a Lua que me prometeu luz durante a noite?
Onde está o Sol que me prometeu aquecer durante o dia?
Tudo o que mais desejo é sentir o calor da tua pele na minha; os teus lábios encostados suavemente aos meus, num beijo doce e meigo; ver a cor e o brilho dos teus olhos pasmados nos meus; um olhar sereno que me seduz e hipnotiza dominando-me por completo que chego a desejar perder-me nesse olhar. Que loucura de pasmo que me impede de pensar em alguém que não sejas tu. Que loucura de paixão que vai para alem do tempo e da distância.
Onde está a vida que a morte me prometeu?
Onde está o sonho quando abro os olhos e acordo sozinho?
Onde estás tu afinal? Quando toda a vida te procurei e não fui capaz de encontrar; mas que mesmo assim sou capaz de sentir, capaz de te ver, e num último fôlego de desassossego vejo o esvoaçar dos teus belos e longos cabelos, dançando com a passagem de uma suave brisa criada pelo bater de asas de um anjo. Oh! Como eu invejo esse anjo, ele pode tocar-te com um sopro e levar-te ao paraíso. Como eu queria ir contigo! Tocar-te, sentir-te, beijar-te! Mas só o posso desejar, tocar-te seria morrer, e eu não te consigo encontrar, mas se algum dia, por acaso, isso acontecesse, morreria de bom grado, nem que fosse só para te beijar uma única vez!
Sim, sonho! Sonho ver-te, sentir-te. Tocar o teu corpo num desejo real. Beijar-te os lábios docemente, percorrer lentamente os meus dedos pelo teu corpo divino, pousar as mãos no teu ventre ao de leve! Ouvir-te respirar, passar os dedos no meio do teu cabelo. Cheirar o teu perfume que me inebria. Sim, sonho, com a loucura do primeiro beijo, do primeiro abraço, da primeira visão, da primeira noite de amor. Ao sonhar, sou teu, e tu, só minha!
Será assim tão infantil sonhar com um momento infinito? Porque há-de ser apenas um sonho?
Quero-te mais que querer, desejo-te mais que desejar, preciso-te mais que precisar, sinto-te mais que sentir; como um latejar pulsante e vibrante de vida e paixão no meu peito, corpo e alma. E agora que posso, amo-te mais que amar.
Que parte é que não entendes, não sou um puto que pensa que ama, não tenho nenhuma confusão a assombrar-me, tenho certezas e simplesmente tenho coragem de dizer o que sinto.
Amo o que nunca vi, o que nunca conheci, o que nunca toquei nem beijei. Amo, porque sei, simplesmente porque sinto!
É a primeira vez em toda a minha vida, por entre lágrimas e sentimentos incertos e confusos, que tenho a certeza do que sou, estou mais sóbrio que nunca. Não sei explicar o porquê nem o como, apenas sei o que sinto, e é verdadeiro, não uma ilusão.
Por seres eu sou, por sentires eu sinto, por viveres eu vivo, por amares eu amo. Tu não és tu só, e eu não sou eu só, mas sim, juntos, nós somos!
Sinto que somos um, tu não surgiste por mero acaso, chama-lhe o que quiseres, destino, sorte, intervenção divina, ou talvez tudo isso ao mesmo tempo. Coincidência, não creio.
Foi nas trevas cerradas, num momento de cegueira dos sentidos, numa altura de pesadelos temidos e desesperos perdidos que, num clarão invisível surgiu, um anjo de luz que me seduziu e pacificou, devolveu a esperança de um lugar etéreo.
Vieste para me salvar de mim mesmo, impedires-me de desistir, e é nisso que acredito. Sinto-te como nunca senti ninguém, e tu sentes o mesmo, o que poderá ser isto senão amor.
A nossa alma, a nossa essência, o nosso ser e existir são um só, separados apenas por distâncias intoleráveis ou tempos longos mas que se acabarão por encontrar.
Desejo a oportunidade de te dizer nos olhos o que sinto, que estou aqui, que sou teu.
"Como é duro amar em silêncio, sofrer em silêncio, quando tudo o que se deseja é sussurrar ao ouvido da pessoa que faz bater o coração: ‘amo-te!’ Como é duro não poder fazê-lo, não porque não se quer mas porque não se pode. Imaginar ou pensar será que ela também sente como eu a sinto no peito sempre que fecho os olhos? É duro amar o que está distante da vista mas perto do coração" (Pedro Vasco)
Sonho contigo, este foi um deles: vejo teu corpo, espelhado contra a água desse mar azul, dançando ao ritmo da chegada das ondas à margem, estranhamente não possuem o dom da rebentação, significando talvez, que ele (o que sinto) é infinito. Aproximo-me de ti pelas costas sem que te apercebas, abraço-te enrolando os meus braços à volta da tua cintura, beijo-te o pescoço com paixão e ficamos ambos a observar a beleza desse mar azul. Sussurras-me ao ouvido, mas não ouço o que dizes, e queria tanto! Caminhamos descalços sobre a areia aquecida pelo sol, o teu vestido branco de anjo serpenteia ao sabor da brisa que traz consigo o inconfundível cheiro a água salgada, a água do mar. Há uma gruta perto, escavada de propósito para nós entre as rochas que povoam aquela imensidão de areia. Entramos. Sentamo-nos sobre pedras que parecem bancos. Abraço-te e acaricio-te os cabelos dourados, ficamos a ver o pôr-do-sol, ele desaparece tão lentamente, arrastando consigo o dourado e prateado que pintou sobre esse mar azul. As ondas continuam sem rebentar, apenas se dissipam ao chegar à margem. À medida que o Sol se esconde atrás do horizonte, tu adormeces tão meigamente nos meus braços, com a tua cabeça repousada sobre o meu ombro. Anoitece. Beijo-te a testa e fico a ver as estrelas. Começo a contá-las, cada uma é um ano do meu amor por ti, e são tantas! Desejo ficar assim contigo para sempre.
Acordo. É apenas um sonho e choro! Mesmo sem te ter realmente beijado nem tocado consigo sentir-te, tenho no meu corpo o teu suave cheiro e na mão um fio de cabelo. Não me digam que foi apenas um sonho, foi algo mais, algo mágico. Acredito nisso, tenho de acreditar.
Sinto-te à distância, porém anseio um abraço ou beijo teu!
Acredita que eu não me queria apaixonar, simplesmente aconteceu e não sei explicar.
Eu permiti apaixonar-me. Simplesmente agora já não consigo suportar o sol, nem a lua, nem as estrelas, nem as árvores, nem o frio ou o calor, ou mesmo a paz e o sorriso de uma criança, até o nascer de uma flor; não suporto a solidão, nem o azar ou a sorte! Não suporto a vida se tiver que a passar sem ti. Só entendo a morte!
Porque tens de estar tão longe? Porque tens tanto medo? Sei que me sentes! Receio tanto não te ver, não te tocar que me faz sentir desesperado. Eu não penso que amo, sei que amo, quando amo e porque amo. Não amo a tua imagem, mas sim quem és e pouco importa o que foste ou virás a ser, só me interessa quem és, simplesmente porque és!

Foto de Diario de uma bruxa

Visita ao mar

Hoje quis variar
Em vez de visitar o campo
Fui visitar o mar

A areia branquinha
O mar silencioso
Os barcos ao longe me viam chegar

Na areia da praia
Pus-me a sentar
Admirando as lindas ondas
Que próximo a mim
Vinham a quebrar

Era fim de tarde
E sol já no poente
Aos poucos parecia
Derreter no mar

A paz tomou conta de mim
O intenso silencio
Tomou conta de minha mente

Só se ouvia o barulho do mar
Energizante, envolvente
Ali fiquei... Até a primeira estrela
No céu brilhar

O ar esfriou, o céu se encheu de estrelas
A lua agora brilha no céu
É hora de partir
Voltar ao mundo real

Então me levantei
E pra casa voltei.

Poema as Bruxas http://www.portaldabruxa.blogspot.com/

Foto de Diario de uma bruxa

Viagem ao litoral

Hoje pela manhã
Ao ouvir os pássaros cantarem
Imaginei estar com você
Fechei os olhos
E viajei até o litoral
Onde os pássaros são mais felizes

Imaginei-me sentada
Na areia da praia com você
Fazendo-me companhia
Pude sentir o cheiro do mar
Aquela brisa gostosa da maresia
Pude senti-la em meu rosto

Você levantou-se
Puxou-me pela mão
E caminhamos
Sentia a areia por entre meus dedos
Enquanto meus pés afundavam em meio a elas

O mar estava lindo
Saldava-nos com belas ondas
Que chegavam a encontrar nossos pés
A água gelada... Uma sensação maravilhosa
Arrepiava-me o corpo inteiro

Não queria acordar
O paraíso estava aqui em minha mente
Queria continuar ali
Mas não podia
Então me despedi
Você feliz em me ver
Ficou triste a me ver partir

Mas em seu coração
Sempre estarei
Como estará em meu coração
Você também.

Poema as Bruxas (portaldabruxa.blogspot.com)

Foto de Arnault L. D.

Desejo

Desejo ver o que você vê
e encontrar o que procura
me escrever no que você lê
ser do tempo o que perdura

Desejo estar em seu desejo
ouvir seus íntimos segredos
e permanecer aonde a vejo
não a areia que escorre aos dedos

Desejo de você algo a mais
talvez o que ainda não tenha
fazer o que não foi feito jamais
convidar para que o delírio venha

Desejo o que não sei
criar a vontade, tornar do etéreo
Romper as barreiras das leis
saborear o gosto deste mistério

Foto de Anderson Maciel

ENTRE OS MUROS DA SOLIDÃO

Nunca esperava poder estar em teus sentimentos mais uma vez e como uma luz que ofusca toda a casa poder ser o sentimento mais puro que você ja demonstrou, sinto-me alegre mas ao mesmo tempo me bate uma tristeza na min'alma por saber que tudo não passa de mera imaginação minha que meus sonhos estão ligados a tantos desejos sempre me comovendo a entrar em pranto profundo pensando neste tão singelo amor. Que diria eu pois você em meus versos e poesias tem sempre sido a única a me dar tantas palavras para escrever, como se não bastasse minha vida atribulada; praticamente perdida pelos sonhos muitos não realizados. Eu sinto falta dos momentos em que você estava aqui mas não era sonho e sim a mais pura realidade quando todas as vezes você me jurava este amor tão eterno, é aonde está tanto amor! -eu não o vejo mais em lugar algum... Os dias se passam e cada vez meus sonhos estão se dissipando sobre a areia do mar, quem dera eu poder reviver estes momentos de grande prazer contigo ó amada minha. Bom tu tens me deixado neste estado deprimente a sofrer dia a pos dia tragado por dores que sondam o meu ofuscante coração pois tuas palavras eram belas, tão lindas que me faziam até viver melhor e hoje não mais às tenho e vivo entre os muros da solidão. Andeson Poeta

Foto de Laio_Fernando

Gravado na rocha

Se uma história de amor
é escrita na areia na beira do mar,
a maré vem e logo apaga
o que ali esteve gravado.
O que na areia se escreve,
na areia é esquecido.
Uma história se apaga
e você escreve outra por cima.
Uma nova alegria,
até que venham novamente as ondas.
Mas você não se importa,
o que na areia se escreve,
na areia é esquecido.

Agora, o que se grava na rocha
eternizado fica,
sopram os ventos,
viram-se as marés,
mas o amor sobrevive.
Uma história pra jamais se esquecer.
O que se grava na rocha, eternizado fica...

Só de uma coisa me arrependo,
nessa minha jornada
entre tristezas e alegrias,
choros e melodias.
Só disto me arrependo:
não ter escrito a história do nosso amor na areia,
pois seria tão mais fácil esquecer.

O que na areia se escreve, na areia é esquecido...
O que se grava na rocha, eternizado fica...

Foto de eduardohenriques

Eu Hoje como no passado

EU

Hoje, como no passado, que meu caminho já deu percorrido.
Meu Eu! Caminha sofrido.
Neste todo, que sou Eu! A espelhar o meu vivido.
E por mais que me esconda. O meu Eu, é sempre reflectido.
É vivido acontecimento!
É tempo em movimento!
E mesmo, sem a nada olhar. A vida sempre vislumbro.
E o tempo decorrido lembro.
No sorriso do erguido. E na tristeza do caído Escombro.
Se assim sou! Qual a causa de tanto assombro?
Porque Eu! Sou o espelho desse tempo conseguido.
O ser, que o todo percorrido deu erguido.
E o tempo, ainda não deu concluído.
Embora Eu, me sinta já destruído.
A percorrer um mundo que julgo desfeito.
E no ver do que sou Eu, imperfeito.
Um espaço à vida murado.
Aonde o meu Eu, grita o seu silencio de corpo irado.
Na razão da forma como o todo sente.
E não o dá contente.
Entre os vindos e desavindos sentimentos.
Entre as desilusões e os encantamentos.
Nesta vida de desconhecida razão.
Que tem a morte como certo brasão.
Depois da medida do tempo, findar o fluido.
A um ser, com o universo ainda pouco intuído.
Mas como tudo, ao caminho de metas semelhantes.
À morte e seus horizontes..
Aos fins latentes.
Entre o choro de descontentes.
Que de olhos apiedados.
Se esquecem, que na mesma meta, são esperados.
Quando lhes findar a areia na ampulheta.
E a morte lhes tocar a sineta.
A quebrar toda e qualquer sentimentalidade.
Toda a vivida realidade.
Ou mistificada dualidade?
Eu, que do meu corpo ironiza.
Enquanto o meu ser agoniza.
Entre as ultimas palpitações.
Que se vão esvaindo em recordações.
Da passada existência.
Brotada de um nascimento sem experiência.
A um final sem clemência.
Eu! Comigo nascido.
Do todo quero ser merecido.
Até que o tempo, me dê por vencido.
Eduardo Dinis Henriques

Foto de ivaneti

Lagrimas Sangrentas

Ví teu olhar no ar
Gritei teu nome!!!
Na imensidão do ar
Ví meu beijo voar

Segui as estrelas
Pensando em ti
Não encontrei
Então chorei

Nas ondas do mar
Quiz te buscar
Segui teu rastro
Na alva triste areia

Quando senti teu toque
Em minhas mãos
Uma lagrima rolou
Na sangrenta madrugada

Nossos corpos enrolados
Se encontrando no mar
Sobre a luz do luar!!!

Foto de Lorenzo

Sonho

Sonho com nossas discussões
E você brigando comigo
Só pra escolher qual nome
Vamos colocar no nosso filho

Faço questão de acordar primeiro
Só pra ver dormir minha mulher
De manhã a logo cedo
Ser teu leite, você meu café

Quero viajar de novo
Passar dias no interior
Viver novas experiências
Fugir desse frio no teu calor

Menina, que me machuca
Depois sopra minha ferida
Menina que me chama
Só pra ver a despedida

A lua que me queima como sol
O meu açúcar onde deveria ser sal
Te trocaram e me confundem
E me fazes o bem que é tão mal

Meu abrigo sem teto
Minha praia sem areia
Assim é minha vida sem você
Uma eterna perfeição imperfeita.

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