Arco-íris

Foto de Henrique Fernandes

TÃO BONITA AO ACREDITAR

.
.
.
.

És tão bonita ao acreditar na minha mão aberta
E no quanto sentes o pulsar da emoção e desejo
Na palma que segura o sol que me faz crescer
De semente esquecida na lama da solidão
Até hoje árvore pomposa que sobressai adulta
Nesta floresta de coisas boas desvendadas
Na fúria alegre que pinta e repinta o meu céu
Em tons de azul que combinam com o teu sorrir
O teu sim de ser minha são asas de mim pássaro
Fénix nesta vontade de voar a tua imensidão
De abraços donos de carinho e senhores da vida
Que lado a lado colorimos com cor de ternura
Bebida de um arco-íris entre os nossos peitos
Deitados sobre uma esteira de certeza que baloiça
Com peso de ouro pelos milénios que precedem
O agora deste amor moldado em volta do teu nome
Baptizado nas utopias que absorves tão feliz
No meu jeito de homem e poeta que te ama e escreve
Um ser que te respeita e o profundo te entrega
Com verdade numa passadeira que te encaminha
Até mim em vésperas da eternidade de nós
Num olhar de mãos dadas e sorrisos entrelaçados
No calor de um nó que só nossas almas canalizam
Por canais que são metáforas sãs das rugas
Escavadas sem fim por loucas procuras do amor
Agora por nós encontrado com muito ainda dele
Por saciar ao jantar da nossa saborosa união

Foto de Henrique Fernandes

SANGRAR DA ALMA

.
.
.
.

Uno as palavras que pertencem sábias
ao vapor dos meus desejos chocalhados
numa torre de energia no meu interior,
que segura solitário o equilíbrio
da minha mente silenciosamente recolhida,
nas alcunhas que dão nome à minha face fria,
enquanto uma tristeza muda me atira
para uma nuvem de tormenta na montanha,
recebendo de pé o sangrar da alma
diante do arco-íris quebrado pelo murmurar
de uma lágrima que derrama sombras de lama,
vergando severamente a lei da minha vida.

Contemplo a luz do dia numa renovação
da esperança distorcida nos meus braços,
tomando um lugar derrubado por recordações
isoladas nas ruínas de um sorriso perturbado,
por tentações que me torturam de frente
para o sol poente aguardando o ajoelhar da noite
sobre uma rude pintura de solidão.

Rendido às razões
que destroem a minha inocência remendo o tempo,
ferido pelos ventos que não me sopram sorte
e regresso ao caminho onde as fogueiras
queimam os medos ouvindo o diluvio da voz
que cita o meu rumo.

Foto de MarvinCesvaz

Crônica da Felicidade

Sustentamos como evidentes estas verdades:
Que todos os homens são criados iguais
e que são dotados por seu Criador
de certos direitos inalienáveis.
Que entre estes estão:
A vida, a liberdade e a busca da felicidade

Engraçado como isso não faz sentido, não?
Penso;
A felicidade, é algo que não se procura.
Se lhe dissessem que tem o direito de ir atrás de seus sonhos e,
se Deus quiser, isso te faz feliz, provavelmente acreditaria. ( mentira? )
Talvez eu esteja errado, e não que eu tenha razão ou seja vidente, no entanto,
só não esta implícito como é evidente; e Deus me perdoe e eu estiver errado...
Mas evoluímos condicionados a isto: "A busca da felicidade e sua falsa Promessa."
Esquecendo-nos ou nem nos dando conta de que, pode ser surpresa e surpreendente,
e não estar somente (ou nem um pouco) nos objetivos e ideais. Não é isso que é felicidade.

...Semântica?
Não, é filosofia!
A felicidade é intangível, é uma emoção.
Não pode ir a sua busca.

Então um de nossos fundamentos está enganado?
Se quiser considerar desta forma, é exatamente isso.
A felicidade não é um causador;
É causa! Não é dinheiro, objeto ou um estado.
Não é uma ciência física, não é estratégia, uma invariável nem material.
A felicidade é simplesmente felicidade.
Algo derivado e que se deriva.
Não se planeja não encomenda, simplesmente vem; vem-nos; chega
E não procuramos nem buscamos.
Primeiramente, ela não esta perdida!
Segundo pode se dizer que simplesmente, ela não nasceu.
Está para nascer, esperando, ou ainda não fomos apresentados.

As vezes indesejável (indesejada), as vezes de proveta.
Por fim, quando nasce ou se apresenta
É um bebê, um filhote, é uma constante e mutável.
O emprego da(de) felicidade na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Ou ela pode não ser empregada, e ser autônoma (na integra desempregada);
Um cachorro sem dono, um gato sem lar ou simplesmente ser vida e/ou vivida.
Finita ou infinita não importa.
Pode ser limitada ou ilimitada, durar 100 anos ou 10 minutos.
E, a felicidade pode ter vários nomes,
Se chamar "Pai", "Mãe", "Filho";
Se chamar "Amante", "Esposa" ou "Amigo".
Pode também não ter nome nenhum.
Cada um tem sua visão, seu ponto de vista.
Opinião pessoal, sua intuição e tradução específica, ou singularidade; diferencial.

Há quem conhece a felicidade ainda inocente
Pode alguém também levar uma vida inteira sem saber o que de verdade seja isso.
Talvez eu tenha mais dez anos em vida,
Talvez não acorde para contar história, ou que viva dez vezes em anos o que já vivi e conquiste, quiçá até lá, meu nome no livro dos recordes (“O Homem mais velho”) e contudo, poderia eu morrer sem conhecer ou saber o que é:

“F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”

Irrefutável espírito
Espírito em estado e não estado de vida, nem status
Felicidade, estado de espírito e não vida balizada.

A minha (por exemplo) pode vir das esperanças de um sonho
Uma vida em comunidade, uma rua de mão única, ou, uma conquista profissional.
Ou, pode se encontrar depois de uma encruzilhada,
(Seguida confim) N’uma casinha com cercadinho branco, pequenina e no alto do morro
E pode estar sujeita a mudar e ser em uma mansão, ou naquele AP apertadinho do centro;
Em um bairro afastado (é indiferente), no entanto, recheada com esposa e lindos filhos.

Não importa! A felicidade é o inesperado, como disse,
Indiscutível, irretorquível e indescritível anseio.
Felicidade é contudo, passar pela porta estreita.

Muitos até individualizam felicidade com paixão absoluta
Embora não seja somente isso!
E outros, vêem felicidade como um mercado fechado
Apenas segurança se esquecendo do sentimento.
Se formos focalizar, por exemplo, felicidade quando confundida a contos de fadas
Relacionadas ao coração (tolos aqueles que se limitam apenas à)
Obteremos então um caminho mais abrangente.
Assim, é legal por hora, lembrar que
Na vida real, os amores não são como nos contos de fada.
A pessoa escolhida para ser amada é bem concreta, com defeitos e qualidades.

Aos quinze anos, espera-se que o príncipe encantado venha montado num cavalo branco.

Aos vinte, a exigência torna-se menor: o cavalo pode ser pardo.
Aos vinte e cinco, admite-se a possibilidade de que o cavalo nem é mais necessário, pode vir num jegue mesmo!

É mais ou menos assim que as expectativas de felicidade (em amor) vão se acomodando dentro do coração da gente à medida que o tempo passa.
Quanto menos enxergamo-nos a nós mesmos, mais são as exigências que fazemos.
Isso deveria nos fazer parar para rever nossos conceitos. (“Que isso, pura bobagem!”- sociopatia)

Entretanto a vida é real e, por ser real, os cavalos não são tão brancos, os príncipes não são tão belos e as princesas têm frieiras nos dedos dos pés.

No momento em que percebemos a inadequação entre o sonho e realidade,
descobrimos que tal felicidade e o amor que pensávamos que tínhamos pelo outro na
verdade não passava de uma projeção de carência e idealizações.

Não podemos nos esquecer de que o amor humano só é possível a partir da precariedade. Somos a mistura de qualidades e defeitos, de belezas e feiúras.
O amor só é verdadeiramente consistente no dia em que descobrimos o que o outro tem de melhor e de pior.
O problema é que, na projeção de nossas necessidades, cegamo-nos para o real, para o verdadeiramente possível.

Assim, nos tornando passivos no sentimento, à uma emoção inerte,
Ignorada e posta a morte, enquanto amamos e felizes somos na passiva ate que, amor ou felicidade não tenha passado de mais um conto d’uma pagina em nosso livro.

Com isso, passamos a esperar o que não existe, o que não se dará justamente por estar fora do horizonte de nossas possibilidades (ou exigências/conceitos e pré conceitos mal formados) e que, a felicidade (assim neste aspecto) se torna utópica e então criamos além e também, inúmeras e varias outras, e barreiras, que não caberia de impedir um bem maior. (o que infelizmente se sucede)

Assim sendo, o seu príncipe tão esperado pode até existir.
E a sua princesa tão desejada pode estar escondida em algum lugar, mas por favor, seja realista!
É preciso baixar as expectativas.
O amor de sua vida e sua felicidade virá, mas não creio que seja tudo isso que você espera.

Cavalos brancos e pote de ouro no fim do arco-íris são muito raros nos dias de hoje.
É mais fácil o seu príncipe chegar num fusquinha azul clarinho modelo 67 e sua felicidade se encontrar em uma casinha na beira de um pequeno lago.

E a sua princesa, até creio que ela esteja esperando por você, mas não que ela esteja numa torre, envolvida numa atmosfera de encanto.
É mais provável encontrá-la atrás de um balcão de padaria ou até mesmo no caixa de supermercado mais próximo.

Não tem problema...
Embora os moldes sejam diferentes dos contos de fadas, todos têm o direito de viverem “felizes” para sempre!

Simplesmente espero que, não tenham certo julgamento a respeito de felicidade.
Amor é amor, alegria é alegria e Felicidade é felicidade e não “Feliz-Cidade”!
Abram os olhos, não está a “olho nu” e sim além...
A felicidade está em você, a felicidade agrega, é você; somos nós!
E não se acomode ou acanhe por conta da sociedade
Pois você se conhece, os outros, só te imaginam...!” ( MarvinVaz – Crônica da Felicidade )

Foto de Sonia Delsin

PROCURA

PROCURA

Vou mover
céus e terras
para lhe encontrar.
Nada neste mundo
consegue me amedrontar.
Se feras eu tiver que enfrentar...
Se for preciso atravessar o mar...
Até na ponta do arco-íris eu
posso lhe buscar.
Porque a força do amor
tudo consegue enfrentar.

Você plantou no meu ser
a vontade de viver.
Quando olhou nos meus olhos
me mostrou
o mundo que eu poderia
explorar.
Prometeu tudo com um
simples olhar.

Suas mãos quando buscaram as minhas.
contaram segredos.
E correntes elétricas vieram nos percorrer.
Os choques causados não pudemos deter.

Deixar que o desencontro
venha marcar irremediavelmente nossas vidas?
Meu bem, nada justificava...nem as feridas...

Será que não entende que nada neste mundo
consegue separar
dois seres que nasceram pra se amar?

Minha procura vai continuar
enquanto eu respirar...

Soninha

Foto de Rosinéri

REVOLUÇÃO

imagens de sonhos sem fim
não consigo ver o que elas significam
trancadas dentro de mim
não consigo libertar o arco-íris
como flores morrendo
elas fraquejam e se torcem e morrem
há uma revolução
um desgosto
o que revolução significa para você
para dizer que hoje é como o desejo no vento
todos os meus bonitos amigos foram embora
como as ondas
elas fluem e baixam e morrem
contentamento ou desgosto
para dizer que hoje é como o desejo no vento
todos os meus bonitos amigos foram embora
como as ondas
elas fluem e baixam e morrem

Foto de Sonia Delsin

TRANSPORTADA

TRANSPORTADA

Transpus uma porta e cheguei num mundo encantado.
Cachoeiras?
As imagináveis e não imagináveis. E ainda por cima coloridas.
Arco-íris?
Vários. Também insonháveis.

Transpus muros e encontrei um mundo ainda mais inquietante.
Cheguei num mirante.
Eu podia voar até ele.
Sabia que podia.
Coragem não me faltaria, mas as asas feridas não me permitiam.

Então um anjo chegou.
Me olhou.
Me admirou e falou.
A voz me penetrou.
Era a mais cálida das vozes.

Ele me convidou a pegar uma carona nas suas asas.
Eu as olhei... eram azuis.
Os olhos do anjo eram incomuns.
Aceitei.

Com ele eu voei, voei...
E chegamos.
O país era algo deslumbrante, cativante.

Nele nós dois não andávamos. O anjo tinha suas poderosas asas e eu
descobria que durante o percurso as minhas tinham se recuperado.
Lá longe tinha ficado o passado e aceitei ficar morando neste lugar.

Mas como o tempo não pára, ele continuou a passar.
O anjo retornou ao mundo antigo e eu me deixei ficar.
Só que um dia descobri que a solidão ia me matar.
Resolvi voltar, ou procurar outro canto pra morar.

O recurso de minhas asas eu tinha.
Mas algo me prendia a este mundo. Talvez fosse o profundo que ele me
fazia enxergar.
O profundo que habitava o meu próprio olhar.

Foto de Drica Chaves

Reflexão

O coração é como uma tela em branco e de acordo com as paisagens que vislumbramos vai tomando cor e preenchendo-se, às vezes em preto e branco, outras em vermelho vivo e outras vezes só há a moldura. Fica vazio esperando o arco-íris por detrás da montanha...

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

* Inspirada no poema "Falso brilho das trevas", da querida poetisa Rose Felliciano.

Foto de Rosinéri

HÁ-DE HAVER

Há-de haver um tempo e um espaço só para nós
Há-de ser o vento a trazer-nos a emoção
Há-de ser o Mar a chamar-nos para o Amor
Há-de ser o arco-íris a canção de um trovador

Há-de ser o Sonho a segredar-nos o Pôr-do-Sol
Há-de ser o céu azul a violeta que seduz
Há-de ser a flor do jardim do coração
A mais bela prenda que cultivei só para ti

Hão-de ser as praças e os passeios da cidade
A brilhar meus olhos de encanto e de saudade
Hão-de ser castelos e os telhados destas casas
Os berços de ouro que embalam o Sol poente

Hão-de ser os sinos a juntar-nos num só fogo
E as andorinhas a indicarem os caminhos
Há-de ser o Sol a sorriso destas flores
A fazer nascer a Primavera em todos nós

Foto de sidcleyjr

Joaninha voa

Voa diferente dos pássaros
Loucamente na mente da crosta terrestre
Pousa neutramente nas raízes do profundo senso de maturidade
O poeta perdeu a noção,
Disse descrever batida de suas asas
Não sabe ele,
Joaninha renova o laço a cada primavera
Cantando diz que o céu recomenda
O poeta sorrir quando aprende sobre seus consentimentos
E chora,
Dentre laço da joaninha ao homem
Uma vitória que naquele coexistiu
No fim do arco-íris cores cumpriram suas metas
E dia desses qualquer
Revelo a face do poeta.

Macro

/Joaninhavoapramim!

Foto de Cecília Santos

SER CRIANÇA (HOMENAGEM À TODAS AS CRIANÇAS)

SER CRIANÇA
#
#
#
Como é bom ser criança e poder sonhar.
Num mundo de fantasias viajar.
Na calda de um cometa balançar.
Brincando de esconde-esconde nas nuvens.
Pintando o sete com as cores do arco-íris,
num mundo de faz de conta.
Que bom ser criança é poder brincar.
De cabra cega, amarelinha e ciranda de roda.
Que bom ser criança e poder soletrar.
Juntando as letrinhas, formando as
palavrinhas, felizes à cantar.
Descobrindo o mundo real, além do
imaginário da inocência.
Ser criança é trazer dentro do coração,
a magia e o encanto de sonhar.
Ser criança é trazer no sorriso a real felicidade.
Ser criança é trazer nos olhos a inocência da vida.
Ser criança é viver num eterno paraíso.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2008*

Páginas

Subscrever Arco-íris

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma