Amargura

Foto de HELDER-DUARTE

Sabei

SABEI

Sabe tu terra e universo!
Que estando, como estou.
Num abismo, tão perverso!
Nesta vida e morte que sou!

E tu Pai e Deus meu!
Sim criador e vós criatura!
Aqui fala a vida que, Deus nos deu.
E que é mais alta, que minha amargura!

Estou mal, mal, mal!
Nem morto, nem vivo!
Nem nada em mim sou afinal

Mas sabei ainda: Vós Pai, Filho
E Espírito Santo, divo!
Em vós creio! E convosco, vida eterna, partilho!

Foto de Sandra Ferreira

O tempo....

Serei vento agitado

Que despercebidamente rodeia todos os mortais

Jamais deixarei alguém entrar no meu pensamento

Doando o meu sentimento…

Serei mar solitário e revolto

Vendo as pessoas partir e chegar

Não permitindo que bulam com as minhas emoções

E dos meus olhos jorrar lágrimas de amargura e dor…

Serei chuva fria,

Saciando a sede das plantas, animais, mendigos e dos demais,

A única coisa que levarão de mim, breves momentos

Pois regressarei para a segurança do Céu

Onde estarei rodeada das nuvens

Frias e cinzentas…

Foto de Graciele Gessner

Registros do Passado. (Graciele_Gessner)

Folhando páginas de meu passado
Registro em agendas de anos anteriores,
A comprovação da minha amargura,
Uma vida sem arco-íris.

Algumas criações de poesias,
Outro apenas registro do dia.
Momentos misturados de alegria e tristeza,
Mágoas de um passado sombrio.

Vontade de queimar o passado,
Nada pode reverter o que passou.
Apenas viver alegremente o presente,
Tentar construir um futuro melhor.

04.04.2006

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Henrique Fernandes

NÃO DESISTO DE MIM

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Sento-me triste num banco de jardim áspero
Onde as árvores são sacudidas até o cair das folhas
Por um vento de saudade que me sopra no peito
As plantas vergam-se à amargura que engulo a seco
E as flores mais belas bebem as minhas lágrimas
Tornando-se em tons cinzentos de um preto e branco
Que solto rastejando em suspiros venenosos
Envenenando o meu rosto com melancolia
Os pássaros orquestram marchas fúnebres no ar
Poluído com choros de dor que o meu olhar larga
Ao largo do horizonte com gritos deprimidos
Rompendo um buraco negro que me suga até si
Ao centro do jardim há uma estátua de espinhos
Que outrora era silhueta de um corpo esbelto
Esse busto espinhoso indica-me a saída deste jardim
De horrores dissabores plantados no meu chão rugoso
Que piso descalço ensanguentado em atritos cortantes
Uma desilusão ponte e aguda cravada no teor do dia
Uma saudade pelo tão pouco que peço e não tenho
E a raiva exibe-se volumosa ao revistar os sentimentos
Armadilhados como um suicida á flor da minha pele
Onde as explosões de rugas marcam carências
Que os meus desejos rogam e invocam nesta gruta
Onde dormem monstros famintos de sonhos
E vermes sedentos de beber toda a minha esperança
Caminho de olhos postos nos textos escritos no chão
Pela mão de um tempo morto que leio desfocados
Aperto as minhas mãos num nada tão sólidas e frias
Arrefecendo-me o corpo mas nunca a alma
Longe de tudo e mesmo assim não desisto de mim

Foto de Dennel

Desacreditado do amor

Quem sou eu? De onde vim, para onde vou? São questionamentos que me invadem a alma, que violentam minha serenidade, impondo incertezas da minha existência. Vejo os dias forçosamente avançarem na minha inútil existência. Há muito não percebo os raios do sol, minha pele adquiriu um tom amarelado, meus olhos têm uma cor cinzenta, sombrios.

Com os braços jogados ao longo do corpo, meus pés se arrastam; afinal, não tenho pressa de chegar. Até a morte tarda, escondendo-se de mim. Sou uma estrela solitária, de brilho apagado. Sou a pedra do caminho que a tudo assiste passivamente, e nada mais do que a pedra. Sou a mosca pousada na sopa, que repugnada, foi esquecida.

Vivo na incerteza do amanhã, na ilusão do passado e na indiferença do hoje. Disse o poeta que quem não vive por amor, morre lentamente; é isto o que acontece comigo. Meu coração, depois de tantos compassos e descompassos, fechou-se de vez para os sentimentos.

Mesmo que encontrasse a chave para abri-lo, seria muito trabalhoso varrer toda a indiferença que se alojou durante muitos anos. Afugentar as dúvidas seria outra tarefa hercúlea, visto que durante muito tempo elas foram alimentadas diariamente, tornando-se invencíveis, ousaria dizer que seria uma tarefa, impossível e infrutífera.

Um corpo amortecido não sente dores ou desejos. Um olhar apagado não vê beleza, apenas tristezas. Ouvidos insensíveis não apreciam canções, por não ouvi-las, só aceitam tormentos e ais.

Um paladar corrompido pela amargura da vida não sente o gosto do mel, apenas a amargura do fel. Um olhar sem esperança não sente os efeitos de um belo dia de sol, apenas a frialdade de noites intermináveis.

Uma voz embargada não canta canções de amores, não emite nenhum som inteligível, quando muito, expressa lamentos e injúrias...

Sinto que chegou minha hora! Sou levado por criaturas horripilantes através de um longo corredor escuro e fétido, tento entender o que conversam entre si, nada entendo além de suas risadas sinistras. Aqui e ali, noto inscrições nas paredes do corredor, que mais parece uma gruta; tento desesperadamente decifrá-las.

O cheiro de enxofre aumenta à medida em que avançamos. Percebo as garras das bestas-feras adentrarem a carne dos meus braços; estou seguro firmemente.

Chegamos ao nosso destino. É entregue a mim uma caneta, cujo corpo tem longos espinhos; um livro é aberto em minha frente, indicando-me que devo assiná-lo. Curvo-me ligeiramente em direção ao livro, de onde saem faíscas que chamuscam meus cabelos. Nova tentativa, e desta vez leio as palavras grafadas com sangue humano: “INFERNO – Lugar de quem não ama”.

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

MORTO ESTÁS

MORTO ESTÁS

Aqui jaz.
Morto estás.
Morreste pra vida.
Pra lida.
Morreste e que triste despedida!
Morreste pro sol, pra lua.
Morreste em plena rua.
Da amargura.
Dizes.
A vida é dura.
Não compreendeste como antes tua vida era doce e era pura.

Foto de Rose Felliciano

MINHA MÃE

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"Guerreira, forte, felina
Apaixonante e apaixonada menina
De um caráter invejável
Postura firme, louvável.

Gata mansa, selvagem, leoa
É a mais linda "coroa"
De espírito jovem
E sonhadora.

Mãe e Pai para seus filhos
Sempre cobrando "juízos"...
Mas para os netos é caramelo...
E seus afetos passam de geração...

Seu coração é conhecido
Seus dissabores esquecidos
Seu choro foi escondido
Para nos mostrar o seu riso.

Passou pela morte de um filho
E também do seu marido (o grande amor da sua vida)
Mas por amor às suas filhas,
Decidiu continuar.

A tristeza transformou-se em fortaleza
Ensinou que honestidade é riqueza
E que a beleza só se consegue ver
Pelos olhos espirituais.

Tem em Deus seu suporte
E um pulso tão forte...
Quando bate o martelo
Nem adianta teimar...

Mas não tem amargura
Sua a alma é muito pura...
E é com certeza a melhor Mãe
Que Deus poderia me dar..." (Rose Felliciano)

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Mãe... eu Te amo Te amo Te amo....

Foto de NiKKo

Lagrimas de amor

A noite fria me faz recordar nossos momentos
quando seu calor minha alma aquecia de forma peculiar.
Que me faz recordar as horas em que perdidas em carinhos
meu mundo era colorido e havia perfumes soltos no ar.

Talvez pelo silêncio que domina as ruas escuras e solitárias
minha alma sente esse vazio como se fosse um véu.
Que lhe tira a alegria e a esperança
deixando na boca um gosto de amargura e de fel.

Talvez seja pelo próprio silencio que tudo domina
que do fundo da alma vem a musica que nos embalou.
Hoje ela não é mais ouvida com alegria
pois ao som dela, ouvi seu adeus e isso meu peito gravou.

Na letra a melodia fala que você precisa de mim
da mesma forma como eu sempre de ti vou precisar,
que somos dois seres perdidos que se amam separados,
mas que um dia, com certeza irão se encontrar.

Mas nosso caso é diferente, eu sei.
Tivemos nossos momentos de amor e paixão.
Mas você acabou com tudo, pois não me amava,
mas isso não impediu que eu lhe entregasse meu coração.

Por isso nessa noite escura, fria e vazia
eu fico aqui a escrever poesias e versos de amor.
Tomando na taça das amarguras o licor da saudade
enquanto que de meus olhos caem, lágrimas de dor.

Foto de Carmen Lúcia

Queria agora...

Queria agora um amigo sincero...É o que mais quero,
Recostar minha cabeça em seu ombro
E chorar a amargura em que me encontro...

Queria agora que o tempo voltasse um instante
Pra que eu dissesse o que não disse antes,
Palavras que perderam o efeito, trancadas em meu peito.

Queria agora uma carícia... sem demora,
Meu coração carente chora o amargor,
Como criança em busca do afago que lhe cesse a dor.

Queria agora poder voar pra todo canto
E antes de se quebrar o encanto,
Te encontrar...e te falar...e te abraçar...

Queria agora, antes que se finde a hora,
E que a magia do momento vá embora,
Gravar a tua imagem, a nossa história.

Queria agora, amanhã , eternamente,
Lembrar nosso sorriso, nosso bem querer...
O que é sincero jamais poderá morrer.

Carmen Lúcia

Foto de killas

O DESESPERO DO AMOR ACABADO

As unhas cravadas em desespero,
Formando na cara longas margas,
O sangue a correr às golfadas,
Formando um lago onde espero.

Vou aos poucos perscrutando o horizonte,
Tentando em vão evitar o sofrer,
Mas vejo-te lá longe a perder,
Perco-te assim e à tua imensa fonte.

Como oferecermo-nos ao amor pode ser cruel,
De lá tudo na vida pode surgir,
Eu só mais uma coisa tenho que te pedir,
Não me sirvas nunca mais do teu fel.

Sinto um aperto no mais fundo do peito,
Uma dor que se torna irreal no coração,
Porque será que um dia a infeliz paixão,
Me considerou um dia o seu novo eleito.

Às vezes o que eu mais quero,
É que no limite da minha vida,
Não sentir tantas vezes a descida,
Ou então morrer contra um serro.

A vida sempre foi efémera e dura,
E malfadada para quem a viveu,
A esperança lá no fundo já morreu,
Num poço fundo e escuro de amargura.

Por isso só vale a pena andar sozinho,
Para pelo mundo feliz conseguir passar,
Não andar pelo imenso e longo mundo a penar,
Até finalmente chegar ao fim do seu caminho.

Mais vale neste mundo morrer,
Para este sofrimento conseguir calar,
E assim para a eternidade nos libertar,
De uma longa e espinhosa vida de sofrer.

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