Amar

Quem eu sou...
Eu sou a brisa que passa
E passando aprende, transcende,
Compreende...

Que a vida não mais que viver !
Que sentir não é mais que se permitir!
Que amar é deixar!

A brisa que voa livre,
Que deixa ser livre, e se descobre com isso
mais forte e densa ...
Brisa que pensa ...
e deseja ser apenas um sopro de alegria.
No porvir e no que virá,
No caminho que se abrirá,

A Brisa fresca da manhã...
Que passa e sente,
e se faz sentir para ficar
e ao mesmo tempo...
passar.

Débora Latorre

O poema que te fiz e não te dei
Foi talhado no meu doce coração,
Escrito com as lágrimas que chorei,
Corrigido com o poder da oração.

São apenas versos mágicos de amor,
Dizendo-o não cometo injustiça,
Porque neles transparece toda a dor
Do meu ser, que te parece egoísta.

Sou capaz de amar, de te amar
Mais que tudo, e é neste meu sofrer
Que escondo o poema do teu olhar
E te entrego antes minha alma e meu ser.

Quando o dia amanhece,
Abrimos os olhos para o sol...
Há mais à ser visto,
Além do que já vimos,
Há mais à fazer,
Além do que já fizemos...

Muitos me dizem:
"Devore ou seja devorada"
Outros poucos me dizem:
"Viva e deixe viver..."
E alguns de nós concordamos,
Dê e nunca espere muito receber...

Às vezes nós pela estrada caímos,
Outros alcançam as estrelas,
Muitos navegam acima dos problemas,
E nós de cicratizes vivemos...
Mais há muito para se conseguir,
Muito para se encontrar!

Devemos seguir com a busca,
Até em nosso lugar chegar,
De fé nosso coração transbordar,
Com esperança podermos amar
E com carinho nosso caminho trilhar,
Neste ciclo, ciclo da vida!

De longe posso ouvir cantar a cotovia,
Sinal de novos tempos,amor à revelia,
Presságios de momentos que irão se eternizar,
Amor que o próprio tempo deixou agonizar...

Agora ele se acende,volúpia de te amar,
Guardei-me tão somente pra um dia me entregar...
Explora o meu corpo,meus íntimos recantos,
Ensina-me a viver,me mostra teus encantos.

Só peço que não quebres minha fragilidade,
Que aguces,que incendeies minha sensibilidade,
Pra ter o teu amparo,te ter colado a mim,
Teu corpo a me espreitar...me penetrar por fim.

Não sei porque demoras,eu já te esperei tanto...
Não vês meu coração que de pulsar já sangra?
Oh,sonhos que se alastram...Desejos...Utopia?
Não!!!Porque ouvi de novo cantar a cotovia!