Amantes

Foto de JGMOREIRA

PIEDADE

PIEDADE

Chamo teu nome todos os dias
Em todas as línguas
Até nas que serão inventadas
Quando desvendarem o idioma
Que recheia minhas palavras.

Tuas portas não se abrem
Mesmo que recite todos os teus livros
Até os que andam perdidos
Em mares mortos e esquecidos
Transformados em deserto desmedido

És a minha rocha abissal
Que me enche olhos e alma
Que me assombra, colossal
Sem entender minhas evocações
Preces, lamentos, devoção.

Meus dentes se gastaram rangendo
Nas noites de medo assustoso
Quando teu nome sem semblante
Rodopiava na minha língua
Que é a de todos os amantes.

Senhor, dizei uma única palavra
E me terás salvo de mim
Da dor desse amor sem fim
Que, se antes alimentava,
Alimenta-se, agora, de mim.

Foto de Homem Martinho

Deixem os amantes viver

Deixem os amantes viver

Quando dois se apaixonam
Eles dão-se numa total entrega,
E como que se abandonam
No calor de tão intensa refrega.
Seus corpos transpiram
No calor de sublime união,
Eles, mutuamente, se amimam
E descansam de mão na mão.
Não importa o que está para vir,
Se poderão vir a sofrer,
Sentem o tesão a subir
E aquele é momento de o viver.
Depois, quando já cansados,
Apreciam seus corpos reluzentes,
Deixam-se ficar lado a lado
Como que do mundo ausentes.
Não existem preconceitos,
Que importa o credo ou a cor,
Não existem seres imperfeitos
Quando nos entregamos ao amor.
Corpos suados, transpirados,
Corpos repletos de prazer.
“Deixem os amantes viver”

Francisco Ferreira D’Homem Martinho
2007/09/14

Foto de Carmen Lúcia

Esse meu poema...

Esse meu poema...

Corre para os mares,sobe pelos ares,
Se transforma em nuvens,
Em gotas de chuva, só pra te banhar...

Esse meu poema...

Qual poeira cósmica pra te energizar,
Cruza o horizonte,onde o sol se esconde...
Pra te encontrar...

Esse meu poema...

Gira pelo mundo,faz em um segundo
Esse amor profundo em riso transformar...
Pra te encantar...

Esse meu poema...

Rouba do arco íris, as cores marcantes,
Bem insinuantes,festa pros amantes...
Pra te enfeitiçar...

Esse meu poema...

Anda pelas ruas, madrugada e luas
Feito serenata,
Pra te inebriar...

Esse meu poema...

Brilha com as estrelas e junto com elas,
Muda de lugar...
Pra te ver sonhar...

Esse meu poema ...

É mais do que palavras,
É essência...
Traça o meu dilema,te fazer me amar...

Esse meu poema...

Singelo,um flagelo...mas sincero,
Sai do coração...
Pra te emocionar!

Foto de Menina do Rio

Fazer amor

Fazer amor é mais que sexo
É uma arte que vai além da pele
É despir a alma, com calma
e se entregar sem medos
nem pudores
É um acto divino
de gozo infinito
É fazer do corpo
um instrumento de prazer sublime
com paixão e ternura
onde o desejo escorre
feito água de banho quente
e as palavras soam como poemas
que os lábios descrevem
e as mãos imprimem
pela anatomia
deslizando como espumas
exalando odores sensuais
que entorpecem os sentidos
entoando suspiros;
e os corpos dos amantes
explodem num tremor lascivo
de gozo total...

by Menina

Foto de JGMOREIRA

DA GRANDE DECEPÇÃO DO HOMEM AO VER-SE SÓ, CONTEMPLANDO O ABISMO

DA GRANDE DECEPÇÃO DO HOMEM AO VER-SE SÓ, CONTEMPLANDO O ABISMO

Estou só no mundo com todas as alegrias resguardadas
De contaminações humanas. Estou só e porto uma espada
Para desafiar os perigos que encontro na jornada
das adagas insanas.

Estou só. Tenho nas mãos as cartas que me envias
Não as respondi com medo de revelar
Quem em mim não mais residia.

Todos os laços estão rompidos
Todas as flechas lançadas
Todos os corações partidos
Mas ouço nas lembranças
Uma canção de amor evoluindo

Estou à beira do abismo
Enquanto as rochas resistem
À investida das águas insistentes
A distância entre mim e as pedras
É a desse amor dissente
Que em ti sobrevive

Tenho nas mãos a espada
As cartas e o vento no rosto
Enquanto olho estupefato
A violência das águas.

Queria o amor, sim
Como desejei amar
Mas queria que entendesses
Um amor sem carne dentro
Que tivesse palavra por alimento
Que se deixasse amar
Para que amasse o corpo
Como se linimento
Para todos os sofrimentos
Infligidos por esse tempo impiedoso
Que sorri ao desamarrar mãos de amantes
Como se sua maior obra fosse o desgosto.

Estou à beira dessa profundidade
Dessa altura estonteante
Completamente enlouquecido
Pela certeza da inutilidade
Desse amor por ti enaltecido

Defendes o grito do gozo
Enquanto aguardo o silencio do êxtase
Derramo-me em ti para escapar da morte
Enquanto te abres para esquecer do dia.

Passo os olhos nas tuas palavras
Que nada comovem em mim.
O homem a quem as dedicava
Há muito retirou-se de ti
Evadiu-se de mim
Esquecendo essa espada
Largando essas cartas
Que não servem para nada

Foto de Ana Botelho

VAIDADE

VAIDADE

Busco em seus braços calmaria, aconchego,
Como um frágil bichinho cativo sempre o faz
Quer um ninho, mas às vezes em grades cai .
Meu amor não se realiza... acho que descobri o porquê,
Jamais conseguiu acalantar, nem por poucos meses,
Os meus sonhos e, mesmo assim, eu amo você.

Se abre os seus braços e se põe a me abrigar,
É que quer eu me renda às celas do seu egoísmo
Pedindo que eu me segregue do que der e vier,
E em um orgulho sombrio, me leva dos meus,
Acorrentando-me em cárceres de ridículos apegos
Prendendo-me ali, pelo tempo que bem quiser.

Meu vício é o encantamento do seu exagerado amor,
Pois quando retornamos em novas tentativas,
Nesse vai e vem, entre brigas e afagos, me ilude
E se me aloja nessas horas, eu fecho os olhos e assim
Viajo, alçando vôos a paragens etéreas, benfazejas,
Aí, eu me torno rainha una do espaço sem fim.

Mas não demora nada... e a tarde se esmai,
Com ela, uma triste angústia vem e dói em mim,
Traz à tona noite nefasta em seus gritos loucos,
Que me amedrontam demais, tendo que me calar
Diante de tanta agressividade, então me detenho,
Tentando talvez, que você não consiga me abandonar.

Estou por hora, muito, enormemente cansada
Para retomar essa relação dorida e oscilante,
Quero ficar aqui quietinha no meu canto,
Porque eu sei que o verdadeiro amor não é cativo,
Ele é livre por excelência, alimenta as almas
E as torna felizes, tudo pode e dispensa lenitivos.

Não serei eu a marionete escolhida da sua vaidade,
Sinto dizer-lhe isto: aprendi a gostar de mim mesma
A valorizar tudo o que possuo em talentos e intuições
E, elas me dizem que você não vai e nem quer mudar
Esse seu modo doentio de tratar o meu coração frágil,
Que só deseja a clareza do sol a com ele caminhar...

Sair bem cedinho, dourar os campos em lindas flores,
Falar com todos os que no trajeto puder encontrar,
Energizar os sofridos lares com gotas de carinhos,
Beijar os cabelos encaracolados de tantas crianças
Que olham na curva da estrada, lá no horizonte,
Como se visualizassem a chegada da esperança.

Sabem do que eu preciso... de apenas um grão,
Só um grãozinho de amor, que seja ele capaz
De me tornar alegre. Não penso em grandezas,
Não. Necessito me sentir amada, simplesmente,
Em plenitude e sem cobranças materiais,
Apenas amada, para ter paz na minha mente.

Que preço, meu Deus! até quando irei pagar
Pela vaidade que você teima em alimentar...
Peço ao tempo, esse desconhecido mágico,
Que se lembre de nós e desse insano amor,
E que nos faça cúmplices, amantes, amigos,
Desde o adormecer, o raiar e até o sol se pôr.
.
Ana Botelho 02/09/07

Foto de Marta Peres

Sonho

Vivo a sonhar
E me encanto com o luar,
Deixei meu sonho dependurado na barra do horizonte,
É mais fácil, quando vou sonhar
E de tua mulher passei ser amante.

Vivemos gostosa fantasia em nosso amor,
Doce poesia que paira no ar e encanta,
Amar em noites de luar, madrugada afora
E tendo o orvalho como cúmplice...
Brisa macia à beira do lago.

Dou passagem livre aos pensamentos que voam
E vou ouvindo suave canção dos pássaros,
Sonho, sonho, e vivo o meu sonho
E o meu quarto coberto de luar, a cama desfeita
Denuncia o amor dos amantes.

Não há gesto e nem barulho, não necessita
E eu por um instante na beira da janela
Olho, contemplo deus de mitologia grega
Dormindo, suave como o rio que dorme
No fundo do quintal, a brisa entrando no quarto
Inebria, extasia, e tudo começa outra vez!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Namorados

Hoje é o dia de amar!
Maravilhoso inventor de datas
que determinou o dia dos namorados!

hoje é dia de pensar,
pensar no mar,
nas estrelas
ouvir o cantar dos pássaros!

Hoje é dia em que amantes
se procuram
trocam presentes
se amam!

Deitados em lençol de rosas,
na relva,
ou mesmo na areia
fazem amor!

Apenas a brisa,
Encanto,
Carinho,
os dois,
juntinhos confundindo os corpos
no mais doce idílio,
namorados eternos!
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Ser Poeta

Nem fiz curso,
Se sou poeta foi dom
E ele veio de mansinho
Começou devagarinho
Quando o sol nasceu...

Se ou poeta?
Já disseram que sim
Mas sou é maestra
E do giz já utilizei
Energias, já desperdiçei!

Dizem que ser poeta
é ser mestre
e esse dom permanente
chama atenção do pássaro
que canta e voa diariamente
no fundo do meu quintal.

Nem curso fiz!
Sei que são importantes
Mas com dom,
Tudo fica diferente,
O poema prevalece.

A obra do Divino é magnífica,
Trabalho só com a inspiração,
esta foi legada entre rosas
E espinhos, passarada a voar
No céu azul e sobre o mar.

São emoções e paixões
São dias e noites
Que vão à madrugada,
Me vejo apaixonada
Com a lua
E os namorados.

As palavras vão se juntando,
Ora lentas, ora numa rapidez
Vertiginosa e os amantes
Enlouquecidos fogem pra
Cantos bem escondidos
Amando, amando e só amando...

Ser poeta é vocação
É trabalho é missão
É vida, é dom
Que sai do coração
E canta na alma...

Marta Peres

Foto de anonimo_envergonhado

Desabafo

Desabafo

Vida doce e vaga
Cheia de risos, choros e dor
Vazia de existência
Chora livre e sem palavras

Meu recado é indolor
Sofro por elas
Nunca saberei, amor
Bebo, escrevo e vivo
Aquento a dor

Sou alegre, tenho amigos
Amantes, donzelas sem pudor
Digo com jeito de conquistador
Sou cheio, mas vazio de amor

Sou perdido nelas por um segundo
No outro, sou louco
Um perdido
Escrevendo meu louvor
Te quero, onde estás ?
Venha por favor

Sofro, sorrio sou rio
Quero o mar
Sou piegas
Mais rimo, quero amar

Também sou orgulhoso
Me largo, deito em teu colo
Outro dia, outro lugar

Sou tímido, bebo muito
Do seu jeito, quero amar

Outro dia, outra...outra
Apaixonado brinco de amar

Mas me digo, com respeito
Tenha pena, seu coração não bate
Só apanha !!!

Estrago a rima,
Brinco com a vida
E do meu jeito
Tento me levar

Por aqui, vou despedindo
Porque o dia
Vai acabar

Anônimo 22/08/2007

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