Alma

Foto de Carmen Vervloet

Sem Limites

O minuto que passa já faz mais velha a hora
E o tempo transpassa os anseios da alma
Na pele o sulco feito na quietude das desoras
Desassossega-me e me faz perder a calma.

Ontem eu tinha a benção da inocência
E meus sonhos voavam livres, sem laços...
Mas perdi, entre escalas, minha santa paciência
E nada mais me satisfaz nesse sufocante espaço.

Nem sei se o que desejo tem nome e é real
Busco algo maior, melhor, intenso, sensacional...
São emoções nunca por mim vividas
São desejos prementes desta alma incontida.

Quero agarrar o ilimitado entre as horas que se vão
Quero desprender, do corpo, correntes e laços
Não quero ver minha alma acorrentada por aço
Preciso voar... voar... tirar meus pés do chão!

Agarrar sensações totalmente desconhecidas
Talvez uma verdade inventada
Que pode até não me levar a nada
Mas que mobilize afeto e emoção
Mesmo que me arrisque à vertiginosa queda
E parta em pedaços meu coração!

Foto de CarmenCecilia

Um lugar....

Um lugar...

Procuro uma fenda...
Que me defenda...
Dessa eterna vigília
Um lugar que brilha...
E com seu raio dourado
Traga-me o inesperado
Uma eterna sensação
De magia e ilusão...
Apaziguando, aquietando
Como uma canção de ninar
Minha alma, meu coração...
Trilhando cada passo
De um novo desfolhar...
Dos sonhos que inquietam
Da procura incessante
Do que realmente é importante
O instante seguido de outro instante
A seqüência do dia e da noite
E das tardes escorregadias
E em liberdade cantarolar
Esse novo percurso...
E esse novo caminhar...
Esse lugar...
Quero achar...
Quem poderá ensinar?

Carmem Cecilia
24/11/2011

Foto de Carmen Lúcia

Faça de conta...

Se me vir andando pela rua
finja que jamais me viu,
como se esse meu olhar triste
por um motivo qualquer surgiu
e que não foi você o causador
do estrago que em meu peito
transformou-se em dor.

Finja com naturalidade
como sempre muito bem o fez
fazendo parecer verdade
a mentira que nunca desfez,
que se vestiu de autenticidade
levando-me a crer que o amor
nunca pudesse morrer.

Mude de calçada, siga calmamente,
deixe que as mágoas todas eu transporto,
mesmo com a alma pesada
pela dor que transbordo.
Faça de conta que a culpa foi minha,
que toda farsa em meu ser se aninha...
Deixe que eu carregue o peso desse fardo
e siga como se nunca o houvesse amado.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

E por que não?

Quem sabe, no condão do sonho,
na repetição e insistência dos nossos desejos,
galgaremos o trampolim das estrelas
e bentos nas fontes da fé,
penetraremos na face iluminada da lua
transporemos arco-íris de esperança,
onde só as aspirações mais secretas alcançam
transformando em realidade
o que o coração soprou,
a mente arquitetou,
e a alma acreditou...
Quem sabe!...

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Foto de Rosamares da Maia

AVES MIGRATÓRIAS

Aves Migratórias

É inverno e partirei para o sul.
Com as aves do hemisfério norte,
Migrarei em busca do sol.
Voando na forma da vitória,
Sou o líder do meu bando,
Cortarei o ar com o vento no rosto,
Gotículas de nuvens borrifando as penas

Com pena do pássaro sem asas,
Que sempre voa preso ao solo,
Sem norte, ao extremo do sul.
Sem rumo, só no prumo de sobreviver,
Na busca do sol no azul do céu.
Homem e pássaro de hemisfério algum,
Que não se permite voar em bando.
E mesmo na multidão faz solitária revoada.
A formação, disforme, não guia o vento.

De asas abertas cumprimos penas,
Sentenças atávicas de nossas necessidades,
Asas privadas de liberdades e sonhos.
De quando em vez na vida, uma vez,
Os olhos olham em direção ao sol,
A alma libera as asas e voa livre.
E o pássaro e homem buscando a direção sul.
Sobrevoa a sua dignidade de águia
E reencontra o caminho da sua humanidade.

Rosamares da Maia
18 de outubro. 2011

Foto de Higo2011

Poesia

Para que preciso da poesia?
Quando não há verdades concretas,
Quando não há sinal de salvação,
Quando não há pergunta nem resposta correta,
Quando Deus se dissolve diante de meus olhos,
Onde há verdade então?

Se tudo isso se resumir no amor,
Descobri onde habita a divindade,
Descobri, quando pude tocar em você pela primeira vez,
e quando te toquei hoje cedo antes de sair para o trabalho,
pude perceber então, o quão formosa é a divindade,
transfigurada nessa criatura que costumo amar cotidianamente,
Posso sentir o que é a vida, e de tudo o que somos feitos.

Não tenho receio pela rapidez que isso tudo tem acontecido.
isso é secundário...

Que sejam todos seus, os meus dias, onde quer que eu esteja,
Quero ficar assim contigo, até que tudo isso acabe:
Calmo, sereno...meditativo

Enquanto o fogo que não se abranda em mim,
me consome pouco a pouco a alma, quando está por perto.

A paixão e o amor tem me movido até aqui,
E me guiaram até você, meu satélite.
Onde não preciso de perguntas ou respostas quando estamos juntos.

O meu sol,
É aquele que nasce no oriente.
Fogo que consome gentilmente.
aquece.

Foto de nelson de paula

A SOMBRA QUE ME ACOMPANHA (de "Vozes do Aquém")

Duros tempos em que tenho uma sombra
grudada na aura,
conturbando a conjunção do espectro.

Entendo como afronta,
e interpelo meu Guardador:
como mandar de volta pro diabo
este seu filho inglório?

Porém, nem ele quer tal bastardo
e tenho que conviver, pelo menos por enquanto,
com as estripulias que ela provoca,
incluindo aí os arrepios
e sopapos do pé
tentando voltar a ser
só um suporte
e não um bastão.

Cansa muito lutar contra a percepção,
a mente cede e pede de volta
um lugar tranquilo para ficar.

Nem sempre o sono repara,
pode fazer com que as ligas se rompam,
dentro das veias da cabeça,
explodindo, enfim, como uma bolha inútil.

A câimbra força o dedo
a tentar tocar o ser sinistro,
o que provoca choque
e remelexos de energia vazia.

A luz ainda tarda,
mas, não é só ela que elimina
os seres do Mal.

Basta o negrume.

Esterco celestial,
capaz de moldar o inferno,
arrancando a flor
da lama do brejo,
jorrando o perfume
com tanta força,
que os corvos embriagados
acabam por entupir
a latrina diabólica.

Embora aterrorizado
repito cuidadosamente o procedimento.

Sei que é a única maneira de lavar
minha alma
e reconstituir assim
as cores que tanto amo
no arco-íris.

Foto de wenderson amaral

Quem sou eu?!

Um homem em construção, vítima de um novo teorema, um objeto fraco e extraordinariamente incompativel com as novas linhas escritas pelos dedos do tempo, no livro da vida apenas mais uma exclamação entre parenteses. Infindavel oração que se constitui pelos esquadros clínicos do arquiteto divino e não tão obstante, uma lembrança efemera de paixões corriqueiras e incendiantes. Uma poesia concreta lamentando por lágrimas risonhas que se proliferam nas casas alheias. Um grito de lamentação em salmos romanticos e mundos epicentrais. Uma interrogação onisciente e virginalmente competente. Um sobro de alivio de ectoplasma penalmente indiciado e não culpado. Uma dor nos inimigos da HP por desilusão precoce de infelicidade constante e programada. Eu não sei quem sou, estou me descobrindo, estou me escrevendo, estou reconstruindo os pilares em Roma destruido e em mascaras escondido. Sou apenas mais um louco sem ideia concreta, mas apaixonadamente abatido e contemplado para um tempo onde as dores da alma geram poesias abstratas e paradoxalmente felizes!

Disponível em: http://poemaescuro.blogspot.com

Foto de Poemas da Libelinha

Medo de Cair

Ando nas Nuvens,
Sinto-me feliz…
Mas, tenho medo de cair,
Medo de sofrer novamente.
E depois?
Sei que vai ser difícil levantar-me e,
Caso consiga,
Tenho medo que o meu coração gele.
Depois então será o fim.
Fecharei meu coração,
Para nunca mais abrir,
Não deixar que ninguém se aproxime.
Será o fim.

Meu coração quer amar,
Minha alma diz que não.
Não se deve amar alguém,
Que tem medo de amar.
Esperar, reprimir.
Não sei que pensar,
Não sei que fazer.
Sinto-me infeliz,
Tenho medo de perder.

Se só quiser a tua amizade,
Sê sua amiga.
Mas, protege o teu coração,
Não vás magoa-lo.
E depois?
Depois é tarde.
Tem cuidado,
Não vá o coração partir,
E a alma chorar.
Esperar, esperar…
É o que deves fazer
Se ele te amar.
Ama-o
Se só quiser a tua amizade,
Sê sua amiga.
Mas nunca, nunca mesmo,
Deixes que te magoe.
Não ames, espera que te ame.
E só então poderás amar.
Aí sim, ama com todas as tuas forças

Libelinha

Foto de Carmen Vervloet

Versos

Estes são versos simples...
Que afagam, cingem,
penetram, invadem,
fazem sorrir...
Versos que se fazem entender,
que entram, acariciam, ficam,
incorporam-se...
Dão asas aos sonhos
que voam no azul do infinito...
Carregam gotas de felicidade
que se expandem
na mente, na alma,
levam agradável calor
e despertam emoção...
São versos...
Apenas versos!
Simples versos
que perpetuam
palavras do coração...
São versos de amor!

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