Alma

Foto de betimartins

A voz de Deus em mim. Sonho ou realidade?

A voz de Deus em mim. Sonho ou realidade?

Entre caminhos da vida, por vezes entre desesperos, quis saber de mim. Apelei a Deus que conversasse um pouco comigo.

Sua voz era maravilhosa, confortava o meu coração sofrido, entre silêncios, entre espasmos e a minha fé, aquela que era forte como uma montanha.

Por duvidas e falta de atenção eu bloqueei o meu coração faminto de amor. Deus estava ali morando desde sempre, ali dentro de mim.

Abri as portas do meu coração, deixei a luz entrar de par em par, minha alma iluminou-se em espasmos de esperança e alegria.

Perguntei a ele se um dia poderia ver o mundo feliz, repleto na paz e no amor, mas Deus sorriu para mim.

Na sua bondade pegou em mim no colo, quanto conforto senti, todas as dores da minha alma sumiram e a paz explodiu dentro de mim, desatando a chorar, chorar de felicidade.

Pacientemente ele explicou que o mundo e as almas que ele contém, dependem do seu sentir e caminhar, são livres, são senhores das suas colheitas, certos da sua semeadura.

Meu rosto contraiu, deixando transparecer a minha tristeza, sorrindo e sabendo o que ia à minha mente, falou:

- Calma minha filha, eu também te julguei perdida, mas nunca deixei de acreditar em ti e teve a capacidade de escutar tua a voz, a voz que teu coração tanto falava sem compreenderes. Um dia também eles saberão escutar e sua voz e a paz certamente será possível quando se aprenderem amar, só assim a paz será possível.

Aconcheguei em seu colo, adormeci. Tive sonhos, visões, mas o meu melhor sonho foi poder acordar aqui.

Agradecer infinitamente tudo, tudo mesmo, que foi dado. Agradecer até o estar aqui escrevendo este meu momento.

Sejam felizes, vivam, amem-se e amem.

Paz profunda.

Betimartins

Foto de Herickvoodoo

Descubro

...E me inundam faíscas elétricas velozes,

Ferozes, no encéfalo bucólico, enlameado,

Que rege meus átomos de si atrozes,

Buscando então serem desencadeados.


Me dizem mil e um detalhes perdidos,

Queridos, necessários de nova atenção

Para serem de novo gemidos

E surgirem em nova correção.


Uma melhor lembrança, se espera, surgiria

Na razão de que nova experiência se faz

No momento qual se mude o que errado seria,

Mesmo se normal fosse o momento mordaz.


Planos nada mais, porém, aquém do esperado

De quem sempre se espera cumplicidade,

Mas na dubiedade vê seu petardo

Mesmo na sincera ingenuidade.


Que aos Diabos vá os fortes desejos

Que quebram o controle químico-neural

Que ao todo me afasta os ensejos

Que haveria de ser o natural.


Não importa o tempo requestado

Firmes serão os laços não Epicuristas

Onde nenhu’alma teria agüentado

Não fosse a Ágape em mim esculpida...

Foto de Allan Sobral

Poesia Imortal

Hoje deixo meu testamento,
A mãe, pai e irmão deixo meu amor,
Aos amigos, meus pensamentos,
pro mundo deixo minha dor,

As mulheres que me tiveram,
deixo minha pegada, Deixarei saudades,
A Mulher que me tem,
Deixo o coração, deixo minha verdade,

Ao amigo deixo minha poesia,
Pois minha vida é o enredo da filosofia,

A meus queridos filhos,
Deixo flauta, pandeiro, gaita e violão.
Deixo minhas melodia,
Marcadas, compassadas ao som de meu nobre coração.

Aos que me invejaram,
Deixo minha simplicidade,
Pois minha alma é sem maldade,
Pois fui menino pobre,
Pois minha alma é feita por verdade,
E meu coração é nobre.

A meus mestres,
Deixo o orgulho,
pois minha ginga é ligeira,
Meu instrumento é de som puro,
Minh'alma é calma, aprendi ser feliz,
Meu sorizo hoje é natural,
Do jeito que sempre quis.

Minha vida não deixo o Adeus,
Pois sou poeta, sou artista,
A minhas poesias deixo minha vida,
Minha tristeza e minha alegria,

A minha arte deixo a missão,
A cada frase, a cada imagem, cada som,
Reviva, minha alma adormecida,
Rebata meu coração .

Pois sou poeta, sou imortal,
Sou o heroi sobrevivente,
Sou imortal,
Sou a pureza de nossa mente
Minha alma é imortal,
Sou guerreiro, sou poeta,
Sou Allan Sobral.

Foto de Lefurias

A dor do amor

Dor nas pernas, dor de cabeça? Que dor é essa?
Não há dor mais forte nesse mundo,
Do que a dor do amor.
Dor terrível, temível dor,
Todas as más palavras do mundo são inúteis diante desta,
Pois com nenhuma delas podemos descrever o quão forte é esta dor.
Até mesmo, todas as dores do mundo são frágeis,
Incapazes de, juntas, demonstrarem um segundo dessa horripilante dor.
Dor de não poder ter o que se quer, no momento em que se precisa.
Dor e mais dor em cada olhar que não se pode arrancar diante do seu.
Dor tão intensa quanto a mais forte doença.

Dor, imensa, dor,
Que invade pelas veias,
Chega ao coração,
Arrebenta as artérias,
Esmaga os pulmões,
Tritura o fígado,
Amassa o esôfago,
Assassina a alma.

Dor incapaz de tirar os pés do chão,
Mais capaz de fazer toda uma vida não ter mais sentido diante dela.
A dor que faz pensares que a morte seria o melhor caminho.
Dor que queima o peito, queima o cérebro, desfalece o coração.
Dor e dor e dor, que quaisquer palavras são míseras para descrever um pedaço desta.
Dor quão forte dor,
Que não existe no Universo,
Dor mais forte quanto,
A dor do amor.

Foto de Carmen Lúcia

Cara e coroa

Sou a mais viva cor do arrebol,
também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
também um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura, acervo de poesias,
também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
também a chuva fina que umedece.
Sou luz, sou chama, sou clarão...
Também sou trevas, sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
cara e coroa...
Quem aposta?

_Carmen Lúcia_
12/07/2006

Foto de ClariceFerrari

POETAR

Desses momentos que a gente tem
De querer ser poeta
Um pouco se conta
Um pouco se inventa

Na métrica, na rima
Tudo se ilumina
E o poeta sabe a verdade
Ao escrever com liberdade

Um pouco tenta esconder
Para o leitor descobrir
Que à arte do seu viver
Pode a alma se abrir

Não tem obrigação
De deixar tudo claro
A arte da interpretação
É um momento raro

Aos olhos de cada ser
O poeta, o louco, o gênio
Escreve sobre o amanhecer
Que a vida ensinou ou quer conhecer...

Foto de rafael barbosa

o mar e a lua

Eu queria que no momento houvesse palavras suficientes para,
expresssar o que estou sentindo...
meu coração está a pulsar intensamente,
a imagem de tua face não sai da minha mente,
minha vida anseia pela tua,
sou como o mar e voçê é minha lua.

teu sorriso me aluscina,
a luz de teu olhar me ilumina,
voçê é o vento que sopra minhas asas e me dá forças pra poder voar,
o sol que aqueçe meus dias de frio constante e que,
mesmo voçê estando distante não deicho de te amar.

Meu amor por voçê é como o vento,
não se pode ser tocado e nem visto somente,
sentido pelo teu coração, coração que,
se carrega tanto amor quanto o meu está farto,
o amor enriqueçe o coração e enobreçe a alma,
o amor que sinto por voçê é como uma honda que não se acalma,
eu te amo e minha vida é tua, eu sou o mar e voçê é minha lua...

Foto de LillyAraujo

Hoje

Hoje. Ontem. Amanhã.
Hoje, apenas hoje!
Um agora inevitavelmente suave e bom.
Hoje eu. Hoje você. Hoje nós.

Hoje eu quero novamente ouvir sua voz,
ouvir qualquer palavra exagerada,
carregada das impressões de quem está apaixonado.
Sentir teu perfume, de teu corpo, da tua alma.

Hoje eu novamente quero ouvir tua voz e te ver,
cada gesto teu que é tão meu e me traz vida,
estás gravado em mim como em uma lápide.
Eu - lápide, transcrevendo você.

Hoje o teu braço tímido pode envolver-me
em um abraço furtado com gosto de doce.
Hoje e apenas hoje! E amanhã?...
Apenas quando o amanhã for hoje.

Ontem eu nem sei mais! Mas hoje...
Ah! Como hoje demora a chegar!
O teu sorriso no ar, teu desajuízo,
teu descompromisso e o meu gozo,
o meu riso maroto, e uma lerdeza no olhar.

Ontem? Nem me lembro mais.
Amanhã? Não quererei adivinhar.
Mas hoje...

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de LillyAraujo

Sem Pressa

Ah, eu estou me sentindo meio descrente da vida, sabe? Com meu corpo sedentário sobre a cama por horas a fio, e já quase atrofiando a alma.

Estou com vontade de fugir de tudo que é urbano. Esquecer os fios conectores, o Bluetooth, Ipods, ou qualquer coisa que tenha teclas, ou telas, ou façam qualquer som frenético. Vontade de deixar esse mundo que se tornou tão aflito, e que tem sempre muita pressa. Onde tudo é manejado por um apertar de botões. Meus ouvidos estão feridos!

Estou com sede de terra molhada, de sentir o aroma de grama amassada, de formiga esmagada, enquanto o único som que se possa ouvir seja dos pássaros lutando no ar, numa dança de acasalamento, paz e alegria; que seja o som das cortadeiras picotando suas folhas e marchando por entre os trieiros, como se fossem soldadinhos; que seja o som dos estalidos dos gravetos que se desprendem das árvores ou do bico das passarinhas que ajeitam maternalmente o ninho dos seus filhotinhos. Quero ouvir o som das águas batendo contra as pedras e fazendo esculturas infinitas.

Quero adentrar-me no rio e me deixar levar pelo seu leito tortuoso, e sentir a água me abraçar, e a brisa me acariciar. E ir percorrendo o seu caminho sem pressa. E ter tempo de observar o céu azul claro, e uma diversidade de aves cortando o seu espaço, todas leves e belas, alheias ao meu observar. E sentir o sol bater intermitente no meu rosto, entrecortando os ramos das matas ciliares que circundam o rio onde meu corpo bóia, como uma pluma, feliz!

E assim continuar percorrendo juntos às águas, caminhos que eu nunca conheci, até que o dia seja noite. E sentir agora os dedos enrugados, e o bater das minhas mandíbulas pelo frio do rio, e isso também me deixar feliz.

E me refugiar depois em uma das margens. Jogar meu corpo na areia e ficar inerte. Observar cuidadosamente que o céu trocou sua roupa anil por saias alaranjadas, que pouco a pouco vão se tornando azul turquesa, e salpicos como lantejoulas vão lhe sendo cosidas, em forma de estrelas.

E no frio acolhedor da areia me deixar ficar um pouco mais, e notar que os sons também se transformaram. Agora, o bater das asas dos pequenos passarinhos silenciou. Dormem aconchegantes em seus galhos e ninhos. E as cortadeiras também foram descansar. Ainda estalam os pequenos gravetos que se desprendem, e o som das águas escultoras também continua o mesmo. Lentamente os anuros começam a reger a orquestra do anoitecer: sapos; pererecas e rãs, “gritam” e saltam desenfreadamente, como se quisessem alcançar os pirilampos piscantes pregados à grande teia que é o céu, e assim, comer uma a uma, cada estrela.

Estou com sede dessa paz que há muito não sinto. Estou com medo de jamais torná-la a sentir. Presa na cadeia Cidade-Grande, onde os sons são sempre de botões, buzinas, palavrões e, acima de tudo, de pressa. Muita pressa.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de LillyAraujo

Navio

Eu sou navio,
e você é água por onde tenho percorrido.
Mergulho em tuas águas profundas
sem saber como voltar.

Eu sou navio,
em tua dimensão fui navegando e sendo navegada.
Fui amada, desejada, desnudada.
Vida minha, vida minha desventurada!

Porque eu sou navio perdido
e sem querer me achar,
Trafegando por entre as pedras do teu leito,
buscando abrigo em teu quente peito.

Eu sou navio, você é mar traiçoeiro
e lançou-me em tuas encostas rochosas,
sem saber, sem querer, sem poder, e querendo,
fui de encontro ao inevitável.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Eu era navio.
Despedacei-me em você.
Agora sou náufrago, sem porto, sem cais,
pedaços de mim que já não são nada mais.

O sol escaldante me queima agora a
pele porcelana, e as marcas ficarão
para sempre no corpo e na alma.
Porque eu era navio... Hoje sou dúvidas.
- Alma naufragada.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

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