Alegria

Foto de Marilene Anacleto

Anjos - 1 -

ANJO DA GUARDA

Enquanto não me descobres
Estou aqui a te olhar.

Enquanto não me descobres
Estou aqui a te cuidar.

Que será que me dirias
Se soubesses da euforia
Que sinto por teu bem estar?

Dirias que sinto alegria
Mesmo que esteja vazia
Das coisas que mais queria?

Ou dirias que sou louca varrida
Não penso na minha vida
Embora tão decidida?

Sentirias, quem sabe, orgulho
E darias até pulos,
Pois és um dominador.

Mas eu creio que te cuido
Porque em tua vida tem tudo
Mas te falta muito amor.

Marilene Anacleto

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa VII – Redenção

Após finalmente acreditar,
que estava com a Rosa, naquele momento e lugar.

O Tigre abraçou o novo dia,
com ternura e alegria.

Depois de tanto tempo,
viver a existência de um novo sentimento.

O sol alto alertava,
que metade do dia já se passava.

Após tanta emoção,
perdera completamente do tempo a noção.

Ambos precisavam descer do paraíso,
e ao mundo voltar, porque era preciso.

Tinham ainda muito tempo,
para ter como aquele, outro momento.

Se despediu de sua amada,
e resolveu tomar a estrada.

Apesar de estar separado de sua obrigação,
existiam outras coisas que exigiam atenção.

Deveria cuidar do seu lar.
Manter seu território, caçar.

Tudo isso agora,
parecia diminuído por hora.

Voltaria a sua realidade,
pensando na próxima oportunidade.

De ver sua Rosa amada,
e seu perfume que o ouriçava.

A promessa de um futuro belo,
alegre e sincero.

O Tigre lacrimejava de emoção
e percebeu que finalmente, encontrara a redenção.

Foto de LillyAraujo

Sem Pressa

Ah, eu estou me sentindo meio descrente da vida, sabe? Com meu corpo sedentário sobre a cama por horas a fio, e já quase atrofiando a alma.

Estou com vontade de fugir de tudo que é urbano. Esquecer os fios conectores, o Bluetooth, Ipods, ou qualquer coisa que tenha teclas, ou telas, ou façam qualquer som frenético. Vontade de deixar esse mundo que se tornou tão aflito, e que tem sempre muita pressa. Onde tudo é manejado por um apertar de botões. Meus ouvidos estão feridos!

Estou com sede de terra molhada, de sentir o aroma de grama amassada, de formiga esmagada, enquanto o único som que se possa ouvir seja dos pássaros lutando no ar, numa dança de acasalamento, paz e alegria; que seja o som das cortadeiras picotando suas folhas e marchando por entre os trieiros, como se fossem soldadinhos; que seja o som dos estalidos dos gravetos que se desprendem das árvores ou do bico das passarinhas que ajeitam maternalmente o ninho dos seus filhotinhos. Quero ouvir o som das águas batendo contra as pedras e fazendo esculturas infinitas.

Quero adentrar-me no rio e me deixar levar pelo seu leito tortuoso, e sentir a água me abraçar, e a brisa me acariciar. E ir percorrendo o seu caminho sem pressa. E ter tempo de observar o céu azul claro, e uma diversidade de aves cortando o seu espaço, todas leves e belas, alheias ao meu observar. E sentir o sol bater intermitente no meu rosto, entrecortando os ramos das matas ciliares que circundam o rio onde meu corpo bóia, como uma pluma, feliz!

E assim continuar percorrendo juntos às águas, caminhos que eu nunca conheci, até que o dia seja noite. E sentir agora os dedos enrugados, e o bater das minhas mandíbulas pelo frio do rio, e isso também me deixar feliz.

E me refugiar depois em uma das margens. Jogar meu corpo na areia e ficar inerte. Observar cuidadosamente que o céu trocou sua roupa anil por saias alaranjadas, que pouco a pouco vão se tornando azul turquesa, e salpicos como lantejoulas vão lhe sendo cosidas, em forma de estrelas.

E no frio acolhedor da areia me deixar ficar um pouco mais, e notar que os sons também se transformaram. Agora, o bater das asas dos pequenos passarinhos silenciou. Dormem aconchegantes em seus galhos e ninhos. E as cortadeiras também foram descansar. Ainda estalam os pequenos gravetos que se desprendem, e o som das águas escultoras também continua o mesmo. Lentamente os anuros começam a reger a orquestra do anoitecer: sapos; pererecas e rãs, “gritam” e saltam desenfreadamente, como se quisessem alcançar os pirilampos piscantes pregados à grande teia que é o céu, e assim, comer uma a uma, cada estrela.

Estou com sede dessa paz que há muito não sinto. Estou com medo de jamais torná-la a sentir. Presa na cadeia Cidade-Grande, onde os sons são sempre de botões, buzinas, palavrões e, acima de tudo, de pressa. Muita pressa.

© Por Lilly Araújo-Direitos Autorais Reservados.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre VI – O raiar

Ao sentir a luz do amanhecer,
tentar despertá-la no alvorecer.

A Rosa exitou em levantar,
e todo aquele sonho terminar, em pleno raiar.

Sentia que o olhar do amor a observava,
a desejava e a cobiçava.

Sentiu um leve movimento.
Tão breve, que não era sequer um momento.

Um respirar contido no tempo,
imaginava qual seria o próximo movimento.

Não acreditava no acontecido,
um sonho plenamente cumprido.

Então pensou: “- Que bom é o amor !”.
Era muito mais intenso que tudo que imaginou.

Tinha alguém que a queria,
junto com amor e alegria.

Não queria acordar,
possivelmente seria um sonho que poderia acabar.

Sentiu um leve toque,
delicado e sutilmente forte.

Finalmente acreditou na verdade,
que não era um sonho e sim realidade.

Sabia que o Tigre estava ao seu lado
e a contemplava, parado.

Ouviu um leve sussuro,
de quem promete pelo seu futuro.

Após a promessa de amor eterno,
ecoando pelo que é mais interno.

Aos poucos despertou,
e disse: “-Que bom que está aqui meu amor !”

Foto de betimartins

Quem és tu! Amor?

Quem és tu! Amor?

Quem és tu! Que chegas sem avisar
Sem pedir licença e identidade...

Quem és tu! Que raiaste o dia em mim
Partindo minha alma ao meio...

Quem és tu! Que me despes sem preconceito
Desnudando minha intimidade ao limite...

Quem és tu! Que deixas baralhada, desatinada
Quando em mim, vens com todo o teu desejo...

Quem és tu! Que fazes disparar meu coração
No auge da paixão, do desejo, onde tu me acalmas...

Quem és tu! Que vens da outra dimensão
Para baralhar meu caminho, minhas decisões...

Quem és tu! Que me deixas a escrever sem limite
Poesias, hinos, reflexões, contos e canções...

Quem és tu! Que inspiraste o pobre Luís Camões
Deixando-o vivo na sua escrita, na sua grande paixão...

Quem és tu! Que fazes ficar com as pernas bambas
Rendendo-me ao teu mais alto poder, as asas da paixão...

Quem és tu! Que me acordas com luz do dia, beijando
Falando palavras incompreensíveis ao desamor...

Quem és tu! Que transmutes a alegria da vida, vivida
Que dentro do ventre materno, cresce e avança a tua vida...

Quem és tu! Que trazes o manto de luz, o manto do aconchego
Que fazes a noite descer e travar as trevas da solidão e podridão...

Quem és tu! Tu quem és afinal? Serás! O Céu, as estrelas ou o Sol?
Serás! O silencio da alma incompreendida, alma sedenta ou até faminta...

Há! Afinal eu descobri quem tu és, é o Amor, o Amor tão falado
E foste tu que me derrotaste, foste tu! Tu Amor e agora? Que eu faço?

Que eu faço Amor? Que eu faço para que nunca vás embora de mim?
Há! Descobri, vou também te colocar amarras a ti e nunca mais vais embora....

betimartins

Foto de cristiana martins

Eu ao teu lado sempre estarei amigo

Eu estarei sempre aqui
Eu aqui estarei
Sempre que te sentires sozinho
Eu não te esquecerei
Eu serei o teu porto de abrigo

Qualquer distancia que nos possa separar
Qualquer obstáculo que seja para enfrentar
Eu estarei sempre a aqui
Podes confiar em mim

Sejam quais forem os teus medos
Eu estarei aqui
Podes revelar os teus segredos
Estarei sempre junto a ti

A nossa amizade e linda demais
E a minha alegria
Quero sempre tela mais e mais
Em toda a minha vida
Ass. Cristiana Martins

Foto de jessebarbosadeoliveira27

RESPIRANDO O DESERTO DOS HOMENS

O remanso da alma
Tarda a se fazer aurora hialina:
A esperança vira estafa e se suicida,

Deixando-nos ao bel-sabor,
A bem que se diga,
Da violência fria, que pavimenta lancinante e imperativa
A jornada do sol de nossas rotinas.

Enquanto isso os barões do Hades e das armas ígneas
Transformam infinitos oásis ou banquetes da chacina
Em chafarizes onde jorram miríades e milhares de abjetas divisas.

Ah, esta Era empedernida faz do amor criança desnutrida:
Converte a oceânica opulência da alegria
Na mais suprema seca da Poesia:
No maior dínamo-nau da sua abissal e imorredoura agonia!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Marilene Anacleto

Flores - 1 -

GIRASSOL

Amarelo ouro,
Amarelo cadmo,
Laranja e um marrom
Bem marcado
Acompanham o sol
Do nascer
Até chegar ao outro lado.

A devoção e a emoção
Quando o sol está a pino
Leva-o a erguer-se,
Em cálice, ouro fino,
A receber toda a luz
E os atributos divinos
De vida, de cura e esplendor
Nas raízes, nas pétalas, nas folhas,
Nos pistilos, na aura, na haste.

Naquele momento sublime
Aqui chamado meio-dia,
A luz do girassol explode
Em cor, em vida, em harmonia.

E os rituais do sol
No planeta, em sua fé,
Vão percorrendo as horas
Por homem, criança e mulher,
Nos campos de girassóis,
Nas praias, montanhas e moradas,
Em quintais ajardinados.

E nas singelas sacadas
Onde o aprisionado homem
Não conta com a natureza,
Bem no sol do meio-dia,
Numa pausa do trabalho,
Preenche-se de leveza
Com um profundo suspiro.
Revigora em alegria
Os passos consumidos pelo dia.

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 15/09/07

Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 06/01/06

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Paz - 1 -

A PAZ APRESEENTA-ME A FACE

A paz apresenta-me a face
No buque de flor vermelha
Que dança na luz do sol
Com o esplendor da Centelha.

Em resposta ao jardineiro
Esbanja todo o talento
Mais amante que cuidador,
Foi cultivador da semente.

Não desejou que fosse rosa,
Nem tornou-a margarida,
Apenas fez brotar a fagulha
Da semente do Deus da Vida.

A paz do dia de hoje
É assim que chega a mim:
Realizado o ideal da semente,
Alegria de Deus, beleza do Seu jardim.
Marilene Anacleto

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre V – Eu te amo

A Rosa em seu belo monte,
fixava-se na visão do horizonte.

Esperava o seu guerreiro amado,
retornar mais uma vez do seu prado.

Sentia que aquele dia seria diferente,
enquanto o via aproximar-se lentamente.

Sussurrou ao seu lado por um breve momento,
ouviu de seus lábios, que poderia ficar por algum tempo.

Ela sorria de tanta alegria,
teria o seu Tigre por mais de um dia.

Ao observar o anoitecer chegar,
viu o Tigre a olhando sem se movimentar.

Ele ao contar sua história impossível
a estava levando a um lugar incrível.

Olhou rapidamente para o céu,
observando o sereno embriagante como aguardente e mel.

Absorveu o sentimento,
viveu todo o momento.

Tinha dito sobre sua emoção,
esperaria agora a sua declaração.

Viu em seus olhos algum temor,
entendia que aquilo era amor.

Em uma explosão de emoção,
viu o Tigre soltar uma exclamação.

Sabia que era o que queria,
finalmente uma coisa pela qual lutar valia.

O viu a olhar atentamente,
e dizer: “- Eu te amo minha Rosa inconseqüente !”.

Ao passarem a noite sem nenhum pudor,
respondeu: “- Eu também te amo meu amor !”.

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