Água

Foto de Joaninhavoa

Tal Música, Tal Melodia...

Sim!
Eu quero aquela música
com a tal melodia...
«... Quand
Il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en Rose...»

Como águas em cascatas...
Em nascentes...
E eu quero ser prata...
E silva...
E água...
E ir na corrente
Que cai num cair
Calmo e brando
Sem pranto!
«... Il me dit des mots d`amour
Des mots de tous les jours... »

Deixo correr água e sangue
Abeira-te. Deixa teu fruto
Na minha língua. Silva
«... Quand
Il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas
Je vois la vie en Rose...».

JoaninhaVoa, In "Vidas"
(2008/06/02)

Foto de Dennel

A escritora sem rosto

No silêncio de seu quarto, ela escrevia furiosamente. Era a única atividade que lhe dava prazer, uma vez que fora rejeitada pela sociedade que teimava em não reconhecer seu talento de escritora.

Amigos, não os tinha, e os que afirmavam sê-lo, o faziam por conveniência ou oportunismo; no entanto, ela não desistia de escrever, seus dedos calejados eram atraídos pela caneta que a seduzia, como um beija-flor é seduzido pelo néctar da formosa flor.

Sempre quisera ter filhos, mas a natureza lhe privara deste privilégio; em certos momentos de solidão, julgava que era melhor assim, pois acreditava que filhos traziam aborrecimentos e dissabores.

Sonhava ser uma grande escritora, admirada e reconhecida nos círculos literários. Escrever lhe fazia relembrar da imigração da sua família para o Brasil. Tempos difíceis aqueles, tempos turbulentos. Hoje, nada mais possuía, além da tradição do nome da família; tradição que não lhe trazia o reconhecimento esperado junto à sociedade.

Viu surgir sua grande oportunidade quando foi convidada, pelo diretor da revista Entricas & Futricas, a escrever uma coluna sobre personalidades famosas. Seu entusiasmo era visível com sua nova função; imaginava-se sendo laureada na academia de letras, ouvindo o burburinho de repórteres, implorando por uma entrevista.

Mas as coisas não saíram como era esperado, o número de leitores e comentários da sua coluna caía vertiginosamente. A direção da revista não teve alternativa, senão rescindir o contrato, pois apesar do talento para as investigações jornalísticas, ela fazia a cobertura do cotidiano de pessoas tão ou mais desconhecidas do que ela; evidentemente para a revista não interessava a vida de desconhecidos.

Tentou sem sucesso todos os argumentos que julgavam válidos, porém, o diretor fora inflexível. Via desabar diante de seus olhos o castelo de sonhos que erguera para si; sentiu um nó na garganta ao receber o veredicto fatal, a única ocasião em que sentira tamanha angústia fora numa solenidade literária, ao engasgar com um gole de água que bebera às pressas.

Passou dias desolada, lamentava a injustiça que sofria; a única que parecia compreendê-la era sua inseparável caneta. Agora escrevia como um autômato, descarregava toda a sua frustração nos escritos. Seus pensamentos não tinham unidade ou valor que levassem as pessoas a refletir sobre um modo de vida salutar, mas o que importava é que, escrevendo, sentia-se melhor.

Tomou uma decisão que avaliou lhe traria o reconhecimento que tanto buscava. Sabia que no mundo das letras havia o plágio; soubera inclusive do autor americano que fora laureado com o Nobel de literatura plagiando um escritor de outro país. Ela faria o mesmo, arrazoava consigo mesma que os fins justificam os meios. Quando se deparava com um texto que lhe agradava, ela o modificava ligeiramente, afirmando depois ser o mesmo de sua autoria. Para maior credibilidade, lançou uma campanha contra o plágio, defendendo os direitos autorais.

Sua obstinação de ser reconhecida levava-a ao ridículo, pois abordava pessoas desconhecidas na rua, propondo amizade, o que não raro produzia uma frase indignada do abordado: “Vem cá, eu te conheço?”.

Ela não se importava com estas situações vexatórias, lembrava-se de seus únicos ídolos, Hitler, Mussolini, Lampião e Idi-Amin Dada, que sempre souberam vencer preconceitos e dificuldades, tornando-se heróis para alguns e vilões para muitos.

Olhando-se no espelho, via as rugas a sulcar-lhe o rosto, o tempo fora implacável com ela. Lançando um olhar para a penteadeira, via as poucas fotos que retratavam sua vida; não havia semelhanças entre elas, de forma que se outra pessoa as visse, juraria que estava diante de um camaleão.

Sua atenção volta-se novamente para o espelho, cuja imagem parece lhe transmitir terrível acusação: “Você é uma fracassada”. Ela sente uma vertigem, apóia-se ligeiramente na penteadeira; ao lado, sua velha e fiel companheira parece convidá-la para escrever o último ato de sua existência.

Trêmulos, seus dedos agarram fortemente a caneta, que com a força empregada, se rompe, deixando um borrão de tinta na folha que um dia fora branca.

Juraci Rocha Da Silva - Copyright (c) 2005 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

LUA MANSA

LUA MANSA

Meu olhar descansa.
Na lua mansa.
Lentamente ela desliza.
A água do lago alisa. Alisa.
É noite calma.
Bóia minha alma.
No lago com a lua dentro.
Imagino-te sob o firmamento.
Que é de ti, meu amor?
Onde andas?
Meus olhos querem te acarinhar.
Minhas mãos correm pelo espaço a te buscar.
No meu imaginar.
E te acariciam tanto. Tanto.
Lua mansa vem me consolar.
Estou aqui.
Lágrimas dos meus olhos estão a pingar.
Fico a imaginar... a imaginar.
Ah, se eu tivesse asas!
Se eu pudesse te encontrar!

Foto de Sonia Delsin

DEBAIXO D’ÁGUA

DEBAIXO D’ÁGUA

Dizias.
Te amo até debaixo d’água.
E foi bem ali que fizemos amor.
Na cascata era nossa intenção.
Mas como estava tão distante optamos pelo banho no chuveiro.
Sob o chuveiro nos amamos, nos entregamos.
Corremos molhados pra cama.
Molhamos o colchão, o travesseiro.
Que importância tinha isso?
Se naqueles instantes voávamos para o paraíso?

Foto de von buchman

O CHEIRO DA TUA CARNE ll ( DUETO)

LEVA-ME A UMA ILHA DE PRAZER
IMPREGNANDO MEU CORPO
DE DESEJOS E FANTASIAS
DO JEITO DELICIOSO
QUE SÓ TU SABES FAZER
O GOSTO DE TUA MOLHADA BOCA
COM TEUS LÁBIOS DE MEL
VEM MATAR MINHA VONTADE CARNAL .
MUITAS VEZES ATÉ CANIBAL,
NA HORA DE TE AMAR
A TUA ETERNA FONTE DO PRAZER
SACIA MINHA SEDE ,
SATISFAZ MINHA VONTADE LOUCA
DO TEU CORPO
QUE TANTO DESEJO EM AMAR ...

.( VON BUCHMAN )

Na ilha eu vou pensar
E no prazer em te dar
Pois eu ando a tramar
Algo como assim de tragar
De jeito e maneira eu tenho
Num desfrute de desfrutar
Quando chega a hora certa
Se não fujo podem me canibalar
E a água gira na ilha
Sobre a planura com a lua
Enquanto planeio em me dar
E a voz secreta da tarde
Diz-me que à minha espera
Lá mais a Norte há um Sol firme
Sempre a brilhar...

(JoaninhaVoa)

Agradeço a minha querida poetisa
Pelas lindos versos, neste belo dueto....

. . . . . . . . . . . . . .
Tenhas meu Eterno Admirar!
Mil e Um beijos de Mel....
Mimos de Eterna Paixâo
neste Lindo Coração . . .

Foto de diny

TU ÉS LINDO

TU ÉS LINDO

Pra mim meu amor, és mais lindo;
que o pôr-do-sol,
que fulgor estrelar
que o insondável do mar
que astros girando no ar
que noite de belíssimo luar!

Para mim meu amor
tu és mais lindo
que o sétimo céu na escala da beleza
que inocência da pureza de alma
que calma após tormenta de mar
que o sussurrar doce do vento
delatando a ti meu pensamento.

Para mim meu amor
tu és mais lindo
que um milênio de prazer num só momento
ver através de ti o firmamento
numa aquarela verde de sonho
espelho d'água da fonte de emoção
onde ponho o coração perdidamente.

Para mim meu amor simplesmente
és mais lindo;
que os milhares-de -anos luz
da aura do infinito
descrito no mundo da fantasia
na terra da alegria, da poesia
da cor da sintonia pura de amor

Para mim meu amor és mais lindo
que o encanto íntimo profundo
do crepúsculo da felicidade
fixado no coração
que o mais belo das belas artes
tu és ainda mais lindamente lindo
sem comparação!

E és ainda mais lindo
que a perfeição de tudo
que relva molhadinha de sereno
que pouso ameno de passárinho
que carinho puro de amor
que borboleta beijando flor
és bem mais lindo,
que o lindo no mundo
MEU AMOR!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

EU SOU UMA FLOR....

Sou uma flor, muito sensível.
Uma flor que precisa ser amada.
Precisa ser regada,contemplada,
cuidada, bem tratada.
Todos os dias necessito de água.
Assim como necessito de amor.
Um bom adubo, um bom fertilizante,
Para que minhas pétalas venham,
desabrochar, com todo seu vigor.
Sou uma semente que cresceu,
Que precisa um cravo encontrar.
Para mais formosa ficar.
Preciso de sol, como de chuva.
A noite e me inclino pra lua.
Sou flor de laranjeira.
Que nasce na cachoeira.
Sou uma rosa, porque sou dengosa.
Sou o lirío que leva ao delírio,
Sou margarida,porque sou querida.
Sou o girasol com o canto do rochinol.
Sou de várias cores,de vários formatos.
Sou perfumada, para conquistar...
Tenho espinhos, posso furar...
Mas , mal algum causar.
Sou símbolo de fantasia,
sou inspiração para os poetas,
Sou a flor que exala amor.
Sou símbolo do amor....
Sou a florzinha, ainda pequenininha.
Sou a flor que precisa de um jardineiro.
Para em minha volta, fazer um canteiro.
E me proteger dos forasteiros.

Anna
24/05/08 *-*

***OBS: Este é em homenagem a nossa Poetisa linda e maravilhosa, LU LENA, que teve o carinho de me apelidar de "Florzinha",e hoje necessito de cuidados especias.

Manter a autoria do poema.

Foto de CarmenCecilia

SEGUIR EM FRENTE VÍDEO POEMA E REFLEXÃO DUETO

POESIA

DUETO
ANDREA LUCIA & CARMEN CECILIA

EDIÇÃO
CARMEN CECILIA

MÚSICA
BRING ME TO LIFE
EVANESCENCE

Seguir em frente

Como é difícil seguir em frente...
Navegar contra a corrente...
A visão embaçada...
A vida embaralhada...

Os sentimentos difusos...
O coração confuso...
A sensibilidade comprometida...
Os acasos refletindo na vida...

A cada passo...
Não sei mais o que faço...
Ou desfaço... Disfarço...
Contorço-me... Controlo-me

Desentendo-me com minhas vontades
Fico a mercê de meias verdades...
Um redemoinho me cerca...
Areia movediça me acerca

Nuvens atormentam meu ser...
Tudo à volta parece escurecer...
Meus sentidos não são percebidos
Meus versos são descabidos.

Meu horizonte não tem mais norte
Meu coração não tem mais sorte
Um abismo me leva pra o infinito
Não há mais um poema escrito.

Fico rodopiando... Girando...
Apenas nesse marasmo ficando...
Não mais me identifico...
Procuro um artifício... Indício...

De mudança...
Que não seja redundância...
Um manancial de água límpida...
Que me deixe despida e me traga vida

Quero enfim prosseguir...
Traçar novos rumos e seguir...
Ir adiante... Radiante...
Sim! Seguir em frente...

Quero tudo colorido...
Um novo sentido...
Renovar... Meu espírito sossegar
E finalmente a paz encontrar...

Andrea Lucia & Carmen Cecília

20/05/08

Foto de Sonia Delsin

HELP

HELP

No espelho... vou fundo buscar.
Socorro eu quero gritar.
E o espelho me traga.
Vem um turbilhão...
Quanta água!
É uma vaga.
Estou no abismo afundando.
Gritando, gritando.
Socorro!
Help!
Nada vem me salvar.
Continuo a afundar.
A superfície tento buscar.
O espelho se nega a espelhar.
Vou pro fundo do mar.
Um peixe gigantesco me abocanha.
Que boca medonha!
Deste sonho não consigo acordar.
Fico socorro a gritar.
Help, help, help...
Parece que ninguém quer me escutar.

Foto de Indio

...a luz...

Uma restia de esperanca
Balançou entre os nossos labios sequiosos
Uma gota de água para o sedento vagabundo
Uma luz para o desesperado em isolamento,
A hora chegou, os sinos tocaram
A esperanca renasceu. .
Renasceu quando me apercebi que . . .
Quero continuar a viver nesse mundo teu. . .

(...dedicado a rosa...)

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