Água

Foto de Sonia Delsin

LAGOA SANTA

Aqui gostaria de viver o resto de meus dias.
Sob este céu.
Neste lugar.
Queria tanto ter alguém para amar.
Neste lugar.
Lagoa Santa.
Aqui minha alegria é tanta. Tanta.
Deito-me na água.
Flutuo.
Mergulho.
Tudo eu olho.
Penso.
Como tudo pode ser simples.
Simples mesmo.
Quando cheguei aqui a primeira vez eu pensei.
Este lugar é pra quem escolheu na vida a simplicidade.
Escolheu ser feliz de verdade.

Foto de Sonia Delsin

EM ALGUM LUGAR

EM ALGUM LUGAR

Em algum lugar deste universo lindo,
gosto de pensar,
que meu amor está sorrindo.
Nada o fere.
Seu coração não se machuca com espinhos.
Foram todos retirados.
Ele sorri sossegado.
Talvez caminhe numa praia deserta.
Talvez chute a água que o acaricia a canela.
Talvez ele esteja dizendo agora.
Como a natureza é bela!
Eu o imagino assim.
Levemente caminhando.
Talvez pensando...
Em mim.
No que representamos um para o outro no passado.
O que ele ignora é que continua sendo eternamente o meu amado.

Foto de brigida

Confissões

Mais um dia já passou
E eu aqui sem te ver
Já não sei mais quem sou
Só te queria poder ter

Aqui tão longe penso em ti
Não sei que faça com tanto amor
Lembro tudo o que contigo vivi
Na esperança de apagar a dor

Agora sim, eu sei
Que sou louca por ti
E podes crer nunca pensei
Sem ti ficar aqui

Tenho saudades desse olhar
Da doçura desse sorriso
A tua maneira de falar
Leva-me ao paraíso

Meu amor já é antigo
Mesmo assim não acabou
Quero vivê-lo contigo
Mesmo que não saiba onde vou

O meu coração está vazio
Nunca pensei morrer de frio
A saudade já me aperta
Meu amor!!! Estou por um fio

O meu amor é como a água
Vai e vem vezes sem fim
Resta em mim grande mágoa
Porque me deixas assim?

Foto de Lu Lena

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO...

*
*
*

Descalça caminho no campo verdejante
Enquanto cantam aves e os rouxinóis
Nua coberta com um véu esvoaçante
Acenando pra mim sorriem os girassóis.

Em contraste com o azul anil e o branco
Esfuziante solto pipa colorida ao léu...
Na relva o frescor dos lírios do campo
Contemplo a beleza na imensidão do céu.

Esbaforida brinco com a cabeleira do mato
Esse amor lírico que em ti eu almejo...
Alguns lírios enfeitam o córrego e o lago.

No reflexo da água tua imagem eu beijo
Influxo de um delírio senta ao meu lado
Divago novamente entre o sonho e desejo.

É sonhando contigo...
Que os lírios do campo...
Eu vejo!

Foto de Joaninhavoa

O QUE MAIS DESEJO...

*
O QUE MAIS DESEJO...
*
É ter um amigo!
*

Se você soubesse o quanto entendo
O que quer dizer com seus escritos
Eu diria o mesmo assim em versos
Ou prosa, textos, não importa o jeito

Em vice-verso o contrário de fêmea
É macho! O que interessa aqui é o sentir
Nesta forma éterea e liquida, água
Das nascentes dos rios dos mares, o devir

Não me vire as costas, fala comigo
Agora e sempre desde o princípio
O que mais desejei e sempre quis
Foi ter um amigo, camarada, ou lis

Não sou bastarda nem mesmo
que o fosse! Merecia tal desprezo
De ver-me assim rejeitada
A toda a hora vezes sem conta

Quantas! Voltas de costas

Joaninhavoa
(helenafarias)
21 de Setembro de 2008

Poema/resposta, inspirado no poema
de "SE TU SOUBESSES", de Anninha,
A Flôr-de-lis
(21 de Setembro de 2008)

Foto de Teresa Cordioli

**O mensageiro** Dueto: Paulo Gondin & Teresa Cordioli.

O MENSAGEIRO
Dueto: Paulo Gondin & Teresa Cordioli
06/05/2006...

O mensageiro
Paulo Gondim

Quando acordares amanhã
Receberás um beijo meu
Levado por um colibri
Que passou por aqui
E se fez mensageiro

Quando abrires a janela
Pensarás em mim
E ficarás horas a ver o céu
A contar as nuvens
Imaginando estrelas
Que brilharam no anoitecer

E verás as rosas frescas no orvalho
Que brilham para ti, no amanhecer
Ouvirás o canto dos pássaros
O pega-pega dos pardais
Te festejando na janela

E olhararás no céu, entre as folhas
Das árvores que cercam teu jardim
E verás aquele mesmo beija-flor
Voando de flor em flor
Esperando a resposta que terás pra mim.

RESPOSTA (O Mensageiro)
Teresa Cordioli.

Hoje acordei feliz...
Acordei com o canto dos pássaros,
foi um lindo amanhecer...
Ao abrir a janela,
para que o sol entrasse,
vi minhas lágrimas refletidas,
no espelho d’água de meu jardim...
Chorei, chorei sim, chorei de alegria
quando um colibri pousou
bem pertinho de mim...
beijando meu rosto com suas asas...

Pensei em você quando
delicadamente o Beja-Flor
pousou em minhas mãos...
Curiosa perguntei:
- Quem te enviou até aqui?
Sorrindo respondeu,
- Foi o jardineiro,
Para eu cuidar de uma flor.
Olhei para as rosas
que ali estavam
em silêncio,
elas se limitaram em sorrir para mim,
por saberem de qual Flor ele falava.
A resposta, eu também já sabia
a mensagem em meu coração estava...

Quando deparei-me com um céu tão belo
misturado à beleza
do canto dos pássaros...
Nesse momento, não sei porque,
quis ser o jardim,
não pude dar mais um passo...
Fiquei ali parada
com um Beija-Flor que me olhava
no momento em que acabara de
declamar uma poesia
na mais linda forma de declaração de amor.
Seus olhos pregados nos meus,
parecia me hipnotizarem...
De alegria, muda fiquei...
Aguardando minha resposta,
e sabendo que de meus lábios
não sairia mais uma palavra...o beija chorou...

Sabiamente em meu peito ele encostou,
e ao ouvir o pulsar do meu coração,
saiu em disparada
voou, voou, voou
levando minha resposta em suas asas...
Será que o jardineiro recebeu
e entendeu a resposta da FLOR?

Obrigada Gondin,
amo você meu amigo
grande beijo...

Foto de Lmax

Guardanapo (aqui só) - L'(Max) (Declamado)

Estou aqui só,
E só vejo-me quando só.
O bater em meu peito,
É sombra de uns momentos,
É sopro de meu próprio vento,
É o passar dos ponteiros,
É o nada que o hoje é.
Tomo esse café amargo,
Como o gosto de meus atos.
A agonia de não ser que me resseca,
Inundo com essa água carbonizada.
Nessa calçada fria em meio a multidão,
Por minha alma só estreita a solidão.
Numa Porto Alegre úmida,
Rogo meus planos de vida,
Procuro um voltar sem ida.
Queria um gritar profundo,
Mas tenho esse pincel ao fundo,
Que num risco faz cantar o mundo .
Uma gota de cafeina corre a borda,
Espalhando-se sobre a letra.
Um guardanapo de papel amasado,
Por onde um sonho entra apressado.
Desmanchou pela beirada,
Machucou a palavra errada,
Desfez-se delicadamente em nada.
Um observar calmo me tomou,
Reinventando o que passou.
Riscando de forma banal,
Aquele rumo envolvente.
Essa poesia latente,
Me toma viceralmente.
Um veneno de coral,
Desce incandecentemente.
Entorpece a mente,
Corre as veias
Escoa em som!

L´(Max) 24.06.2008

Foto de Josi Mozer

Filme em preto e branco...

Filme em preto e branco.

Dúvida...
Muitas vezes na vida não sabemos que decisões tomar, mas as mesmas dúvidas que surgem provavelmente serão as que nos farão crescer e amadurecer...
Plantamos uma semente na esperança que ela cresça e dê frutos, só que nem sempre assim acontece...
Saber tomar decisões é um desafio constante, já que a vida é feita de decisões.
É o mesmo que falar da água, que você tenta com as mãos e em vão, segurar, pois escorre por entre os dedos.
Quando temos a necessidade dessa água para matar a sede da dúvida que insiste e perciste na cabeça.
Então seria essa dúvida nada mais que medo...
Medo do inesperado, do novo, do incerto...medo de não ter controle por sua própria vida e ver que a vida tornou-se uma história de filme em preto e branco...
Até poderia ser, pois seria como um filme que ainda não se viu nos cinemas ou TV... um filme que talvez sim...tenha um final feliz, dependendo dos personagens.
Josi Mozer

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de von buchman

Eu te desejo... E tu me terás... Lialins & Von (due )

Eu te desejo... E tu me terás... Lialins & Von (due )

Eu sou aquela que te espera na cama
como veio ao mundo
desejando que você entre em meu quarto
me tome em seus braços me
faça mulher como nenhum outro homem
jamais fez
as noites mais frias se tornam quente ao pensar em você
lialins

Eu sei meu amor...
Ao ver-te deitada assim na cama me seduzes até no olhar...
Passeio meus dedos neste teu corpo nu, e me delicio com o arrepiar dos teus pelos e aos poucos vou te saciando,
te levando a um frenezi de prazer...
Meu amor, não existem noites frias ou vazias quando estás ao meu lado.
És muito assanhada, levada e arteira nos teus desejos, fantasias e nos orgasmos múltiplos me fazendo enlouquecer...
Von

entro em minha banheira
para me refrescar
a água ao tocar meu corpo
só me faz
desejar voce pois sinto
como fosse você
tocando meu corpo nú
lialins

Que coisa gostosa, saber isto de você.
És puro êxtase de prazer...
Meu amor, fecho meus olhos e fico aqui a te imaginar...
Cada pensamento, um gostoso excitar...
Te desejo como nunca, você nem pode imaginar...
Quando a teu lado estiver nem quero pensar,
desde o deslizar de minha língua no teu corpo até os gozos que quero te dar....
Cheio de tesão estou a te esperar...
Von

Minha querida menina levada ....
Fiz com muito carinho ...
Ficou uma delícia de due...
Está cheio de amor , paixão e tesão...
Meu carinho, meu eterno admirar,
mil beijos, xeros e mimos de paixão ...
ICH LIEBE DICH ...
do Von Buchman

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