Adolescência

Foto de Vadevino

ADOLESCENTEMENTE

Ma minha adolescência
O tempo era belo!
Uma guria bonita
De suéter amarelo
Arrancou meu coração,
Bateu nele com martelo!
Depois disso, o coitado,
Ficou todo esmigalhado
Como se fosse farelo!

Foto de pttuii

O homem que odeia noites

Passei a noite a pensar sobre a noite em que conheci o homem que passou uma noite inteira sem assegurar qualquer coisa. A noite começou em tom de dúvida. Mas a noite prosseguiu porque tinha pressa em mudar de roupa e passar a ser madrugada de impropérios. E ao homem tudo passou ao lado. E tudo porque odiava a noite desde que a noite deixou de ser dia tímido e passou a ser madrugada recém-saída da adolescência. Reescreveu tudo o que tinha apreendido sobre a noite selando consciências com incertezas difusas. E vem mais uma noite interminável feita de noites pequeninas que só servem para que a noite seja menos compreensível para o homem que odeia noites.

Foto de Dirceu Marcelino

COLCHA DE RETALHOS - DUETO = DIRCEU & LU LENA - VIDEO-POEMA

COLCHA DE RETALHOS

Soneto de LU LENA

Pensamentos, recordações oscilam
num destino desfiado de renúncias
grilhões que me prendem num exílio
enleada em ti a tua e a minha vida.

Indeléveis cicatrizes em minha memória
em carretéis e linhas opacas e sem cor
na caixa de costura toda nossa história
alfinetes agulhas ludibriando nosso amor.

Cerzindo versos, exalando nossa essência
assim vou tecendo estática nossos pedaços
entre gotículas de lágrimas em reticências...

Vozes, murmúrios, sem viços e transparências
bordando prolixa nossa colcha de retalhos...
Aguardando o tempo esvair nossa existência.

***
Soneto de Dirceu Marcelino

Ainda em minha tenra e singela adolescência
Sonhava com ti e minha vontade era tecer
Com os parcos fragmentos de minha inocência
A colcha que te cobriria em teu adormecer

Hoje recordo com fragmentos de consciência
Dos belos sonhos e então deixo me esvanecer
Em devaneios poéticos que com insistência
Injetas-me com teu lume e em mim faz nascer

A inspiração que surge da tua proficiência
Em belos versos que estimulam meu alvorecer
Fazendo com que encontre nas regras da ciência

Poética esta arte que me faz rejuvenescer
E encontre nos retalhos de minha inconsciência
Os pedaços da colcha que tu estas a cerzir.

Foto de Dirceu Marcelino

COLCHA DE RETALHOS - DUETO = DIRCEU & LU LENA

COLCHA DE RETALHOS

Soneto de LU LENA

Pensamentos, recordações oscilam
num destino desfiado de renúncias
grilhões que me prendem num exílio
enleada em ti a tua e a minha vida.

Indeléveis cicatrizes em minha memória
em carretéis e linhas opacas e sem cor
na caixa de costura toda nossa história
alfinetes agulhas ludibriando nosso amor.

Cerzindo versos, exalando nossa essência
assim vou tecendo estática nossos pedaços
entre gotículas de lágrimas em reticências...

Vozes, murmúrios, sem viços e transparências
bordando prolixa nossa colcha de retalhos...
Aguardando o tempo esvair nossa existência.

***
Soneto de Dirceu Marcelino

Ainda em minha tenra e singela adolescência
Sonhava com ti e minha vontade era tecer
Com os parcos fragmentos de minha inocência
A colcha que te cobriria em teu adormecer

Hoje recordo com fragmentos de consciência
Dos belos sonhos e então deixo me esvanecer
Em devaneios poéticos que com insistência
Injetas-me com teu lume e em mim faz nascer

A inspiração que surge da tua proficiência
Em belos versos que estimulam meu alvorecer
Fazendo com que encontre nas regras da ciência

Poética esta arte que me faz rejuvenescer
E encontre nos retalhos de minha inconsciência
Os pedaços da colcha que tu estas a cerzir.

Foto de Rosinéri

SORRISO

Foi num belo dia de verão ao entardecer
Que lindos olhos um sorriso me recusaram
Meu coração começou logo a entristecer
Pela magoa que ali mesmo começou

A dor sentida foi tão forte
Que sem forças ali fiquei
Sofrendo impune duma lenta morte
Mas com um bálsamo apliquei

Em silêncio esperei um ano inteiro
Crescendo em mim uma triste paixão
Fruto verde deste amor primeiro
Que poderia ter-me levado ao caixão

Foi então que esse sorriso veio
Suave e lento como uma folha caída
Meu coração quedou-se num doce enlevo
Vivendo nesse minuto toda uma vida comprimida

Foi um enlace tão terno e de minuto
Culminado por sorriso tão singelo
Foi uma vida inteira num minuto
Vivida tão intensamente e em segredo
Sim! com o esquecimento um bálsamo apliquei
Durante três longos anos de sobrevivência
Nessa luta mais mulher assim fiquei
Foi um sorriso que aconteceu na adolescência.

Foto de pttuii

Eles comem tudo, e não deixam nada

Quase no final de 2008, quem pega nas rédeas da quadriga portuguesa está na casa dos 50 anos. Apeteceu-me dissertar sobre quem já chegou à meia idade, e tem hoje de acordar todos os dias com preocupações de governação. No final dos anos 60, quando o mundo se decidia entre dar a vitória à ideologia do amor, ou abraçar o ‘american way’ conservador de Dickie Nixon, os ‘putos’ que hoje andam de BMW comprados por atacado, eram simples pirralhos. A televisão dava-lhes o ‘Franjinhas’, e o futebol resumia-se a versões infladas do Benfica-Sporting. Nas escolas, as figuras do senhor professor doutor, e do senhor almirante líder da república, abençoavam os meninos, olhando de alto para salas amplas mas cinzentas. Chegou Abril, e os meninos despiram a pele dos filhos de Salazar, e vestiram o destino de reconstruir uma nação. Descolonizar, desenvolver, e democratizar, foram desígnios abraçados, acarinhados. Mas,....a ditadura do mas sempre a mandar na genética Lusa. O Outono de 1975 chegou, e outros ventos começaram a moldar o presente dos nossos actuais preparadores do futuro. Com a adolescência vieram as febres europeias. Na Suécia cantava a dupla Agneta e Frida, que o mundo aprendeu a conhecer como ABBA, e em Portugal o senhor das bochechas mandava os jovens pensar em grande. A gaveta, o tal interminável compartimento para onde foi deitado o socialismo do Barreirinhas e do General Maluco, começou a fechar-se, e outra abriu-se em seu lugar. Agora interessava apanhar o pelotão da frente. A CEE do eixo Paris, Londres e Bona, ganhou laivos de ‘role-model’ no país de Camões. A idade adulta dos governantes do século XXI chegou com uma troca alucinante de ‘Jotas’. Nada de vermelho, tudo de rosa, e cada vez mais de laranja. Nas rádios já arranhava o novo rock português, e o José Cid não nos deixou ficar mal na Eurovisão. Portugal ganhou até um mártir. Em Camarate, o primeiro-ministro que prometeu mudar Portugal perecia, num mar de chamas, e com ele foram a enterrar as esperanças de que o rectângulo que um dia foi de Viriato, poderia no futuro vir a ser um laboratório de ensaio de práticas liberais. Virou-se ao centro. O homem das bochechas voltou, e abriu caminho para o paraíso. Um simples algarvio, que um dia resolveu ir à Figueira da Foz testar o carro novo, saiu de lá líder do partido do futuro. Os últimos 15 anos do século XX, em Portugal, foram de arranque imparável. Ninguém nos segurava. E já ninguém conseguia segurar os ‘trintões’. Vieram os primeiros lugares de responsabilidade, as primeiras concessões aos amigos, os primeiros condomínios fechados comprados a pronto pagamento. Os anos passam, os vícios entranham-se, e hoje os meninos rabinos do ‘flower power’ dominam tudo.

Finalmente, 40 anos depois, a canção do Zeca assenta que nem uma luva àrealidade ‘tuga’.
“Eles comem tudo, eles comem tudo, e não deixam nada”.

Foto de sidcleyjr

'

Você tem meu sangue, minhas faces e sabe como sou pessimista,
Tem alguns de meus mapas,
Retalhos de minha adolescência,
Meu sangue... Levas contigo o oferecido por mim,
Leva o gosto de meus lábios, que despertou a inocência do teu amor!

'Macro

Foto de Serafina e Tatiana

I get the tinglies in a silly place”!

Esta semana dei comigo a pensar...hummm... Eu estou sozinha porque quero!!!

Não é para me gabar mas não é por falta de oferta, o produto é que não me agrada!!!!

Haverá melhor sensação do que aquele de borboletas no estômago?
Conhecer alguém e sentir de imediato uma ligação, uma atracção ao ponto de esquecer todo o resto? (Lembram-se dos tempos áureos da adolescência, das curtes na discoteca?
Grandes paixões ao som da música da moda... miúdos giros, divertidos e com amigos giros e divertidos para as nossas amigas, mesmo sabendo que íamos chegar a casa e ouvir poucas e boas!)

E haverá melhor forma de começar algo do que com uma boa piada? Mesmo a mais reles frase de engate poderá ser o melhor início se for bem dita!
Confesso que não sou nada dada a romantismos, passeios na praia a ver a lua ou o por do sol, flores e sms lamechas, a mim tem de me fazer rir!
Todos os dias e em qualquer altura, mesmo! Olhar-me nos olhos e dizer a maior parvoíce que lhe passar pela cabeça!!!! Aí sim, “I get the tinglies in a silly place”!
Sim, porque eu não tenho uma pele linda, umas pernas fantásticas e tudo o resto que vos passa pela cabeça quando me tentam engatar! Contem-me antes uma boa piada e verão que é bem mais eficaz!!!!

By Tatiana Micaela

Sim...
Não há nada como rir, mas rir muito e com vontade! E se for alguém que nos interessa a fazer nos rir, então digamos que a noite esta encaminhada....LOL
Mas confesso...
Aquela troca de olhares por entre beijos selvagens... O facto de não ser necessário sequer falar! Isso sim tira me do sério....
E se for algo inesperado, ou aquela pessoa que nunca pensamos sequer que fosse se interessar por nos...então ainda melhor...

Aí sim, “I get the tinglies in a silly place”!

By Serafina Cristina

Foto de sidcleyjr

O dia macro

Especial
O amor
O abraço
A ternura
A criação e até mesmo a maquina.
Jesus Cristo
Oh vinte e quatro horas sagradas abaixo dele.
O comprimento do Paulo
O grande Jonas e as Eths de minha vida,
Rafaela não esqueço aquela
E o sangue vez ou outra aqui.
Amo tudo que me sorrir
E compreendo os que por mim,
Ninguém é de ferro.
Talvez admire todas as estrelas
O brilho e suas condições
E o presente Murilo Mendes
Nos roteiros de minha adolescência.
Minha pura consciência de amar
E ser rejeitado pelas musas
Sou feliz por não esquecer minhas raízes
O quarto escuro
Aquela foto ainda está...
E a noite de hoje agradeço Deus
Farto e saudável.

'Macro 22-08-08

Foto de Carmen Lúcia

Co-autora

Quando eras rei, te aclamava...
Eu... tua platéia, rainha ou escrava,
entre risos e gritos da meninada ouriçada,
aplaudia tuas bravatas...Contigo sonhava.

Juntos crescemos, adolescência atribulada,
eu, apaixonada, sem nunca ser notada...
De tuas paixões, a coadjuvante,
de teus enredos, figurante...
Como cineasta, sempre davas as cartas...

Emaranhei-me nas teias de tuas desilusões,
choravas as minhas lágrimas derramadas...
Em teus filmes, fui figuração...
Enquanto a protagonista roubava teu coração.

Lado a lado, vivendo tua história,
Lamentando teus erros, vibrando tuas vitórias,
fui sombra que protege de sóis que escurecem
ofuscando a visão aos valores que enobrecem...

Mas, nas vezes que te senti morrer
(e que de vez iria te perder)
tomei-te as cartas...eu mesma as dei...
E sob a minha direção
transformei realidade em ficção...
Mudei a trama, fui produtora,
Juntei-me a ti, protagonista e co-autora.

(Carmen Lúcia)

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