Adeus

Foto de Carlos Magno

O Mesmo Horizonte

Não quero o sol nem a lua, não quero sonhos nem pesadelos, quero apenas acordar e lembrar que nada fui se não tua sina, tua estrada, teu caminhar despreocupado numa manha de domingo...
Não quero a dor do adeus, e nem Deus me tirando a dor da ausência de teus beijos. Quero sim é dar-te meu peito como ele é, com todos os teus defeitos e todo teu amor, provando-te ser eu um mero homem que te ama, minha alma!
Se fui, é porque era chegada minha hora. Se um dia eu voltar, voltarei porque deixaste aberta a porta do teu peito...
Não procure motivos, não germine lágrimas... viva a certeza de termos vividos instantes eternos. Veja no horizonte os pássaros que vão indo, veja no mesmo horizonte a chuva que vem vindo. E o que passa, não é dor nem sofrimento: é vida!
Se vivo é porque uma dádiva pesa em meus ombros, e, se essa dádiva é amar, saiba que te amo!

Foto de Carlos Magno

Lembranças

Lembro-te em sonhos, em versões incoerentes de meu delírio, sinto-te tão inocente, tão louca e envolvente,
tão erótica e ingenuamente pecadora...
Meu nirvana, eras tu; meu inferno, eras teu gozo...
Vivemos uma utopia, uma doce loucura.
O sal da tua pele na minha, o suor de teu desejo no meu, o gemido escandaloso que me fazia gozar...
Te amei!
Te amei em cada instante, em cada suspiro, em cada respiração ofegante,
em cada abraço que me contornava e me trazia teu perfume...
Te amei como se fosse para sempre, como se não passasse de um mero piscar de olhos.
Te amei intensamente, dando tudo de mim, me doando ao teu ser como suicida se doa a queda do vigésimo andar...
Mas acabou... chegou o meu fim, meu adeus, meu até mais...
Não merecia ter te conhecido, não merecia ter provado teu amor... saio da tua vida como um raio em dia chuvoso: rápido, de repente, doloroso...

Foto de Sirlei Passolongo

VERSOS DE DOR

Enquanto você dormia...
Escrevi esses versos de adeus
Rasguei suas recordações
Rasguei minhas ilusões
Enquanto você dormia...
Vi que seus beijos não
eram só meus.

Enquanto você dormia
Dilacerei meu peito
Chorei um amor desfeito
E esses versos num
Papel molhado.
São lágrimas de um
coração despedaçado

Enquanto você dormia
Meu sonho desmoronou
Revirei seu mundo
O meu foi ao fundo
Enquanto você dormia...
Sorriu e outro nome chamou

Foto de @iram

Plebeia

Se teus sorrisos
fossem tão repentinos
quanto os meus,
eu não estaria aqui
perdida e só entre os plebeus.
Seria rainha,
senhora dos sonhos e designios teus...
Mas tu!
Intrépido rei,
o que melhor sabes fazer;
é ditar essa maior lei,
a de me dizeres adeus.
Sem remorso
ou lembrança sombria
segues teu destino,
sem me teres a mim como guia.
E do alto desta torre
que para te figiar existia,
eu me lanço no espaço infinito,
onde teu rosto iluminado
se disfaz lasso e disforme
para me assombrar neste pesadelo,
sonho de amor acabado.

Lídia de Sousa 31-03-06

Foto de ANJO VÃ

SÊ...!!!

Se andares pela praia...
E sentires a brisa do mar...
Tocar tua pele num gracejo fogoso...
É meu carinho que sem dizer adeus...
Pedi ao vento pra te entregar...

Se andares na mata...
E pisares em por folhas secas ou úmidas...
E sentires o perfume de jasmim...
Ou qualquer coisa assim...
Saiba é minha mensagem...
Pra você jamais me esquecer...

Se por outro lugar andares...
E ouvires o barulho de água limpa e pura...
Lembre-se de minhas loucuras...
Tentando te conquistar...
Tentando te buscar...

Se passares por uma cachoeira encantada...
Poderá te lembrar de minha risada...
Quando eu ainda só queria te amar...
E se ouvires aquela canção de Ivete Sangalo...
Lembrará o que quer dizer meu coração...

Sê ao anoitecer...
Tudo for silêncio...
Olhe o horizonte observe as estrelas...
Uma delas vai te dizer...
Que eu jamais vou te esquecer...

Se mesmo assim uma lagrima...
De seus olhos insistir em rolar...
Lembre-se é a minha imensa...
Saudade a me consumir...

VÃ ANJO

Foto de eterno apaixonado

Lamentações.

O passado é tão triste e as lembranças ainda estão presentes são eternas na minha mente.Meu coraçaõ ferido não que mais saber de amor, de amar ninguém.Não quer mais sofrer sem saber, sem entender o porque de tanta dor.Parece não haver saída, a vida é mesmo assim a gente sofre quando um amor chega ao fim.
A luz dso olhos teus a refletir nos meus o nosso adeus, o brilho de um amor que foi lindo mas que acabou, e me deixou na saudade sem coragem e se, vontade viver um novo amor.

Foto de Thiago Fernandes

Estrelas tristes

Alguma coisa me aconteceu
E tudo parece fugir para outro lugar
Estrelas tristes tentam me explicar
E nada acontece se dissipam todas pelo ar
Há medo em meu jardim
Pois uma rosa disse adeus pra mim
Mas tudo tem um fim eu sei
Só não sonhava que seria assim
Aonde quer que você vá
Eu quero te encontrar
Por onde você for
Eu preciso de mais
Eu preciso mais
Preciso de você aqui

Foto de eterno apaixonado

Marcas do tempo

O amor e o ódio
convivem lado a lado.
Basta um acabar
pro outro ser manifestado.
Quem tanto te fez susupirar,
quem diría,
também te fez chorar.
Te fez indagar
perguntas indecifravéis,
atitudes inexplicáveis
que resultaram num adeus...
Num instante,de repente
tudo perdeu seu valor.
Você começa a enxergar coisas
que até então não via.
Ao relembrar dos acontecimentos,
sente uma mistura de sentimentos.
Gostaria de poder voltar atrás,
e fazer coisas que não fez,
algumas outras
fazer outra vez.
Só restaram lembranças,
marcas que o tempo te fez...

Foto de Fernanda Carneiro

SOU O QUE SOU...

Esta liberdade que me faz plena
Caminhando contra o vento, sentindo o respirar
Sei o que quero e para onde devo seguir
Nada será capaz de me fazer desistir
Vc não me fará falta, saudades jamais
Estou indo contra este maldito orgulho
Vivo conforme minha própria dança
Longe de máscaras, de farsas, de um mundo irreal
Estou feliz, sei que posso muito mais...
E vc me acompanha?
Se não puder adeus
Quero navegar os mais profundos mares
Sentir o mais profano sentimento
Delirar a mais louca insanidade
Correr contra aquilo que me maltrata
Ir a fim de uma coisa maior
Um oásis no final do túnel
Um amor sincero, eterno
Quero de tudo um pouco, quero muito....
Vc me quer?
Lute, corra, siga meus impulsos
Sinta este sangue que ferve
Este corpo que ama incondicionalmente
Será que esta sua frieza é capaz de liberar seu instinto?
Estou percorrendo meu íntimo, meu ser
Sou o que sou...um ser em ebulição
Vc sabe o que sinto? O que desejo?
Se não sabe, desista , prossiga em outro caminho
Quero amor terno, louco, profano, sereno, uma mistura de tudo
Quero viver intensamente
E muito mais que possa imaginar
Esta liberdade me seduz..
Meu destino qual será?
Sou o que sou...

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor.
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia.
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua, estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olho para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; só porquê estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir? – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, no chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como fantasma – não posso fugir.
Angustia-me, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade está mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz, eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido
pequenas e grandes coisas, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Chupo-te como uva, urino no esgoto - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é meu anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei aonde vou.
Virei olhando seu rosto; uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha penas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme!.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância, vou embora - você é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – lá você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marca os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova; sou invisível, nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre rouba um pouco.
Solitário ou nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Chamarei-te de Teresa, ela também cansa a minha beleza.
Responda-me com certeza; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Sim mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para estes tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio.
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda; me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura.

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