Adeus

Foto de josecarreiro

ADEUS

ADEUS

O mover dos lábios
a boca que se desenvolveu
os olhos líquidos
eu inflamava amava
as minhas mãos as nossas corriam em viva expansão
e com elas volvia
enchia a boca que agora ressinto pronunciada
a língua enlouquecia a pele.

Adiante apreçaste:
- hoje estás pouco falador;
como precisasses:
- fala a dor.

Encontraste outro amante
na mesma compreensão que eu

mas nunca dissemos adeus.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

Foto de Marcelo A. Oliveira

Saudades...

Sonhos se foram...a esperança não suportou tantos erros.
Dizer adeus jamais! Pois a saudade ainda toca o coração...
Tantos momentos felizes...
Quantas juras em vão...
Quantas palavras ditas no vento...
Tantas lagrimas derramadas...
Tantos beijos mal interpletados...
Quantos corpos suados pelas madrugadas...
Tempo pedido... sonhos nauflagos.
Tudo evaporado no tempo...
só restando saudades dos sonhos perdidos.

Foto de Smacc

Em memoria de dois amigos

Zé Domingos...
Adeus meu amigo
tua subita doença nos feriu
e Deus levou-te consigo
levou-te
da tua mulher da tua filha
dos teus pais dos teus amigos
nós te amava-mos mesmo estando longe
amava-mos-te
sentiamos que estavas sempre ali
com o teu sorriso
a tua alegria de viver
e agora os gritos de dor
as lagrimas de odio
e dor
no meu coraçao
na minha humilde existencia
vão ficar para sempre
tal como ainda estao essas mesmas lágrimas
esses mesmos gritos que ha tempo
ainda não muito tempo
partilhamos quando ele nos levou
o teu irmao João
quero que saibam
que nunca vos vou esquecer
vão estar sempre dentro do meu coração
e peço a Deus
a esse mesmo Deus que vos chamou
que olhe por vós e vos proteja
quanto a nós....
Até um dia
havemos de nos encontrar e voçes dois
estaram la a Seu lado
para nos receber
um beijo
um grande beijo
daqueles bem do fundo do meu coração
para ti Zé
e para ti João
até sempre

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

Foto de piumhi10

Eu te Amei?

Eu sei Tudo pode aconteçer, nosso amor nao vai morrer, creio que você lembra desse refrão, na ilusão vivi momentos de amor,
mas eram verdadeiros, sonhei com o toque do seus lábios, porém so alcancei seus abraços, seu perfume, seu sorriso, esse amor que conquistei vale mais que um simples beijo, palavras que são eternas no meu pôr-do-sol na brisa do seus pensamentos eu fiz meu momento.
Essa dor que aperta lá no fundo nao é paixão, é um amor que niguém jamais queria perdê-lo e sim sentir essa essência que se desfaz um minhas lágrimas...

adeus.

Foto de BCF

Su ando...

Meia luz, multidão...
Você,
Meus olhos alcançaram os seus,
Sua boca muito convidativa...
Sua voz no meu ouvido...
Um café...
Um Adeus...
Meus pensamentos perdidos em você...

Meia Luz, multidão...
Meus olhos , mais confiantes, encaravam os seus...
Sua boca já estava próxima, molhada, quente esperançosa,
minha mão entre suas pernas...quentes...
Uma voz, um convite...
Um calor, seus seios lindos expostos a luz do dia,
Pele macia, Su ANDO
Ansiosa por você,
Voz provocante...Minhas pernas tremiam, ...
Seus gemidos continuam dentro de mim,
Me arrepiam, me instigam...me angustiam...
Seu cheiro tenho em sonho....te espero amanhã.

Foto de Fernando Poeta

Esperando Por Ti

Quando sem um adeus,
Partiu de minha vida,
Partistes meu coração,
E mil lágrimas foram vertidas.

Pois ainda não aprendi,
Que tudo o que é conquistado,
Pode ser perdido,
Mesmo tendo-se muito cuidado.

E apego-me a esperança,
De que o tempo seja meu aliado,
E permita-me que tua lembrança,
Mantenha-me inspirado...

Pois somente agora percebo,
Que muitas palavras cansam,
Muitas palavras calam,
E às vezes o silêncio é necessário...

E talvez não tenha percebido,
Eu tive o mais importante,
Eu tive tua amizade,
Mesmo que por instantes.

Quando lembrares de mim,
Estarei no mesmo lugar,
Esperando por ti...

Foto de Jorgejb

sentido único

Eis uma nova informação,
Senhores!
Deram à minha rua um sentido único!!!!!!
Notícia estranha esta, da minha rua,
Não posso voltar atrás?
Nem cirandar pela rua?
E quando esquecer a chave, e quiser voltar?
Não vale a pena,
Que a minha casa é no meio da rua
E a minha rua acaba no fim, e não retorna,
Sem sentido que não único
Quando sair, será a ultima vez,
Para quê voltar pela chave?
E pela rua?
E os rapazes acenarão com lenços brancos,
Porque me verão uma única vez,
Na direcção do sentido sul.
E direi um único e final adeus
À minha amada,
Que o sentido único da minha rua,
Me fará buscar outra rua,
Que vá dar à minha.
De um sentido único.
Já sinto as saudades das varandas
E do cheiro da sopa a cozer à tardinha,
E dos gatos babando-se no salto
Pelos pássaros,
E das campainhas das ciclas que guincham,
E das bolas que batem no muro baixo
Da minha casa.
Já sinto o sentido das coisas que desaguarão,
E do final triste da foz
Que tem por destino partir,
E das velhotas,
A quem sorria e recuava
Para ouvir, suas vozes baixas e roucas
Contando do que tinham visto na rua
Com sentidos,
Agora de sentido único…
Ninguém vai olhar o princípio da minha rua
Procurando quem volte,
E haverão novidades
Com um único sentido,
Eu sentido,
Tomarei o mundo
Sempre com o mesmo e absurdo sentido.
Um sentido único
Que deram à minha rua.

Foto de Camillinha

Eu sou assim ,assim eu sou!

eu sou mesmo assim,
meio louca e quase poeta.
não sou alegre e nem triste,
e nem tão pouco,pouco...
eu sou muito do tudo,
e de tudo o nada.
eu sou apenas a lembrança
que ficou na estrada.
eu sou um pouco do vento,
e da chuva e do mar.
eu sou um breve pensamento
e a deliçia de voar.
eu sou um coração vadio
á procura de aventuras,
que ao mesmo tempo quer
o mundo, e na mesma hora
não quer nada...!
eu sou assim,mesmo assim,
nunca digo não,nunca digo sim.
eu sei q sou um tanto diferente,
curto paixão ardente
e admito ser estremamente
inteligente,
mas oq fazer se sou assim ?
eu me amo como eu sou ,
e mesmo não sendo o sol,
ilumino com o meu amor
e apago um pouco da dor.
eu sou assim,assim eu sou .
o inferno o paraiso.
um encontro....e o adeus !
um breve pensamento de deus...!
sou incontante...porem....certa.
te amo , e te odeio....!!
te quero e te inojo...
eu sou assim,assim eu sou...!
e sendo assim eu me. amo loucamente !!!

Foto de Fernando Poeta

Sereia

O navio naufragou,
Fui lançado na imensidão azul do mar.
Não havia salvação, percebi o inexorabilidade da morte,
Nos poucos segundos que achava que ainda restavam.

Poupei meu fôlego,
Para conseguir, ante o fim iminente,
Guardar em minha mente,
A última impressão deste mundo.

A beleza descortinava-se à minha frente,
Com muita clareza conseguia ver,
O fim chegando,
Adornado pela beleza do oceano...

Não havia mais o medo,
Nem o desespero,
Apenas o extasiante estupor,
Ante o que contemplava.

Com o corpo dormente, a alma liberta,
A vegetação marinha a minha volta,
Cardumes coloridos de peixes, passando ao largo,
Observavam minha queda.

Ao fundo cheguei,
E aguardei o fim,
Então tão próximo dele,
Achei estar em um sonho, e percebi que delirava...

A minha frente rapidamente,
Algo se aproximava,
Com movimentos ondulantes e rápidos,
Conseguia perceber apenas a forma, e então meus sentidos foram embora...

O tempo, não sei dizer,
Vivo! Eu estava vivo,
Como isso aconteceu?
Qual a explicação para minha salvação?

Em meio a meus devaneios,
Ouvi um canto, belo, suave e atraente,
Atraiu meu olhar,
Para arrecifes formados ao longo da praia.

Avistei então uma lenda,
Avistei o que só poderia ser,
O que os antigos denominavam,
Sereia...

Cachos de cabelo negros como ébano,
Corpo sinuoso até o quadril,
E longa cauda escamada, verde como as águas claras,
Terminando em enorme nadadeira...

Olhava em minha direção,
Continuando seu canto,
Acariciando seus cabelos,
Mantendo nos lábios um sorriso cintilante...

Cantava minha salvação...

Encontra-me no seio de sua morada,
Chegou a mim,
Percebeu que morria,
Colou seus lábios as meus.

Arrastou-me assim,
através das águas frias,
Até deixar-me na praia,
Até deixar-me salvo.

Aguardara-me ver acordar,
Para dar-me adeus,
E então ao seu lar,
Poder retornar...

Lançou-se às águas,
Levando consigo,
O que então deixara,
Meu coração partido...

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