Adeus

Foto de Arnault L. D.

E ela adormeceu ( Para minha cadela Tchuca )

É... amiguinha, descansa,
eu lhe digo, pode ir, não tema.
ao seu lado estou, e fico.
Então sossegue e não se prenda,
Foram tantos anos, tanto tempo...
você foi a melhor, lhe garanto
você me fez sorrir, brincando,
implicando, ou apenas sendo,
Sempre confiando em mim.
Mas, é tarde e está cansada
então lhe canto um acalanto.
Dorme agora... não fique por mim
lutando contra este sono,
sinta a minha mão e relaxa...
estou aqui com você.
Tenha certeza que foi a melhor,
tenha certeza que eu a amo,
mas, agora é melhor você dormir
então dorme, em paz minha amiga
minha menininha.... adeus.

Foto de O Bardo

Amigo Cirineu

Amigo Cirineu!

A biblia nos conta que nos momentos de martirio e de seu flagelo estando Cristo próximo a sua morte, foi chamado um homem para ajuda-lo, bem vamos dar aspas no chamado, foi puxado em meio a grande turva Simão Cirineu, sendo que "Cirineu" não era seu nome e sim da região de onde vinha, Jesus era o Nazareno agitador, pois vinha da casa de Nazare.
 Voltando a falar de Cirineu. Ele foi tomado pelo braço e obrigado a carregar por algum tempo a cruz de Cristo, antes de ser colocado sob a cruz, penso que el deve ter dito:
" faço porque sou obrigado, eu não tenho nada a ver com ele, não fui sou seu seguidor!"
 E tantas vezes agimos assim! Pessoas precisam de nossa ajuda, precisam de uma palavra amiga, e o que nós fazemos?
 "Eu? Eu não sei de nada, problemas já bastam os meus, eles que se virem..."
 E fazemos de tudo para não dividirmos um fardo que pra nosso irmão é impossivel de levar sozinho! Mas queremos que todos nos ouçam quando é conosco! Deve ser igual ao instante que Cirineu deve tet olhado para a face de nosso senhor resplandecendo sua alegria, e seu amor pela cruz que seu filho levava, com certeza Sirineu não se deu conta do que ele carregou, de quem ele ajudou, mas ao olhar a face de Cristo esse sentimento de não é comigo deve ter se mudado em um sentimento de:
"Por que ninquem o ajudou antes? O que fizeste de tão mal?"
 E com um amor de não entender o porque de ter sido escolhido. mas com uma alegria de ter aliviado a dor que lancinava em um homem, a dor que lancinava no próprio Deus!
 O que Cirineu nos ensina? O que podemos aprender disso tudo?
 Cirineu ajudou sem querer.
 Cirineu ajudou sem entender.
 Cirineu ajudou o quanto pôde!
 Cirineu amados e amadas foi o ombro amigo que nós deveriamos ser, primeiro ele bradou que não tinha nada haver com isso, mas ajudou, mesmo sem entender caminhou junto, carregou o peso, e deve ter sentido a alma limpa quando deu adeus a Cristo, nós poderiamos ser assim, nós temos que ser assim e nós iremos ser assim, quando entendermos que amizade não pede nada em troca, não pede para que você assuma o peso mas sim que ouça, que escute, que apenas ajude a carregar, seja apenas Cirineu!

Foto de carlosmustang

COMFLITOS

Abro a porta e vejo
Incoerente de vida e de morte
Inconsiente desejo
Fundialista transporte

Oh muai thai, da vida imprevisto
Correria da vida, insisto
Funcional nesse corpo meu
De tanto fim imprevisto, adeus

E mais um dia amanhece
Olho pro ceu, entristece
Esse recanto entristece

Jogo minha bronha de horror
Servindo de desejo amor
Beijo na face de todas Pessoas

Foto de Alexandre Montalvan

Roubaram-me a luz

Roubaram-me a Luz

Sopra oh vento na minha boca
cálidas gotas de aroma das flores
murmura em cantos com a voz rouca
embaça-me com teus olhos devastadores.

Em outros olhos não vejo os teus
em outras bocas não vejo a tua
desilusão, solidão é mais que adeus
e as nuvens negras escondem a lua.

E é tão pouco o que me resta
migalhas, um mar triste, apagado
escuridão de uma noite funesta
até a luz da lua me é negado.

Neste desejo que consome
que angustia o coração
são as vermelhas nuvens de fantasias
ao me ver naquilo que nem todos se verão

Alexandre

Foto de Fernanda Queiroz

Vim dizer que te amo

Na penumbra de teu quarto
Teu corpo estendido na cama
Desarmado e indefeso
Jaz entre os lençóis amarrotados
De semblante inalterado
Teu rosto amado
Um pouco nublado
Da sombra azulada
Da barba por fazer
De olhos fechado
De riso calado
Teu perfume no ar
Um eterno inebriar
Teus cabelos se espalham
Em contraste ao branco suporte
Que ampara pensamentos
Adormecidos
Ou sonhos vividos
Entregue
Suave
Estás tão perto
Posso estender minhas mãos
E acariciar tua mente
Mais que de repente
Contornar a tua face
Tornear os lábios teus
Afagar os teus cabelos
Percorrer com os dedos meus
Fazer viver a esperança
Que perpetua na lembrança
De teu rosto e o meu
Sussurrar em teu ouvido
Sem dor ou sem gemido
Frases que ocultei
Dizer que me libertei
Das algemas do passado
Que quero viver a teu lado
Que para sempre serei
Mais verdade que sonho
Mais refugio que fuga
Mais abrigo que adeus
Dizer que te amo mil vezes
Olhar nos olhos teus
Mas você está dormindo
Ou é mais um sonho meu?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Maria Goreti

ADEUS OU ATÉ BREVE!

Foi com imensa tristeza que recebi a notícia do fim do site Poemas de Amor.
Não tenho entrado para postar meus escritos nem, tampouco, tenho deixado aqui comentários para os textos lidos, porém tenho vindo sempre que posso para lê-los.
Acontece que havia perdido minha senha e não estava conseguindo recuperá-la.
Passei por momentos maravilhosos aqui, fiz muitos amigos, mas a vida pessoal às vezes exige que nos afastemos por uns tempos. Alguns momentos difíceis, de perdas significativas, minha mãe foi a maior de todas elas, mas a vida segue seu curso. E, finalmente, consegui entrar aqui. No entanto, deparo com a mensagem de Miguel Duarte. Que pena!
Deixo aqui o meu carinho, o meu fraternal abraço, a minha gratidão pelas amizades que aqui fiz e que deixarão saudades e recordações para todo o sempre.
Obrigada Miguel Duarte e Fernandinha pelo carinho e consideração, que sempre recebi de vocês.
Adeus... ou, até breve!

Um grande abraço,

Maria Goreti Rocha

Foto de Paulo Gondim

Saudade fria

Saudade fria
Paulo Gondim
17/11/2014

A inquietude de meu pensamento
O pulsar acelerado de meu peito
Um sonho desfeito
Um descontentamento

São assim meus dias sem ti
A lembrança boa de teu beijo
O despertar de meu desejo
De tudo que contigo vivi.

As noites são longas e o frio doído
Me fazem perder o sentido
E o sono não vem
E meu pensamento foge
Viaja por estanho caminho
À tua procura, sem fim
E me vejo mais uma vez assim
Desoladamente sozinho

Aí, me vem a lembrança de teu sorriso
Que me levava ao céu, ao paraíso
Quando me envolvia em teu abraço
Me fazia esquecer o cansaço
Era tudo o que tinha e agora preciso

Mas tudo acabou e você partiu
Um adeus frio e curto se ouviu
E seu vulto apagou-se na curva do rio
E me restou a mágoa, a dura realidade
A perda sem qualquer possibilidade
De reaver seu amor, sua companhia
Me restou apenas a saudade dolorida e fria

Foto de lua-verde

Saudade....

Chegou a hora de dizer adeus, definitivamente, a este cantinho... Que carinho especial eu tenho por ele. Aqui entrei há 5 anos atrás, numa das fases mais difíceis da minha vida, após a morte do meu querido pai. Nunca imaginei o que iria viver neste espaço. Aqui reencontrei pessoas que já tinha por perdidas... Aqui amei muito, sorri, sofri, chorei... Conheci corações como o meu que me ajudaram, com as suas palavras, a ultrapassar momentos menos felizes. Fiz amigos e amores que levarei para sempre no meu coração, na minha alma sonhadora...
Deixo aqui o meu último poema que representa muito do que sou e do que aqui vivi. Perto ou longe, que a vida vos sorria a todos vós, queridos poetas que, como eu, têm uma maneira diferente de sentir este Mundo... Que a nossa "Lua" continue "Verde"....Sejam muito felizes!

Saudade

A minha saudade tem cor e cheiro
Tem sonho, momento, pele de criança
É vida a pulsar numa lágrima de lembrança
Uma bola de sabão num carrossel de pujança

A minha saudade tem voz, melodia
Embalo de velhinho, num coração a nascer
Uma história contada, tecida nos nós da vida
Um berço debruado no sorriso do amanhecer

A minha saudade tem o mel da descoberta
O primeiro beijo nas asas de um sonho menino
Um toque, um perfume, um corpo tão puro
Duas almas a dançar num poema a dó maior

A minha saudade tem o toque de dois ventres
Duas fontes de cristal a quebrar o entardecer
Lágrimas limpas em lagos de ternura
Brincadeiras sem sentido num mundo por medida

A minha saudade lembra ondas de cetim
Uma ilha, um porto, seguro num olhar
Ternura, magia, no último acreditar
De quem tem fé num mundo por inventar

A minha saudade é um rio preso nos teus olhos
Um furacão que se rende, um tumulto de sentidos
Uma dor que massaja num desalento da alma
Num sabor a fogo dos sonhos incumpridos

Lua-Verde

Foto de guilitwinski

Despedida

Branco papiro de diodos
Espero que seja forte
Pois minha despedida
Não é como de outros

Traduzindo o choro da alma
Transbordando na esperança
Que se deixe ir
Que se vá

O caminho diário lembra-te
Os casais, penso em ti
A idosa, penso em nosso futuro
Mãos dadas erradas, mas de jeito bom

As orbitas sentimentais de um nerd
Hora homem outrora menino e jaz mulher
A lua orbitava perfeitamente a terra
Quem dera,
Leis de uma astrofísica bandida

Adeus, não me importa palavras bonitas
Minhas lembranças, belas e tristes suprem as palavras
Essas palavras hoje, são para mim
São para poder respirar, existir e persistir.

Medo de um futuro sem ti
Tristeza de uma vida sem
Sem, ausência e o novo
Novamente, será se você existirá?
Eu sim existirei, me apego a coisas bobas
A morte eminente já está
O agora é o futuro.
Passado é um aprendizado, apenas isso e nada mais,
Ou deveria ser

O sábio tempo que molda montanhas em planícies
Que esculpe belezas e estingue dúvidas
Separa continentes, sim o tempo separa.
A força necessária para vencer o tempo, não tivemos
uns mais fortes, porem não o suficiente.

Foto de Alexandre Montalvan

Pedaços de Vida

Pedaços de Vida

Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.

Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.

Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.

Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.

Alexandre

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