Blog de guilitwinski

Foto de guilitwinski

Poético

Na descomunal montanha versada
um castelo jubiloso no afável alvorecer
Roteando-o um jardim de flores,
incontáveis, estende-se para a ventura

o desfecho é recomeço
rasto fresco esparrado
O coração pulsa, a carne ebuli
vibrante, leviana

demasiadamente a frente
o tenro Predomínio
a babel frenética
da imparciável transgressão

a assertiva do novo caminho
por hora fresco
agarrado a pele
futuro Anfigúrico, porem poético

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Abolição

Adestrar-se com tempo que lhe sobra
Pandarecos adaptam-se em mosaico
A busca é em vão ou imposta
O deleite é resposta do pranto

O armistício acende em nirvana
Abate-se lubridiado no efêmero gozo
Nas desertas noites escuras
Traído pelo bastardo ensejo

O âmago sustenta o passado
Futuros afagos replicam no velho
O horizonte enclausurado na queixa
Deslembrar, árduo, vigente.

Foto de guilitwinski

Ventura

Montanha russa, roleta russa
a nuca é desejada
meus dias caminham entre as noites
noites mal dormidas e bem vividas

Alma é o afago dos fracos
a carne é quente e viva
o ser é tão paralelo quanto a vontade

Torna-se mente sem mentir
torna-se melhor em um egoismo intimo
em um sacrifício altruísta para o eu

Torna-se futuro, fazer presente
receber de presente o desejo a carne
por ventura uma nova alma

se for bem aventurado

Foto de guilitwinski

Despedida

Branco papiro de diodos
Espero que seja forte
Pois minha despedida
Não é como de outros

Traduzindo o choro da alma
Transbordando na esperança
Que se deixe ir
Que se vá

O caminho diário lembra-te
Os casais, penso em ti
A idosa, penso em nosso futuro
Mãos dadas erradas, mas de jeito bom

As orbitas sentimentais de um nerd
Hora homem outrora menino e jaz mulher
A lua orbitava perfeitamente a terra
Quem dera,
Leis de uma astrofísica bandida

Adeus, não me importa palavras bonitas
Minhas lembranças, belas e tristes suprem as palavras
Essas palavras hoje, são para mim
São para poder respirar, existir e persistir.

Medo de um futuro sem ti
Tristeza de uma vida sem
Sem, ausência e o novo
Novamente, será se você existirá?
Eu sim existirei, me apego a coisas bobas
A morte eminente já está
O agora é o futuro.
Passado é um aprendizado, apenas isso e nada mais,
Ou deveria ser

O sábio tempo que molda montanhas em planícies
Que esculpe belezas e estingue dúvidas
Separa continentes, sim o tempo separa.
A força necessária para vencer o tempo, não tivemos
uns mais fortes, porem não o suficiente.

Foto de guilitwinski

Ermo

Na grande montanha nevada,
Um casebre, desventuroso na pálida névoa.
Ao lado esquerdo, uma vereda espalha-se,
Até a base do fardo nevado.

No prelúdio da trilha ainda há rastros,
Subida linear e remate disforme.
A casinhola ainda pulsa,
Pulsar sonso, leviano.

Ao lado direito, o breu da bruma,
De um versejador otimista.
Da imperfeição de juízo,
A irrevogável direita.

A Destreza de um destro caminho,
Ora direito e outrora obsesso.
Por hora, cravado à brasa em pele,
O findo rogado, inevitável êxodo.

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