Pedaços de Vida
Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.
Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.
Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.
Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.
Alexandre