Acidente

Foto de Tatiana soares de almeida

Humano Animal

Como está?!!!

Eu estou bem, começando este blog, cheia de coisas a dizer... e ao mesmo tempo sem saber como começar... Bom, mas vamos lá! Acho que o mais correto seria ir direto ao assunto, dizer o porque vim.
Vou estar aqui diariamente (pelo menos é o que pretendo) escrevendo coisas sobre cotidiano, amor, pessoas, relacionamento, família etc., e será um prazer ter sua CIA. Aqui comigo.
Welcome!
Hoje vou começar falando do Vôo 447, até porque não tem mais nada neste momento que seja mais esplanado do que este acidente, e junto com isso vou falar também da insensibilidade de alguns seres humanos.
• Estava lendo no site #$%@@% ontem a tardinha sobre os últimos fatos das buscas, os corpos que foram achados, as partes do avião, os pertences etc., vi algumas fotos também e confesso ter ficado emocionada ao pensar na tamanha dor que estes familiares estão sentindo, perder alguém é sempre muito dolorido, acredito que seja ainda mais doloroso quando se trata de uma tragédia como esta, li toda a reportagem, vi as fotos, e no final da matéria havia um espaço para se deixar um comentário. E eu, claro, que fui lá para escrever algumas palavras de conforto para os familiares que fosse ler, antes fui dar uma olhada no que alguns internautas já haviam escrito, e pasmem, para minha surpresa os recados eram a maioria de deboches, de piadas sem noção, impróprias do tipo “ Agora só faltam 200 corpos..” a moça (não sei se chamo de moça ou animal) fez este infeliz comentário quando foi anunciado que já haviam encontrados 28 corpos (Na aeronave haviam 228), e outros como este do rapaz que fez uma piada infeliz “Em Portugal, caiu um avião e morreram 500 pessoas. Foram 250 no acidente e mais 250 na reconstituição ....” e de mais de 90 recados ali postados mais da metade se trata dessas piadas, brincadeiras de mau gosto, agora parem e pensem, onde está o coração dessas pessoas?? Não há sentimento?? Ou pelo menos respeito?? Fico triste em viver em um mundo em que as pessoas são tratadas assim, sem amor, sem respeito uma pelas outras, triste de ver que o ser humano não passa de um animal e que por vezes não é nada racional, e eu que fui lá para mostrar meu lamento por todos que morreram,saio deixando a minha dor por todos os que estão vivos assim como eu, e que podem ler estas barbaridades.

Meu coração que ainda bate, que ainda tem sentimento lamenta viver em um mundo assim.

Foto de Carmen Vervloet

Acidente com o Air Bus rumo à França

Acidente com o Air Bus rumo à França

Numa curva do tempo
a morte constrói sua armadilha
sem dó, nem piedade,
sem respeitar idade...
Rouba projetos, sonhos, vidas,
tantas vidas...
Leva as almas,
joga os corpos no mar
sem se preocupar...
Deixa no âmago das famílias
feridas sangrando dor...
Deixa o vazio, a tristeza,
deixa insegurança e a certeza
da brusca separação.
Qualquer ato agora será em vão...
Palavras são levadas ao vento
não aliviam o tormento,
nem acordam qualquer ilusão!
Restam apenas
as boas lembranças
e a esperança
do reencontro
numa outra curva do tempo
em outra dimensão...
Por hora só lágrimas
lavando dor
e lamentação!

Carmen Vervloet

Foto de himesama 2009

Porque o sofrimento?

Já tentei entende o motivo de tanto sofrer de algumas pessoas... dentre elas, o de minha avó, que está acamada há mais de 4 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Lembro-me tão bem de minha avó, quando ainda gozava de saúde.

Ela sempre foi uma mulher guerreira, alegre, gostava de "prosear" conforme costumava dizer, com as pessoas que passavam em frente à sua casa. Ela ficava longos períodos alí, na área da frente, sentadinha em sua cadeira e as pessoas que por alí passavam, gostavam de conversar com ela. Ela sempre foi uma pessoa muito sábia. Tinha sempre a palavra certa, na hora certa. Foi ela quem, praticamente, me criou, até os meus quase 2 anos de vida. (Minha mãe havia ficado bem doente e precisou ser internada para um longo tratamento e então, essa mulher extraordinária, que é a minha avó, ficou comigo e com minha irmã e de nós duas cuidou, com tanto esmero e cuidado... Levava-nos à igreja todos os domingos... cuidava da gente quando adoeçíamos (lembro-me bem de seus cházinhos caseiros... de seus xaropes tb caseiros... Quanta sabedoria naqueles cabelos brancos! :-)

Uma mulher cristã, de base firme e que sempre lutou com a vida! Quando pequena era trabalhadora braçal, na colheita de algodão, café e feijão. Quantas estórias a minha avó me contou? Eu até perdi as contas... (Suspiro) E elas eram sempre recheadas de muita emoção, suspense e que sempre nos ensinou muita coisa...

Ah vózinha... Nosso "bunê branco" como costumamos chamá-la (por conta de seus cabelos brancos, que teimaram em nascer, logo, ainda em sua mocidade ( e a quem eu puxei... (rssss) (Não fosse o fato de eu tingí-los, com certeza estariam bem grisalhos... Não que eu me importe, mas... hoje em dia, a aparência conta muito... não é? Principalmente no campo profissional...) Vózinha querida! Como nós queríamos que você pudesse conversar com a gente! Como você sempre fazia! Como achamos falta de seus conselhos... Do som de sua risada... De sua voz doce e meiga e nos desejar um bom dia quando íamos para a escola ou para o trabalho...

Hoje a senhora está travada, naquela cama hospitalar, (embora em casa), com aquele "ferrinho" na garganta (traqueostomia), não podendo mais se comunicar conosco... Sabe vó... Isso dói tanto em todos nós... Também o fato da senhora estar sendo alimentada, através de uma sonda estomacal... desde então... Embora tudo isso vó, e, muito embora uma boa parte do brilho de seus lindos olhos verdes terem se apagado... A senhora continua linda! Linda como nunca! Lembra-se vózinha... que eu sempre dizia à senhora, que, quando ficasse velhinha, queria ser tão linda como você? E você sorria, encabulada. Balançava a cabeça e dizia: -"Ora! Imagine só!! Eu?? Linda???" E enrubescia.

Aiiii! Que linda!!!!! Que linda que vc ficava vó!! Assim, ainda mais corada do que já era... (por ser descendente de franceses) Sua pele... sempre tão linda e acetinada... E ainda hoje, apesar do avanço da idade, (hoje a senhora tem 97 anos), continua com a pele bonita. Algumas rugas? Claro! Impossível seria se não as tivesse, mas, devido ao fato de estarmos sempre a hidratando, com Óleo de Girassol (Dersani) você continua dona de uma pele inigualável. Até brincaram com você lá no hospital? Você se recorda vó? Falaram que a sua perna era mais bonita que a de muitas enfermeiras! (rsssssss) :-)))))

Vó! Você é uma mulher valente! Forte! Os médicos disseram que a senhora somente sobreviveu àquele AVC porque você tinha muita vontade de viver! Somente por isso!

Eu sabia vó... que você não iria desistir assim, tão facilmente... E se você ainda continua entre nós, é porque Deus tem um propósito. O qual ainda não sabemos... mas eu sei que um dia vamos entender o porque!

Uma das coisas que me ocorre é que talvez, através disso tudo que aconteceu e que mudou radicalmente as nossas vidas, é o fato de Deus querer desenvolver em nós todos a paciência, a calma em todas as situações e a continuarmos firmes em nossa fé, aquela mesma que você nos ensinou. Há um versículo na Bíblia que diz que Deus não dá nada que não possamos suportar e que Ele nos dá o livramento. Nós louvamos a Deus pela sua existência, querida vózinha! Vózinha do nosso coração... Mulher amada e fabulosa!
Mulher que jamais mediu esforços para bem cuidar de seus filhos, netos e bisnetos. Lembro-me tão bem quando nasceu o seu primeiro bisneto vó! Você ficou tão orgulhosa!!! :-)
Depois vieram os outros... Dois deles, meus filhos... Que hoje já são homens feitos... E que também te amam muito vó. Eles a chamam de vó bisa né?? (rssss)

(Suspiro)

Vó... Eu não sei por quanto tempo ainda você estará entre nós, mas eu queria deixar aqui a minha homenagem à você, mulher incomparável e de quem eu sinto tanto orgulho em ser neta! Agradeço-te por tudo o que você me ensinou, ao longo de minha existência e espero, sinceramente, poder ter pelo menos 1% de sua garra, de sua força, para poder enfrentar todas as dificuldades, lutas e obstáculos que a vida nos reserva! Minha oração a Deus é que você, no dia de sua partida, rumo ao seu lar eterno (o qual, tenho a certeza de que Deus já preparou para a senhora, com ruas de ouro e rubis) você chegue lá, feliz e realizada! Sabedora de que cumpriu perfeitamente o seu papel de mulher, esposa, mãe, avó, bisavó, além de amiga fiel, conselheira fabulosa, boa vizinha. Enfim: a pessoa mais maravilhosa que eu jamais conheci!

Te amo de montão minha querida avó Olívia!

Que Deus tenha misericórdia de ti e te dê a paz!

Amém.

(com todo o amor e carinho de sua neta,

Himesama 2009)

Foto de pttuii

:-)

Quando fecho os olhos e penso em rosas, sabes que consigo falar contigo? Lembrei-me de escrever rosas, como sinal de compromisso. Declaro que não é a fantasia que me move ao escrever estas linhas. Simplesmente sinto necessidade de o fazer. Devo-o ao lote de emoções que tu me despertas.
Escrever uma carta para demonstrar admiração, não é daquelas coisas que se fazem de propósito. Simplesmente acontecem, e trazem sempre consigo o inevitável sorriso. Daqueles de orelha a orelha, que nos deixam confiantes na saúde mental do mundo que diariamente nos martiriza.
Leio-te, na mesma medida em que ouviria a tua voz se ela fosse uma constante na minha vida. Entre os espaços das palavras que usas como artilharia pesada na invasão que, diariamente, fazes ao meu mundo, encontro(...), provavelmente deverias ser a última a saber disto.
Mas acredita. O único seguro contra todos os riscos a quem eu me confiaria, és tu. Não tens apólices escritas a letras pequenas. Em caso de acidente, estás sempre lá e pronta a devolver o montante perdido, em duplicado. E, acima de tudo, sinto que és um repositório riquíssimo de cheiros. Incensos a vida, frugais essências de paixão, e uma completa gama de perfumes raros. À distância, invades os meus cinco sentidos com odores de tranquilidade. Deixas-me tranquilo, seguro de mim, e capaz de criar.
No meio de tempestades, de inseguranças, de periclitantes mostras de estabilidade mental, encontro em ti a âncora que preciso. À luz do medo que sinto em perder-te, aqui declaro que te admiro. Não, a tal palavra não cabe nesta declaração. Nem quero que ela aterre aqui vinda do nada, e depois sirva para implodir tudo o resto que eu já tive coragem de escrever. Além do mais, confio pouco nessa palavra. Vejo-a mais como uma demonstração de vontades ficcionais, e não de desejos reais.
Concluo, desejando que estas palavras te tomem na plenitude do teu ser. Vê-me como um invasor pacífico. Quero assumir o controlo dos teus impulsos, e aperfeiçoá-los. Para mim, seria uma alegria ver-te como um ser total e completamente seguro de si, que me vê como um porto de abrigo.

Foto de Ninah

Amor versus Amizade

Pedro e Gabi eram amigos de infância.
Sempre estavam juntos, eram como irmãos.
Passado algum tempo, Pedro e Gabi cresceram e se tornaram dois jovens.
Devido a uma fatalidade o pai de Gabi havia morrido.
Naquele momento Pedro e Gabi ficaram mais unidos do que nunca.
Pedro então, começou a perceber que estava sentindo uma coisa diferente por Gabi. Mas imaginou que só estava se sentindo assim por causa do momento.
Passado um mês, Pedro não se aguentava mais, pois aquele pequeno sentimento por Gabi havia crescido rapidamente.
Então, resolveu que contaria a Gabi, aquele sentimento que ele sentia por ela.
Mais sempre quando chegava na hora, ele dizia tudo menos que amava ela, mas do que amiga.
Pedro adorava motos.
Um certo dia, Pedro criou coragem e convidou Gabi para ver o Pôr-do-sol. Ele resolveu que seria o momento perfeito para se declarar para Gabi.
Gabi aceitou o convite.
Pedro feliz da vida rapidamente pegou a primeira moto que viu na garagem e saiu com Gabi.
No meio do caminho Pedro começou a andar rapido e Gabi começou com medo. E disse:
- Pedro por favor ande devagar...
Pedro respondeu:
- Só se vc me abraçar bem forte e dizer que me ama.
Gabi rapidamente o abraçou, bem forte e disse em seu ouvido que o amava.
Na mesma hora Pedro gritou:
-GABIIIIIII EU TE AMOOOOO.
Com os olhos cheios de lágrimas, Gabi gritou:
Eu tambem te AMOOO MEUUU AMOR.
Gabi soluçando, disse:
- Pare onde estamos por favor pôs quero te beijar, quero te abraçar. Meu grande amor.
Com lagrimas nos olhos Pedro disse:
- Só paro se vc tirar meu capacete e colocar em voce.
Gabi rapidamente fez o que Pedro lhe pediu.

Na manhã seguinte...
Uma notícia é dada na televisão.
Dois jovens sofreram um acidente.
Que deixou uma ferida e o outro jovem de 19 anos. MORTO...

O que aconteceu?...
Pedro quando viu que os freios da moto ñ estava respondendo, ele fez o que pode para ter sua amada naquele momento, e depois que ele viu que ñ tinha mais jeito, fez uma escolha entre a sua própria vida e a vida de seu grande amor...

Moral?!
Faça o que tiver de fazer hoje porque o amanhã é incerto.

[Adptação]

Foto de Osmar Fernandes

O medo

O medo

“O medo é o maior inimigo do homem. Ele está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento em sua mente, e você tem medo dos seus próprios pensamentos.
Se você tem medo do fracasso, dedique sua atenção ao sucesso. Se você tem medo de um acidente, pense na orientação e na proteção de Deus. Se você tem medo da morte, pense na vida eterna. Deus é vida e esta é a sua vida agora. (“Dr. Joseph Murphy).”
Jesus, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e velai comigo. E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto,orando e dizendo: Meu pai , se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. E, indo a segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu beber, faça-se a Tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados. E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. (Mt. 26:37 à 46).
Jesus, o Salvador do mundo, também sentiu o medo, o medo da morte. Todo mundo sente ou já sentiu algum tipo de medo na vida. Existe o medo normal e o medo anormal:
O medo normal é bom, traz perfeição e responsabilidade. Quem já não sentiu medo de falar em público? Quem já não sentiu medo de viajar de avião? Quem já não sentiu medo de andar de elevador? Quem já não sentiu medo de dirigir? Logo, o medo normal fortalece e deixa a pessoa mais atenta e criativa... e naturalmente a transforma em vencedora.
Por outro lado, o medo anormal é fatal. A síndrome do medo obsessivo vem de traumas da infância, complexo de inferioridade,frustração, estresse, insegurança e outras causas. O medo que apavora enlouquece ou mata. Quando alguém chega neste estágio do medo, precisa urgentemente, de ajuda médica, de preferência, um especialista no assunto.
O medo também é um estado mental, tanto negativo, quanto positivo, e vai predominar aquele no qual a pessoa acreditar, obviamente. Mas, é bom ficar atento, tomar cuidado, porque nem tudo o que a gente vê, é o que realmente pensou que viu...
“E, à quarta vigília da noite, dirigiu-se para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: HOMEM DE POUCA FÉ, por que duvidaste? E , quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.” (Mt. l4:25 à 33).
Um neto disse à sua avó:
- Vó, eu te amo! Mas, quando você morrer, não vou ter coragem de me despedir da senhora no velório. Tenho medo de velório, de gente morta, de caixão! Dá-me arrepios só de falar nessas coisas horrendas. Tenho mais medo de velório e gente morta que o diabo da cruz!
A vovó, Mainha, lhe respondeu, dizendo:
- Leitinho, não precisa ter medo de morto, morto não pode fazer mal a ninguém. Eu te amo muito, jamais lhe fiz mal algum em vida, e prometo-lhe por tudo o que há de mais sagrado entre o céu e a terra, que, em hipótese alguma lhe farei mal, estando eu morta. Vou lhe confidenciar uma passagem da minha vida: Eu também, na sua idade, entre doze e treze anos, tinha muito medo de defunto, não suportava nem ouvir falar de morte. Mas, num belo dia, sua bisavó me ensinou uma simpatia para que eu perdesse este terror. Isso já faz alguns anos, e como ela me mandou fazer, fiz, e nunca mais senti o pavor de velório, de gente morta, enterro, etc. Portanto, vou lhe ensinar também, e se você cumprir à risca, nunca mais sentirá este medo pavoroso. Você vai fazer o seguinte: Ao falecer um grande amigo, ou um parente de primeiro grau, vá ao velório, aproxime-se do caixão e beije a planta do pé direito do morto, por três vezes consecutivas, sem receio, e mentalmente, ore a oração do pai-nosso. Não comente isso com ninguém, nem mesmo com a mãe; e jamais sentirá medo de defunto outra vez.
Algum tempo depois, sua vovozinha veio a falecer, e o menino, lembrando-se da simpatia que ela lhe havia ensinado, a fez, à risca, conforme o dito de sua vó. O medo sumiu... Foi enterrado junto com ela. Nunca mais teve aversão ou pavor de gente morta fosse quem fosse: um amigo, um parente ou simplesmente um estranho. Alguns anos mais tarde, Leitinho tornou-se o proprietário da funerária mais requintada e mais importante de sua cidade e região, tornando-se rico e respeitado em toda a Comarca. Todo dia dois de novembro, dia de finado, a capricho, leva para sua vovozinha uma coroa de flores. E diante de seu túmulo lhe agradece dizendo:
- Vovó eu te amo muito, se não fosse o ensinamento e a simpatia que você me ensinou, não sei o que seria de mim e de seus bisnetos. Fique com Deus eternamente... Até um dia.

Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de Graciele Gessner

A Morte. (Graciele_Gessner)

Como é complicado escrever sobre a morte, ainda mais quando muitos afirmam que a morte é algo natural da vida. Penso que não estamos preparados para a perda dos nossos entes queridos.

Nascemos, crescemos e acreditamos que jamais iremos morrer. Mas por incrível que pareça um dia, a morte bate na nossa porta e avisa que chegou o nosso momento.

Há quem diga que temos a hora e a data marcada para este momento. Como se tivéssemos dia, hora e ano para nascer e morrer. Já pensou?

Creio que a morte é apenas uma passagem para um lugar muito melhor. A morte é o momento de nos despedir de quem deu a sua contribuição na história da existência.

Quando nascemos somos paparicados com muita alegria e emoção. Quando morremos somos lavados com as lágrimas dos nossos queridos familiares, amigos e conhecidos.

Como é contraditório o momento que nascemos e morremos. Viemos ao mundo, crescemos, evoluímos e acreditamos que somos capazes de viver eternamente. E quando percebemos, a vida é curta e precisamos valorizar os pequenos momentos que nos restam. Questionamo-nos o que podemos encontrar após a morte? Talvez encontre um lugar que possamos viver uma nova vida.

Por fim, a morte sempre será uma incógnita.

12.06.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Nota: Inspirado nas minhas condolências à uma mãe que perdeu o seu filho num acidente de automóvel.

Foto de Carmen Lúcia

Desfile das Flores

Num reino encantado de olores e cores,
Onde a fantasia sugere poesia,
Desfilam faceiras, abertas aos amores,
As flores mais belas do “Rancho das Flores”.

Vem a margarida, tão cheia de vida,
Com saia de pétalas, girando, atrevida,
E a orquídea esnobe, altiva e rica,
Lembrando a nobreza da corte esquecida.

Agora...suspiros...rubores...pudores...
Maria-sem-vergonha, de ardores, fulgores,
Tão discriminada, até ultrajada...
Porque dá à toa...Que triste! Coitada!

Logo em seguida, o lírio do campo,
Com sua pureza, vestido de branco,
Recompõem-se as flores num clima de paz,
Recobram os valores, a moral se refaz!

A um certo perfume...silêncio total...
É a dama-da-noite, beleza fatal...
Atrás dela o jasmim, que saiu do jardim
Para a dama aplaudir...e sonhar...e sorrir...

E no ar, de repente, um calor eloqüente,
Faz as flores tremerem, suores intermitentes
Exalam fragrâncias,ao vê-lo à distância...
É o amor-perfeito com um cravo no peito.

Brilhante, qual estrela, a papoula vermelha,
Com “caras e bocas” pra quem quiser vê-la,
roubando olhares, a tulipa amarela,
Com sua postura,elegância... beleza singela.

Ponto alto da festa, momento de esplendor...
Violetas dançaram “Valsa do Imperador”!
Não se apresentaram as viçosas açucenas...
Perderam-se nos caminhos por conta das cantilenas.

Chegaram as onze-horas, colorindo a passarela,
Dando passagem a ela...à rosa... flor mais bela...
Curvaram-se todos em respeito à donzela,
Rosa rainha...e os espinhos... sentinelas!

De repente...um acidente...Noticia a bromélia:
-Caiu de cima do galho, a insinuante camélia!
Um chourão choramingando surgiu do jardim,
Com uma placa na mão anunciava:Fim!

_Carmen Lúcia_

Foto de Civana

Ame a Vida, reflita!

Hesitei em postar esse vídeo, pois nosso site é sobre poemas e textos de amor. Mas é justamente por pensar no amor e todos os sentimentos que o envolvem, que resolvi postar, afinal, devemos refletir e ter mais responsabilidade com todos a quem amamos (parentes, companheiros e amigos), essas pessoas especiais que nos dão força e inspiração para compormos.

Esse vídeo me chocou quando assisti pela primeira vez, rodou pela internet com algumas informações erradas, pesquisei e resolvi editar como mais um alerta para refletirmos. Ele foi a terceira campanha de segurança rodoviária encomendada pelo Conselho Nacional de Segurança e Departamento do Meio Ambiente, na Irlanda do Norte, e apoiada pela AXA Seguros.

O nome da campanha é "Danos" (Damage), e sua principal mensagem é "Sem Cinto de Segurança, Sem Desculpa" (No Seatbelt, No Excuse).
A intenção era de atingir o maior número de pessoas possíveis, e conscientizá-los da importância do uso do Cinto de Segurança, inclusive nos bancos traseiros.

O fato de não usar o cinto de segurança, não se trata de mera opção individual, mas sim do maior ato de egoísmo que alguém comete num veículo, principalmente com os demais ocupantes, pois um corpo projetado pode causar DANOS irreversíveis ao se chocar.

Editei fazendo uma montagem no vídeo com a versão original da música no início e fim, e cenas felizes do próprio vídeo. "Do That to Me One MoreTime" é um clássico de 1980 com Captain and Tennille. Até a música escolhida foi brilhante, com certeza depois de um acidente com vítimas, dificilmente terão a chance de "fazer algo uma vez mais".

(Civana)

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