Triste, muito triste, 07/07/2006.
Foram tantos os caminhos que juntos percorremos, tantas alegrias, tristezas e delírios cúmplices que custo a definir e até a acreditar que é uma realidade. E tudo o que perdemos não há de se recuperar.
Então, começo a lembrar, de como é doce o teu sorriso e meigo o teu olhar, das brincadeiras e ao mesmo tempo de toda a seriedade, porém, o tempo passou e cobrou de nós a veracidade dos nossos sentimentos e hoje, por mais juntos que estivéssemos a magia do amor se desfez pelo atual momento.
Infelizmente, em você, a dúvida ferrenha e atroz conduziu-te a esse sentimento de separação, o que, não sei, talvez, seja o melhor caminho para nós.
Sempre tentei ter tudo o que quis e sempre quis sentimentos verdadeiros, mas antes queria ser e te fazer feliz, por isso queria a tua certeza, a tua sinceridade para não viver com meus sentimentos na clandestinidade.
Não sei se dou um sorriso ou se choro, não sei o que me magoaria mais.
Ontem eu era um homem feliz, acreditava ter alcançado o amor infinito.
Hoje, sou somente um ser que sofre, olhando o passado.
A vida é rude, mas o mundo não perdoa nossas falhas e, não me envergonho de me arrepender , e não te esqueças que erros, todos cometem.
Analisando todo esse período de tempo desde que nos separamos, aprendi que o homem ou a mulher não pode viver sem esperanças, não importa qual seja, e vivo na esperança de ter você.
A única arma que possuo são estas minhas palavras e, sozinhas, bem sei, não pode, ela sair e lutar.
Não podem permanecer contigo em regalia se por teus olhos não puderam penetrar mesmo que não existam.
De repente, sinto muita saudade.
Ela chega, se instala e, não há como evitar o seu domínio.
Ela em mim desperta ansiedade, inquietude, agonia, ela me faz sofrer, mas se eu parar e olhar por outro ângulo, não é bem assim.
Entendo apenas que a sua presença de felicidade nos vem falar, ainda que represente uma ausência e possa até nos fazer chorar.
Mas tentar em palavras defini-la, eu acho impossível, na verdade, tudo o que sei é senti-la e que seu nome é saudade.
Outrora chorei, chorei muita a ausência de alguém que jamais sequer pensei em perder, não conseguia viver. Graças a Deus, consegui soltar as amarras que me prendiam e me desfiz das enormes correntes que me impediam de viver.
Um dia, depois de tanto chorar, sorri, sorri pois te encontrei, estendi minha mão ansioso esperando que tua mão amiga me ajudasse a sorrir um pouco ou pelo menos secasse meu pranto.
Hoje, ainda tento alcançar essa mão que me foge a cada passo, isso, se eu conseguir alcançá-la.
Se eu conseguir, hei de bem forte estreitá-la e te prender num abraço.
Porém, tenho medo de um dia querer poder sentir saudades dos seus carinhos, e ver que me é impossível.
De querer um dia poder sentir saudades dos seus beijos e ver que estou sonhando e sonho não é realidade.
Eu queria um dia vê-la feliz ao meu lado, pois dentro de mim há uma esperança infinita.
Eu queria um dia poder sentir a alegria do reencontro, mas o encontro ainda não aconteceu. Eu só queria, em apenas um instante, poder ser o seu mais belo sonho.
Eu queria ser a estrela de uma noite de verão que você achasse mais bonita.
Assim, o meu brilho se encontraria com o seu olhar.
Eu queria um dia ter a certeza e parar de apenas sonhar, para poder sentir a alegria da realidade e o meu desejo se tornar o seu. Mas, mesmo assim, penso nos momentos de nós dois.
Nos momentos em que me fizeste feliz.
Nos momentos em que brigas e intrigas não faziam parte de nós.
Nos momentos em que me fizeste o homem mais feliz do mundo.
Nos momentos de tristeza em que me consolavas,
Nos grades e poucos momentos de nossa vida em que conseguimos permanecer junto.
Nos momentos em que juntos conseguimos derrubar todas as barreiras.
Mas infelizmente, cansados, fatigados, faltou-nos forças para derrotar esta muralha que até o momento é a maior de todas e que tem conseguido nos separar.
Mas, mesmo assim, quero deixar aqui registrado o quanto é grande o meu amor por você.
Do seu e sempre seu Sérgio.
Saudades de Você Margareth F. Boaventura
Data de publicação:
Sábado, 8 Julho, 2006 - 02:36
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