A noite sai sem destino,
Com os cabelos sem forma
Roupas desalinhadas e amassadas
O que se passava comigo naquele instante?
Seria o medo constante de ficar só?
Talvez!
Todos os dias após o jantar
louça lavada, casa arrumada,
Fechava a porta e saia pela rua
Feito andarilhos, sem destino.
Em busca de algo que fizesse sentido
Algo que tivesse vida.
Por vezes caminhava,
Por vezes sentava-me em algum lugar
Pessoas aproximavam-se
na tentativa de me despertar-me
Daquilo que pensavam ser sono profundo, sem sucesso
Voltava sempre desanimada
Pois, jamais encontrei o que procurava...
Como diz aquele famoso ditado:
O único cego é aquele que não quer ver.