Blog de Thiers R

Foto de Thiers R

> Quadro carmim

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Quando olhei o lábio
pensei na fissura do
sangue coalhado
torneando quadro carmim
borrando a língua
resvalando cabelos
desarrumando tempo.
Caía a chuva in Bangladesh
pensei: Por que lábios entrecortados
na argola prendem meu pensamento?
maldita seleção de imagens
tornam obscuro meu caminhar
tortuoso tateio
sangro a palma da mão
o vidro...sangue pisado!
procuro olhos da boca
encontro a negritude dum
céu orvalhadamente devasso
encontro rebelde
aproxima-se a mão do vento
enternece castanha forma
impiedosa perfuma meus dedos
Estou perdido
nesta paixão reticente
em momento inadaptado.

ThiersRimbaud
>>Agosto
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Foto de Thiers R

isso é um Poema

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Isso é um poema
ThiersRimbaud>>

Levante, ande, atravesse ruas e acorde, a canção pede na esquina onde o moleque risca voz no pão dormido.
Eu? Sucumbo dores, me encolho e deslizo na coxa macia da bailarina gemendo...
Sou teu!
Não me pergunte, por quê? Não saberia responder, pois "sou teu" - dura segundos. pele perdida na epiderme
Isso é um poema.

>>

Foto de Thiers R

> O Discurso da Alma Atemporal

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Falamos de alma
e certamente todos temos...
Caio, Clarisse, tu e eu.
a minha vive o peso do cotidiano
da injustiça, da fome
e de certa tristeza que paira no ar.
minha alma chora convulsiva
a beleza de um quadro de flores
que não se abriram
A minha alma suporta notas
mesmo que tocadas nos temporais.
Minha alma é atemporal.
confabula com meu corpo
atravessa lâminas
partindo-me ao meio
porque apesar de possuir palavras
escritas no pergaminho
minha alma deseja cavalgar teu corpo
e cobri-lo indecente.
Minh’alma é agnóstica
vomita escárnio
e deseja a pérola rosada
que se guarda como concha
entre tuas pernas...
Sou um tanto de dor,
de amor e vagabundo
que no bar
passa mãos quentes
entre teus seios.

Thiers Rimbaud >>
2007>>

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Foto de Thiers R

> Pegando na rua

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ThiersRimbaud

abocanha rua
onde o frio corta
como navalha
treme sem perder a pose
mostra bunda
sente-se provocante
um peito se expõe e
tenta arrecadar
o jantar da noite,
a fralda da criança,
o aluguel...
mercadoria
foda apressada
tempo contado.
o próximo,
onde está o próximo?
peito caído enxertado de silicone
tempo passado
frio cortado
rua esvaziada
trabalho escasseado
quantas fodas
contabilizo nesta noite de lua esquálida?
inverno dos infernos
deixa um troco pra mim...
hora marcada
relógio contado
carro parado
alcoólica
gasolina
puta hora
esvaída
maquiagem cansada
porra fedendo
o troco, deixa o troco aí!
miserável nota desbotada
noite engolida
me fode

Setembro2007

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Foto de Thiers R

> Cantiga de amor em chuva

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Amei ouvir-te
in-tenso
ins tante
como fugir de um amor
se ele vem escorregando
como rio ejaculando veias,
riscando fósforos na escuridão?
Como correr de teus abraços
se tens perfume de paixão?
Como des /entrelaçar
se as pernas da rainha
beija-me voluptuosamente?
amo-te em dor minor
afinal em dor maior
não é amor
é apenas dor.

Thiers Rimbaud>>
2007
>>

Foto de Thiers R

>> Calidamente Balbuciei

Calidamente balbuciei

Era um pedaço, apenas um pedaço
de queijo branco na toalha negra
esparramada ao céu
sua beleza transcendia a vizinhança
era uma fatia dormida
na cama dos lençóis em sombras.
penso que a morderia
mas o medo de fazê-la sangrar
me intimidava.
Branca dominava o mundo
com vontade infinita
eu permitia que reinasse no silêncio
e espiasse palavras
que gostaria de pronunciar
calei-me.
Ali derramou em meu cérebro
sensual branco-azulado, rendi-me.
Doei-me no instante divino e
por momentos ficamos unidos em cópula.
Eu, a lua e nossos silêncios
os lençóis de sombra invejavam
beijos colados de beleza
cavalguei-a com carinho
e suado apesar do frio da noite de inverno
balbuciei calidamente
- sou teu! -
Fui, porque me dou inteiro
fechei olhos, bebi um copo d’água,
levantei a cabeça
ela se fora na escuridão
deixando-me a sombra por companheira
acendi a luz tendo ao lado
apenas negro teclado onde agora transcrevo
minha doce, terna e intensa noite de amor.

ThiersRimbaud>>
Agosto-4>
2007
>

Foto de Thiers R

>> Tépida Tez

Tépida Tez

Hoje acordei com gosto de alfazema
rosas e sedução na boca
estava só
dentro dos pensamentos.
nitidamente senti palavras
roçando-me a pele,
colando lábios quentes.
Pulei da cama com vontade de tê-las
O relógio gritava:
Você tem que ir...você tem que ir...
Vesti-me e saí.
As rosas duraram por todo dia.
trabalhei enebriado.
Juro, quero apenas encontrá-la
letra endiabrada
provocante e sedutora.
Quero lamber teus dedos
abraçar a tépida tez
palidez rósea e macia
vem que a lua nos espera.
enrolados comeremos maçãs
no pecado noturno
devorando e
transgredindo.

ThiersRimbaud>>
Junho2007>

Foto de Thiers R

>Incólume

Incólume

Paredes e ouvidos
supostamente ocos
gritam à dedos desvalidos.
aquela noite
ardia vermelha taça
na boca de teus seios
o cigarro parado queimava
enquanto veias entumesciam
era o maldito desejo a dizer:
quero-te!
quero-te no lençol sangrento.
quero-te na noite infernal.
quero queimar sem cinzas
abocanhar tua voz
na renda desenhada
de teu pensamento
perfurando histórias in contadas
e extrovertidas
às gargalhadas.
quero-te na ausência
do cheiro forte que exalas.
quero-te mordendo
até que possas saborear
cerejas desfazendo-se
em roucas letras
ainda por se formar
somente porque
esvaziaste e consumiste
o gole fatal.
sem entender o porque
estou limpo
lavado e barbeado
a espera de que algo aconteça.

ThiersRimbaud
25/2007
__Julho__
>

Foto de Thiers R

< Confabulando com A. Rimbaud > “o original”

>

- Penetra em meus dedos essa porção
e já não me vejo
por instantes sou uma in-cor.
O absinto derramado na mente
turva-se
espalha violento torpor
Em delírios ouço-me
minha voz conclama que desobedeça
Sou afável aos gritos
e cambaleante sigo em direção ao vídeo
pego o controle e clico – start!
respiro aliviado
Começava a entrar no inferno
e vejo-me vivo
essa parte de minh'alma não pode queimar-se
Hei de retornar aos prazeres
gozar tua pele tenra
macio prazer das noites
sob a pluma dos lençóis
Vem dama da noite
perfumar a dor venenosa
instalada no cérebro encoberto
que visualizo
Concluo que aquele maldito ecstasy
deve estar abrindo a porta
onde demônios habitam
desesperado corro à janela
abro-a e vejo o mar
caminhas atravessando ruas
sinto a aragem de tuas coxas
Sei que daqui a pouco
a campainha há de tocar

ThiersRimbaud >>

Junho/2007

Foto de Thiers R

> Um poema pensa e quântico suspira

ThiersRimbaud>>

Seria o amor uma mentira inventada
para nos deixar tristes?

- Suspira o pensamento
aquecendo triálogo.
inerte, a mentira espuma
quântico o amor corrói
convulsiva a tristeza chora.
Tríade convalescente
procura nas
pérolas encontradas
sabor exuberante
dum tema inexplicável
equação subliminar
onde a matemática inexplica
alisam testa paralisados dedos
gritando go home à
poemático problem

August – 9
2007

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