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- Penetra em meus dedos essa porção
e já não me vejo
por instantes sou uma in-cor.
O absinto derramado na mente
turva-se
espalha violento torpor
Em delírios ouço-me
minha voz conclama que desobedeça
Sou afável aos gritos
e cambaleante sigo em direção ao vídeo
pego o controle e clico – start!
respiro aliviado
Começava a entrar no inferno
e vejo-me vivo
essa parte de minh'alma não pode queimar-se
Hei de retornar aos prazeres
gozar tua pele tenra
macio prazer das noites
sob a pluma dos lençóis
Vem dama da noite
perfumar a dor venenosa
instalada no cérebro encoberto
que visualizo
Concluo que aquele maldito ecstasy
deve estar abrindo a porta
onde demônios habitam
desesperado corro à janela
abro-a e vejo o mar
caminhas atravessando ruas
sinto a aragem de tuas coxas
Sei que daqui a pouco
a campainha há de tocar
ThiersRimbaud >>
Junho/2007
Comentários
Thiers
Interessante este nome, conheço um Thieres, são incomuns, bacana encontrar mais um.
Adorei o teu poema, a tua linguagem é inovadora, agrega termos incomuns na poesia, mas normais do nosso dia-a-dia, no entanto um poema repleto de lirismo e emoção. Amei!
Soninha Porto
Soninha Porto
Agradecendo
Obrigado mmle Soninha, agradeço tão gentil comentário. meus poemas vem da escória, mas sou educadíssimo. Acho que a poesia é uma liberação e me liberto assim. Sem meias palavras, cuspo e peço desculpas aos que não entendem. Mas não posso escrever o que não sinto.
Agradeço suas rosas perfumadas