FORÇA ESTRANHA
Que é feito daqueles dias?
Quantas alegrias!
Lembras, amor?
Eu sabia te instigar.
Sabia te provocar.
Tanto, tanto.
Tu sabias que naqueles dias eu era riso e pranto.
Meu peito eu abria.
E tu me abrigavas.
Como se uma rolinha eu fosse.
Frágil.
Tão frágil.
E meiga.
Tu me abrigaste sob tuas asas fortes.
Meu gavião do bem.
Lembro também...
Dos nossos vôos.
Apesar de ser uma simples e indefesa rolinha eu não voava sozinha.
Te convidava.
E tu aceitavas.
Para nós, tempo, distância e tudo mais não incomodava.
Nunca incomodou.
Porque foi uma força estranha que nos aproximou.