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O céu se veste de luar... Agonizo
a falta do seu sorriso,
O peito se perde em mágoa
Os olhos se fecham rasos d’água.
O luar branco como a neve
entre as estrelas, tão leve,
assiste a minha dor
e sorrir, às vezes, parece.
A solidão me endoidece.
Oh! Noite escura, maldita!
Faz-me da tua beleza, um réu
Abre-se como uma renda
a cobrir o céu com seu véu,
eu a sangrar amargura
em tristes versos de fel.
De sofrer, minh’alma grita
Conto cada estrela que desce
O sol já está por perto
da lua então me despeço
agonizando esses versos
feito um noturno inseto
que não voa... Se rasteja
até que o dia amanhece.
(Sirlei L. Passolongo)
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