Apanhou no lixo uma boneca
Levou pra casa sorrindo
Seus olhos se encheram
De vida...
Deu a ela o nome de Aninha
Pediu a mãe um pano velho
Pra remendar o vestidinho...
Penteou o seu cabelinho
Amarrou sua única
Maria Chiquinha...
Não era uma simples boneca
Era o seu sonho de menina
Se fazendo realidade... Agora,
Era a luz da sua felicidade...
A boneca foi sua companhia...
Até ser levada por maldade
Alguém...
Muitas bonecas lhe prometeu
E hoje, é mais uma criança
Desaparecida...
E uma boneca era o bastante
Para seu mundo colorir.
Aninha...
Vive numa cama, triste...
A espera da menina
Que um vestido novo lhe deu.
(Sirlei L. Passolongo)
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