Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida
Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor
Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias
Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor
Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia
Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam
Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto
Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal
Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal
Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias
Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço
Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia
Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama
Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte
Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana
Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna
Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas
Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru
Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial
Duo: Salomé & Hilde
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(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.
O triste vento soprando neste dia de Outono frio,
Levando essas folhas caídas... secas e distraídas,
Ontem um vale de versos... e hoje um mero vazio,
Somente ficaram lamentos, sussurros e saudades
O vento soprando, levantando cada folha e palavra
Versos imortalizados no papel por a tinta sagrada...
E você meu doce poeta! com essa sua sensibilidade
Me lembrando de minha integridade e do tal contrato!
Vento sem destino... teu frio hoje alcançou meu corpo
Entre emoções e sentimentos em mi se imortalizando
Poemas e versos aí... o tempo parou e deixou de ser
Me questionando, me apontando, e eu sem querer...
Escrevi e sonhei no meu poetar... nunca quiz conquistar
Mas hoje face a face com mais que uma simples emoção,
Alma caída frente áquele que se diz meu eterno aprendiz
E você... navegando amor que soube me dar um coração
Sim, o vento hoje sopra com tantas palavras e poemas
E a emoção que naõ quiz verter hoje soube me dominar,
Vocês flores e rosas, uns amigos e outros lindos poetas
Que um dia souberam conquistar este, meu simples ser
Poetar quando poetar é a nossa vida, o nosso amor, o ar
Que nos faz lembrar que somos seres unicos e humanos
Com aquele dever incondicional... aquela magia immortal
De poder derrubar tanto um sorriso... como uma lágrima
Escrever é um dom tão precioso... mágico... sensacional
Mas temos que lembrar que nem todo precioso escrito
Será lido ou comentado... será reconhecido ou aplaudido
Pode ser falado ou julgado... despedaçado ou abusado...
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... Em primeiro gostaria de agradecer a todos pelos seus commentários que li e reli e não esperava, nem esses versos e poemas (Hilde, Walter/Moreno e Carmen) que deixaram aqui, poemas que guardarei com muito carinho...
Eu não vou responder individualmente porque seria repetir vez após vez o que tenho a escrever... na verdade eu fiquei sopreendida e ao mesmo tempo emocionada com todos os commentários, fiquei sem palavras... especialmente essas pessoas que tive a oportunidade de conhecer ao longo desses meses aqui e que ganharam minha apreciação e carinho por seus trabalhos que sempre têm o dom de me emocionar e agora mesmo o fazem com suas carinhosas palavras... A minha ausência se deve ao que se deve... mas ultimamente por eu estar demasiado ocupada e não ter muito tempo.
Depois de ler todos vocês mas especialmente você meu caro Edson que me matou de vez com seu contrato... você me fez lembrar que nem sempre podemos deixar a covardia da pobreza de espírito nos fazer recuar e desparecer... prometo não ir de vez mas tambem não ficarei de vez... quando tiver um momento, tentarei entrar para postar meus escritos e matar as saudades que com certeza sentirei de vocês...
Meu carinho e amizade para com todos. Obrigado... Salomé (KM)
É com tristeza que me vou ausentar do site de Poemas devido á minha indisponibilidade de tempo...
Gostaria de agradecer o carinho e a presença dos muitos maravilhosos poetas que tive o prazer e honra de conhecer ao longo deste maravilhoso caminho chamado "Poetar", alguns dos quais infelizmente já não se encontram neste site mas que ainda hoje recordo com muito carinho...
Agradeço tambem a todos, os seus sempre queridos comentários e... a nobreza dos muitos poetas e amigos com os quais eu me maravilhei... com seus sublimes escritos, os mesmos que me apararam desde o meu começo no site dos poemas...
Obrigado aos parceiros de duos que tive o prazer de conhecer ao longo da minha estadia... mas gostaria de especialmente agradecer á Carmen e Raiblue por seus lindos videos que sempre souberam me fazer voar nas asas de sonhos lindos e repletos de paz, depois de longos dias...
Continuarei a ler seus poemas e se puder tambem postar os meus... foi um prazer enorme para mim conhecer vocês. Obrigado!
No meio de um mundo transbordando de dura ambição,
Me deparei com você, um ser fora do comum, um sonho,
Que soube desvendar-me, dissipar esta minha confusão
E inesperadamente... em meu coração semear a paixão
Pouco a pouco... o homem que você é, semeou em mim
A frágil semente de algo incomparável, que foi crescendo
E germinando num sentimento puro sem começo nem fim,
O mais nobres dos amores que jamais havia conhecido...
Vivemos momentos de encanto nesse nosso próprio infinito,
Sem máscaras, nem preconceitos no intímo do nosso mundo,
Mas bem logo a tua verdade me atingiu e eu quiz te deixar ir
Para evitar sofrer... e teu caminho iniciado, tu poderes seguir
... No templo desse transcendente amor que soubemos criar,
Me preparei para a triste despedida entre lágrimas amargas,
Mas tu entrastes sem mais, prestes a não me deixar escapar
E pela primeira vez, me fizestes provar o sabor do desejo...
Sussurastes meu nome sensualmente contra meu ouvido,
Beijando meu pescoço... despertando chamas de puro ardor,
Tua boca sugando minhas duvidas... e dando início ao fogo
Que aos pouco consumiu meu corpo num desejo arrebatador
Lá fora a chuva não parava de caír sob as ruas desertas...
Como os rios de desejo líquido que deslizávam por meu corpo,
Sob a febre da tua boca atrevida... escravizando-me ao prazer,
E as tuas carícias ousadas que viram de novo meu corpo nascer
Nessa noite despertastes em mim uma feroz e ardente paixão,
Com a audacía da tua arte carnal e essa tua impediosa sedução;
No pleno silêncio que depois envolveu nossos corpos exaustos...
Soube que em mim, teu nome cravastes no eixo do meu coração.
Cartas voando... viravoltando,
Respingando de desejos escondidos,
transbordando em seu pleno ardor...
ah!... cartas de lacerante ousadia,
em teu lume penetrante, assediador
Cartas transbordando... de agonia,
Palavras sussuradas no meu ouvido
Deslizando de atrevimento libertino,
Mais intensas que teu desejo carnal,
Embriagando o meu corpo de mortal
Cartas proíbidas... ferventes caricias
enfeitiçando cada fibra do meu corpo,
Teu atrevimento, desejos de ousadia
nessa tinta que corre de tua pluma,
Tinta carmim de tua angústia latente
Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Polêmica que te levou à prisão perpétua,
Visão e gozo insaciável, poder prazeroso
Cortando minha roupa, me deixando nua,
Possuíndo-me com teu desejo insaciável...