CIMÉRIA NEGRIDÃO
Projetei em minh’Alma o sentimento que tanto desejava.
Ao fimamento supliquei para que me fosse ele outorgado.
Prazeres momentâneos de emoção era o que encontrava,
Negridão ciméria, amiga inseparável desse vil desgraçado.
Pelas avenidas do mundo, minha estrela já estava traçada,
Caminhando à ermo em busca do supremo amor almejado;
Tudo foi um sonho! Perdido estava nessa perversa estrada,
Meu coração em dores carpia, no talante em ser consolado.
Ah, Senhor! Como dói a perfídia d’uma mulher desalmada!
Pago por este nefando tributo, sem nunca haver reclamado.
Odisseia desta minha vida afetiva, foi uma ledice enunciada;
Foi eu um pária de um romance mais fascinante e inusitado.
Destinatária de amarguras! Infernal deusa que é idolatrada!
Pares seus de infortúnio aclamam-na por haver conquistado...
Vítima falseada que se via em retidão e de pureza irrefutada.
Ah, mulher! Somente a Deus seu pecado pode ser perdoado!
Rivadávia Leite
mrxriva14@hotmail.com