Levanta os teus braços
e abre as tuas mãos
agarra as minhas palavras
até que cada letra, te traga
tudo o que nunca conseguiste ver
Eu Dei-te tudo de mim
mostrei-te cada parte de mim
Despi-me dos meus medos
Sacrifiquei-me por ti
acabando por sofrer
ao até ao dia do meu fim
Nas tuas mãos fui apenas
o teu objecto de prazer
e tu nas minhas foste mundo que eu nunca vivi
Por tudo o que passei, um cinzento
das cores dos teus dias, tu o meu mundo acinzentaste
por tudo o que chorei, de preto da cor da tua sombra
de arrependimento por me perderes por culpa propria
isso também pintaste, as tuas lágrimas são o veneno
que eu em tempos bebi, agora é tarde, demasiado tarde
porque tudo o que eu sentia, destruiste com a dureza das
tuas palavras que em cada chão no meu caminho se atravessou
por isso
Abre as tuas mãos
Levanta os teus braços
agarra as minhas palavras
até que cada letra, te traga
tudo o que nunca conseguiste ver
Comentários
Comentário
Ricardo, belo texto!
Sim, para agarrar as palavras a gente tem que ralamente abrir as mãos e braços e tentar ser feliz poeta.
Mui belo poema!
Parabéns!
DIRCEU / RICARDO BARNABÉ
Acabei de elogiar outro poeta português a pouco.
O fiz por saber quanto podes trazer de interessante dessa cultura fabulosa de Portugal, para nós, seus descedentes.
Imagino quanto da cultura popular um jovem como você tem para nos oferecer.
Por isso, tenho a honra de votar em você e incentivá-lo a continuar.
Parabéns.