Arrependimento

Ter que ficar querendo ir
sabendo que o tempo passa veloz
ou que velozes, por ele, passamos nós.
Nostálgica sensação de não ter sido,
não ter tido, não ter ido...
Em vida, morrido.
Querer voar tendo os pés plantados,
apenas idealizando um futuro
que já pertence ao passado.
Perdendo-me em irrealizações,
tempo longínquo arcado de esperas,
trazendo o presente carregado de quimeras.
Hoje, estrada curta pra tão longa caminhada,
aspirações tamanhas esboçadas
em avenidas traçadas rumo ao sol.
por tudo o que deveria ter andado
não fosse o peso das asas quebradas
arrastadas por dias ausentes de arrebol
e o arrependimento de não ter ousado,
não me ter ao mundo atirado,
não me ter perdido e me deslumbrado
sentindo as vibrações do inusitado,
vivendo a intensidade dos momentos
cabíveis aos sentimentos mais profundos.

_Carmen Lúcia_

O menino Anjo...

- Tu não sabes, tu não tem noção sequer do que eu sentia e que ainda sinto por você...
- Tu não podes nem mesmo imaginar, quanto tempo esperei nosso reencontro, o meu desejo do abraço apertado no sentido de transmitir-te o meu sentir...
Não sabes quantas vezes eu sorri sozinha, pois imaginei o nosso reencontro de alegria, é que eu não sabia que tudo que eu vivia naquele momento, você transformaria em apenas fantasia...
Hoje penso diferente, apesar de querer-te tanto encontrar, gostaria eu de poder continuar sorrindo, sorrindo por apenas sonhar com você...
Gostaria eu de continuar apenas sonhando e deste sonho nunca acorda, pois hoje acordei deste sonho e meu sorriso virou lagrimas.
Tu não sabes quantas noites me deito chorando , soluçando, de arrependimento por tudo que aconteceu entre nós e por nossa amizade que morreu...
- Tu não sabes sequer, quantas vezes perdi o sono, pois passei a noite pensando em você...
Quantas manhãs me levantei sorrindo pois o pouco que dormi sonhei com você...
Mas pena que o mesmo motivo para este sorriso, o transformou em lagrimas.
Por força dos meus sentimentos, já nem sei quantas vezes eu tentei aproximar de te...
Lembro que quando Tu surgis-te em minha vida , tudo parecia ser diferente, em poucos momentos você me deu a paz que eu nunca havia conhecido, me fez ver o sol brilhar ao envez de ver lagrimas o meu rosto banhar...
Lembro que, apartir deste dia, no meu peito nasceu fantasia, eu me deitava sorrindo, imaginando aquele Anjo menino ou seja o menino Anjo...
Mas hoje a Luz daquele sorriso morreu , esse sorriso até poderia estar presente no meu rosto , mas ele sem sua amizade é palido, sem brilho, é como as estrelas entre as nuvens negras…
Sua amizade é como uma cossega que provca meu sorriso, a cossega que hoje já não sinto mais...
Você se lembra das mensagens que Tu me enviava?
Pois é, toda a hora eu a olhava, elas eram como uma sacudida em meu coração, só o que eu não sabia que elas eram também o ladrão que roubaria o meu sorriso deixando as lagrimas de saudade...
Quando tudo parecia estar dando certo, de repente tudo se tornou errado, quando eu parecia estar feliz , foi o momento que a tristeza batia a minha porta...
A dor abitou em meu coração, ela ainda está comigo , posso até parecer feliz, viver sorrindo, mas este sorriso é o mesmo que tinha antes que tu surgiste em minha vida.. Antes, em minha vida, era tudo escuro, hoje com sua ausencia, o meu mundo ficou completamente estranho, hoje só fico na lembrança das vezes que Tu me ligavas a meio da madrugada, ligava somente para perguntar , já estás a dormir ? Ou algo mais.
Eras tu que me fazia sorri quando me encontrava triste desiludida...
Se hoje não te lembras mas de mim, porque invadiu meu coração?
Porque deixou pegadas que jamis apagarão?
Saiba que nunca foi minha intenção magoar-te e perder-te como amigo...
Autoria; Maria silvania dos santos

Doentio é este amor,

Que transforma o meu corpo em desejo.
E quase que preciso ter comigo
Brancos tapetes de flores
Para que graves em tua carne a volúpia
Incandescente da urgência de meus beijos

Porque eu amo-te com tamanho encanto
Que esta luxuria me domina, eu me espanto
É um morrer no paraíso
Em meio, a pecados e risos
Estridentes, sem sentido
Quanto arrependimento tenho tido.

Doentio é este amor
Que me mata pouco a pouco
Que me enlouquece
E transforma-me em louco sonhador

Como droga e sem aviso me afoga
E me deixa sem sentido
Colorido, como LSD, como um gozo infinito
Um mergulho no abismo
Sem retorno, sem um pingo de pudor,

Doentio é este amor. . .

Alexandre montalvan