é a última noite
de todas as noites que nascem
porque o dia quer,
e por a chuva bater,
leio,
através das grades,
a dor nas pedras da calçada,
e o latejar de uma rosa moribunda
que não resiste ao frio,
cubro o quente,
no lixo,
na fome,
sem voz,
Mudo, mudo,
só como a morte é capaz de ser muda,
e eu só, aquecido,
praguejando, suspirando,
por mais uma última noite....
Última noite
Data de publicação:
Domingo, 1 Fevereiro, 2009 - 10:36
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Comentários
deusaii P/pttuii
Esse tormento em que vives parece-me terrível...
Bravo, caro poeta, bravo...
Simplesmente belo...
Meu voto e minha admiração.
Da tua fã.