No papel escreve o criador.
Possuidor do lápis, negro carbono,
risca o branco papel puro e sem cor.
Linhas tão extensas quanto a antiga Babel;
Linhas tortas que se revoltam contra o papel;
Linhas que são apagadas pela borracha;
Linhas tortas que não podem fazer nada.
Conteúdo que não sabe de sua existência;
Existência que faz a diferença;
Diferença que mostra resistência;
Resistência que garante a sobrevivência.
E o poeta com alma de bardo
escreve sua canção sem um canto cantado,
mas em em versos simples rimados.