O amor que amo renasce a cada dia
e cada vez mais forte irrompe com as manhãs,
janelas escancaradas para novos tempos
em festa, onde o livre-arbítrio é anfitrião
e a liberdade pousa livre de mão em mão.
O amor que amo desconhece mágoa,
se doa, perdoa, alma despojada,
sorri a alegria do sorriso franco,
flutua na água tranquila do remanso,
me banha em sua doce indolência
amenizando, da lida, meu cansaço.
O amor que amo é território santo;
compilação da liturgia, do sagrado, da homilia,
onde o profano se abriga em seu manto
que agasalha gregos e troianos.
O amor que amo é descanso
e ao mesmo tempo avanço...
Leva-me a alcançar a paz,
resgata-a do longínquo,
a traz para bem perto,
aqui dentro de mim
pra não se perder jamais.
O amor que amo me aproxima do distante,
tanto bem cambaleante
disperso em sua resistência,
alheio a mudanças, relutante.
Soma que faria a diferença.
O amor que amo é assim;
de tudo, mais um pouco...
Amor que amo e não tem fim.
_Carmen Lúcia_