Palco-fantasia
O vento sopra o nobre desejo
Da moça-mulher bonita.
Que embala seu sonho sereia
No seu mundo eremita.
Defronte ao espelho se perde
Numa profunda vã poesia.
Despe-se diante de seus olhos
No seu palco-fantasia.
Desfolha seu corpo,
Sonhando mulher fatal.
Posando de estátua grega,
Nua, miss, irreal.
Escrava do desespero,
A moça-mulher aflora.
Envaidece-se, chora.
Fenece no tempo e vai embora.