Estou deitado feito coisa quase morta
E, de repente, a luz invade o ambiente
Eu abro os olhos a buscar quem abre a porta
Lá vem um ser como algo quase transcendente
Os seus cabelos vão pendendo sobre os ombros
O manto fino revelando suas formas
Imóvel penso: ilusão ou algum assombro?
Atento ao corpo que a intensa luz contorna
O mesmo corpo exala um cheiro assim tão rico
Intenso, que convida o alguém que sente
Quanto mais perto chega o ser mais pasmo fico
E algo voraz floresce dentro da minha mente
Me ponho de pé e frente a frente nós estamos
E os seus lucíferos olhos me hipnotizam
O leito é o barco e o mar da noite desbravamos
Enquanto sonhos e fantasias se realizam
11/01/99