Brincava de dizer a verdade enquanto você crescia,
mas você falava sério e eu nunca percebia.
Ouvíamos a nossa música, decoramos o refrão,
hoje escutamos de novo, não é mais recordação.
O tempo passou depressa, mas você nunca cresceu,
de corpo parece mulher mas a criança não morreu.
A calçada que tu pisas conta toda nossa história,
a recordação de antes não está só na memória.
A boca que beijo agora tem sabor de nostalgia,
o beijo de ontem machuca, o de hoje anestesia.
Se outra ler estas palavras, não as tente entender,
historia não se conta em verso, você tem que viver.
Não pense que um simples poema muda minha opinião,
você continua chatinha e eu sempre tenho razão.