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Água que vem de longe,
Dos recônditos dos céus,
Cai aos pés dessa montanha.
Entoa sons definidos,
Em meio aos alaridos
De pássaros que embora vão.
Nuvens no céu se encontram,
Emanam severos estrondos.
Pouca cor, vários tamanhos.
Vento em que dançam as gotas
E jogam outras das árvores
Criam outros novos tons.
Enquanto a chuva não passa,
Um grande trinar de amores,
Sem qualquer definição.
E quando tudo se acalma
Levanta-se o canto do rio
E, abraçados, nós ficamos.
Marilene Anacleto