Rochedos amarronzados
Com cascatas cristalinas
Lembram-me anjos enfileirados
Trazendo mensagens divinas.
A água calma, mansa
Com pedras ao seu redor
Incorpora essa dádiva
Absorvendo-a com amor.
Areia branca de um lado
Manto verde no lado oposto,
Refrescam-se com gotejar
Que caem pouco a pouco.
Bela paisagem revigora
Com a pequena queda d’água
Mas o homem nada mais sente
Repleto de tristezas e mágoa.
Como o riacho que segue,
Os anjos vão transformando
Pouco a pouco a vida humana,
As mágoas vão lhes curando.
Na paisagem que contemplo
Há anjos por toda a parte
São eles os responsáveis
Por essa esplêndida arte.
Eles estão todos lá
Toda a hora, todo o tempo
Para poder avistar
É só parar um momento.
Diante do quadro da sala
Viajo meus pensamentos,
Quero, um dia, conhecer
Esse divino monumento.
Vou sentir tudo em dobro
Revigorar minha essência
Na areia branca que respira
Na água translúcida que dança.