Fio invisível,
No dedo da mão direita,
Traz-me Pégasus ao cenário,
Circula minha cabeça.
E dança na minha linha,
Tornando-me calmaria,
Faz-se a dança sonora:
Serenidade e alegria.
Entra então a mão esquerda:
Juntas, formam borboletas,
Vão ao chão, sobem às flores,
Depois pousam na estrela
Instalada em minha fronte.
Nas linhas retas, robôs,
Movimentos enrijecidos
Tanto curtos quanto longos,
Espaços desconhecidos.
E o amor? Em que céu
E em que sol se encontra?
Em que fio invisível se esconde?
Porque chamo e não me responde?
Por fios invisíveis sustentada,
Sigo em malabarismo mundo afora,
Ora borboleta, ora luz-estrela,
Ora robô, enrijecida e morta.
O fio do amor encontrará a hora
De surgir radiante, em alegria e flor.
Borboleta, robô ou luz-estrela,
Sigo pela vida com meu bom humor.