Há falta de amor para compreender,
Não há mais ação política
Que se coloque no lugar do outro.
Mas há sentimento de unidade,
Quando acontecem tragédias
Humanas, políticas e naturais
É o pobre que ajuda o pobre.
Pagam-se impostos, para abastar
A vida de falsos governos,
No café, na margarina, no feijão.
Mas constroem nossas casas
Em bairros que sofrem inundação,
Em montanhas que deslizam sonhos
De quem pagou aos poderes, o pão,
A viagem, as bebidas, o avião.
Ainda bem que,
Enquanto alguns causam calamidades,
Outros descobrem a solidariedade.
Enquanto alguns carregam dinheiro em avião
Outros descobrem a compaixão.
Corações inteligentes surgem,
Mentes amorosas realizam.
Enquanto os responsáveis políticos fogem,
Grandes instituições humanas emergem,
Acodem e sacodem o povo,
Colocando-se no lugar do outro.
Ainda bem que,
À semelhança da natureza,
Em que apesar dos rios poluídos,
Ainda fecundam as rosas;
Apesar dos corações sufocados,
Das mentes e corpos cansados
Do sobreviver do dia-a-dia,
Ainda existe humanidade,
Ainda existe esperança,
Ainda existe poesia.
Marilene Anacleto
14/03/11
Comentários
é....
ainda BEM que AINDA exista a poesia...
lindo poema!!!
ps: abraços afetuosos........
Maryany/Memes
Muito grata, querida, pela visita e pelo comentário.
Marilene
Marilene
Maryany/Memes
Muito grata, querida, pela visita e pelo comentário.
Marilene
Marilene